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Hilary

Dean sumiu depois que saiu do quarto. Fui para o corredor e vi a janela aberta, que dava para a floresta. Como uma criatura iria capturar alguém aqui?

Voltei para o quarto e tranquei a porta, me teletransportei para o bunker.

— Hilary?! O que faz aqui? — Melanie estava indo dormir.

— Cadê o Sam?

— Lá dentro. — Ela disse e foi atrás dele, daí ambos voltaram. — O que houve, Hilly?

— A criatura levou o Dean e aposto que ele não estava armado desta vez. Se arrumem e peguem as suas armas agora.

Ambos foram correndo e voltaram pouco tempo com as suas coisas. Segurei as mãos deles e voltamos para o motel.

— Vamos para a floresta, eu acho que já sei qual é a criatura. — Digo pegando algumas armas.

— O que houve aqui, Hilary? — Sam perguntou olhando para o pequeno rastro de sangue.

— Eu conto sobre isso depois, vamos.

Nós três saímos do motel e pegamos caminho para a floresta, procurando alguma pista do Dean. Daí chegamos em uma espécie de caverna.

— Vocês duas fiquem atrás de mim.

— Aí a gente some.

— Melanie… — Ri fracamente dela e fomos andando já com as armas carregadas.

A minha lanterna quebrou, então fui tentando falar com o Dean com a minha telepatia, mas não consegui. Algo que bloqueou e senti os meus braços sangrarem novamente, porém quando olhei pra frente, Mel e Sam sumiram do meu campo de visão.

— Sam! — Eu gritei o mais alto que eu podia, só dava pra ouvir o meu eco. — Mel!

Nada. Simplesmente nada.

Uma mão pousou com muita força sobre a minha boca e foi me levando para fora da caverna, no meio da floresta.

— Quanto tempo, Hilary. — Ele sorriu de canto e quando a luz da lua refletiu em seu rosto, aquela cena da mulher sendo baleada na minha frente me deixou paralisada.

— Paul…

E eu não senti mais nada.

Sam Winchester

— Dean! — Mel apontou com a lanterna e fomos correndo até o meu irmão, que estava desacordado. — Hey, acorde!

— Talvez a Hilary consiga fazer alguma coisa… — Digo e olho pra trás. — Hilary?!

Ela não estava mais atrás da gente e fomos carregando o Dean até o lado de fora da caverna, não havia nenhum resquícios das vítimas e da criatura, se realmente era uma.

Melanie ficou tentando acordar ele até funcionar. Dean tirou a sua arma e ficou apontando para vários lugares, ainda atordoado.

— Aqueles desgraçados querem levar a Hills!

— Sam, cê acha que isso faz sentido?

— Eu acho que sim, a Hilary deve ter saído ou seguido outro caminho…

Dean estava sussurrando algo e do nada se levantou, olhando para nós dois.

— Dois demônios que mantinham a Hilary em cativeiro levaram ela. — Ele disse. — Ela falou comigo pela mente e disse para a gente seguir o rastreador do celular dela.

— Então era uma cilada esse tempo todo. — Digo e o ajudo a se levantar. — Vamos atrás dela.

Nós três voltamos ao hotel e pegamos todas as coisas, indo para o carro. Melanie ligou o seu rastreador e ficou nos orientando durante todo o caminho, parando de frente à uma cabana cheia de sigilos uma hora depois.

— Ela só pode estar aí dentro, rapazes. — Mel afirmou guardando o seu celular. — Vamos matar esses desgraçados.

— Mel, espere. — Dean segurou a mesma e ficou observando. — Vamos por trás. Mel, você resgata a Hills e voltem para o carro. Eu e Sam resolvemos com os demônios.

— Tá bom. — Ela assentiu. — Vamos.

Nós três fomos andando até atrás da casa e fui abrindo uma janela. Mel entrou primeiro, depois fui e eu e por último, Dean. A nossa irmã pegou o celular e foi seguindo para um lado do corredor e nós dois fomos para outro.

Vimos três deles tomando cerveja e Dean surpreendeu um por trás, esfaqueando o mesmo que morreu na hora.

— Donny! — Uma mulher gritou e foi avançar na gente. — Vocês não podem levar a Hilary, ela é perigosa!

Eu esfaqueei a mesma que sussurrou algo pouco antes de dar o seu último suspiro:

— Eu sou a mãe dela.

Fiquei confuso por um momento e sinto algo atingir a minha cabeça, me deixando atordoado por alguns segundos. Melanie me ajudou a se levantar e fomos andando de volta para o carro.

— Sam, o que houve?! — Dean perguntou acelerando o automóvel e olhei para a Hilary que estava sangrando e muito mais pálida.

— Aquela mulher, demônio… era a mãe da Hilary.

— Ela… ela nunca foi boa comigo. — Hilary afirmou e começou a tossir. — Temos que ir atrás do Crowley, ele tá refazendo o feitiço.

— Será que ele colocou alguma coisa em você? — Mel perguntou tentando parar o seu sangramento. — Dean, dirige mais rápido!

— Tô mais indo mais rápido que eu posso, Melanie! Vai demorar para chegar no bunker.

— E se o Jesse nos ajudar? — Sugeri, mas ambos nem me ouviram.

— Acho que eu consigo… — Hilary disse e levantou a sua mão.

— Não! — Nós três gritamos pra ela, mas já havia estalado os seus dedos e Dean freou bruscamente.

— Hills! — Ele se virou pra ver ela que já estava inconsciente. — Merda!

Hotter Than HellOnde histórias criam vida. Descubra agora