A menina que só queria mudar o mundo - Duologia Mundo Dourado (VOL 1)

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Batimento cardíaco pulsando lentamente em meus ouvidos, tum, tum, tum
Tento fugir, mas volto em disparada, emdisparada, em disparada
Nenhuma música me afeta mais
Chorando em um grito silencioso
É como um oceano que tem toda a sua luz apagada sim, sim, sim
Meus pés errantes presos à uma rotina sim, sim, sim
Todos os ruídos e sons foram cortados, sim, sim, sim
Isso está me matando agora, me matando agora
Você me ouve? Sim...

( Black Swan - BTS )

Aquela noite não poderia ser pior do que já foi para a garota, sua vontade de gritar mais estava a deixando maluca. Seus nervos estão a flor da pele não a deixando pensar corretamente. Com a mão grudada com a do seu irmão, ela vai andando o mais rápido que consegue para que não seja notada por aqueles que a conhece, já matou aqueles que a apoiavam não queria sofrer mais do que já estava sofrendo naquele momento.

Vez ou outra ela tropeça, suas pernas estão cada vez mais fracas pelo luto, pela dor de perder aqueles que ela mais ama, chorará de raiva por não ter tempo o suficiente de salvar aqueles que ela mais confiava.

- Vovô! Por que eu não consegui? - Fala a garota o mais baixo que consegue para não chamar atenção na rua que passará, já podia-se ouvir o som das ambulâncias, viaturas e muita gente gritando ao fundo. Isabela tentou tapar seus ouvidos para não escutar tudo aquilo e relembrar o que presenciou, mas a mesma se lembrou que estava com uma das mãos ocupadas segurando a mão de seu irmão para que fossem logo para os braços de seus amigos anjos que ela espera ser acolhida.

Andar até o matagal mais próximo não vai ser tão difícil para a garota, ela lembra bem o caminho, só não sairá de lá voando pelo simples fato, Humanos! Não poderia ser vista com seu irmão, teria que ser as escondidas para não levantar suspeitas.

- Bela, para de chorar! Isso tá me deixando com mais vontade ainda. - Fala o garoto com seus olhos brilhantes de lagrimas acumuladas.

- Aguenta um pouco até a gente sair da multidão, só... Mais um pouquinho. - Fala ela tentando controlar sua respiração e suas lagrimas.

Do outro lado, policiais chegavam avaliando o local junto com médicos dentro das ambulâncias que tirariam os corpos de dentro da casa. A pericia assustou-se com tal vandalismo, botões costurados nos olhos da mulher, o homem, com seus miolos todos jogados pela casa sem, falar no senhor de idade que lhe enfiaram uma perna de cadeira em seu peito fazendo seu coração ser lançado para fora.

- Isso é aterrorizante! - Fala um dos policiais antes de receberam Yasmin e Victor.

- Como está o local? - Pergunta a Yasmin.

- Como pode ver está uma merda, eu nunca vi coisa igual! - Fala um dos policiais olhando os três corpos a sua frente.

A mulher examina os corpos, ela não os conhecia, mas tinha uma leve impressão de que algo ali ela conhecia, mas não sabe dizer o que.

- Policial o que está acontecendo aqui, onde está as duas crianças? Onde estão os pais delas? - Pergunta uma voz grossa, vindo do lado de fora da residência Yasmin conhecia muito bem aquela voz.

- Sinto muito, mas não podemos falar nada, e não poderá entrar no ressinto. - Rodrigo chutou a porta do local contra a vontade dos policial adentrando, olhando os corpos mortos no meio da sala prontos para serem levados ao necrotério.

- Por deus! O que aconteceu aqui? - Fala ele pondo a mão na boca com os olhos cheios de lagrimas.

- Rodrigo! Não deveria está aqui. - Fala Yasmin indo até o rapaz.