intensidade

3.6K 363 52
                                    

Maratona 1/4




Pov's Juliette

Sarah apertava minha cintura e tomava meus lábios com voracidade.

Ela solta um grunhido do fundo da garganta e suas mãos passam a apertar minha bunda com força. Nossas línguas estavam entrelaçadas em um ritmo excitante. Ela começa a abrir o zíper do meu vestido.

O que estou fazendo?

O que realmente eu estava fazendo? Afinal, se transássemos agora, provavelmente ela fugiria novamente.

– Para, Sarah! – ela me olha confusa.

– O que... – rio ironicamente.

– Se for para transarmos e você sumir, eu prefiro ir para casa, descansar. – digo gélida e saio de seu colo, voltando ao banco de passageiro.

– Juliette... – ela chama.

–  Vamos, Sarah! – coloco o cinto. – Quero ir para casa! – digo.

Ela apenas suspira e dá partida no carro, fazendo-o entrar em movimento.

Eu a queria, e como queria. Eu não era o tipo de mulher que transava e esperava algo, mas eu não conseguia entender por que eu havia ficado decepcionada com a atitude dela.

Rio internamente.

O que está acontecendo comigo?

Suspiro. Sarah e eu não trocamos uma palavra sequer. Ao chegar no meu apartamento, tranco a porta e me jogo no sofá.

Eu não queria entender o que Sarah tinha feito comigo. Eu sabia do que se tratava, mas era diferente das outras vezes. Era uma coisa intensa.

Tento deixar esses pensamentos de lado e vou tomar um banho. Eu precisava relaxar.

***

Sinto alguém tocar meu ombro. Me viro e encaro Gil com uma cara nada boa.

– Ressaca? – pergunto, enquanto ele se senta ao meu lado no refeitório.

– Sim! – massageia as têmporas. – Na verdade, a bebida não é a total culpada e sim aquele seu outro segurança. — bufa. – Rodolfo! – resmunga e mordo o lábio tentando segurar o riso.

– O que aconteceu?

– Eu estava prestes a transar com um cara muito gato da faculdade e aquele babaca chega, e simplesmente me arrasta para longe. – resmunga.

– E o que achou dele? – ele arqueia a sobrancelha.

– Ah, fala sério! Ele é um idiota! – ele me olha e revira os olhos. – Tá, ele é um gato, mas um idiota!

– Sei! – rio e ela ri socando meu braço.

***

Havia acabado de chegar da faculdade. Estava realmente cansada. Depois de um banho longo e relaxante, saio do banheiro secando meus cabelos.

Ouço meu telefone tocar e o atendo.

– Alô?

– Filha? – sorrio.

– Oi, pai!

– Oi minha querida! Estava com saudades! Acabei de chegar de uma reunião do departamento. – ele suspira. – Bom, você virá ao meu aniversário de casamento, hoje? – pergunta com expectativa.

– Eu não sei! Sabe que Luiza e a Vitoria não fazem questão que eu apareça.

– Você é minha filha, Juliette! Não tem que se importar com o que elas dizem. Você é a minha garotinha. – reviro os olhos e sorrio.

– Não sou mais uma garotinha!

– Eu sei! – resmunga e eu rio.

– Eu vou, papai!

– Obrigado, minha filha! Traga a Sarah com você!

— Não! – respiro. – Digo, por que não o Rodolfo?

– Bom, os dois irão acompanhá-la! – bufo. – Vou desligar, filha!

– Tudo bem! Eu te amo, pai!

– Eu também, querida! – sorrio e ele encerra a chamada.

Além de comparecer à uma festa de aniversário de casamento, em que a esposa me odeia, eu iria ser acompanhada pela mulher que eu não estava afim de ver nenhum um pouco.

Ótimo.

***

Pov's Sarah

Encaro o número de telefone de Juliette e repenso se devia ligar para ela. Eu realmente queria ligar e explicar a minha falta nessa última semana e esclarecer algumas coisas sobre nós. Mas o medo de ela me ignorar era maior, o que me fez desistir.

Jogo o celular ao meu lado no sofá e passo as mãos pelo rosto.

Eu não estava fugindo de Juliette e muito menos tinha me arrependido da nossa noite. Eu só estava enlouquecendo com o fato de ela não sair da minha cabeça. Esses desejos eram para ter acabado a partir do momento em que eu a tivesse na cama. Mas nada saiu como o esperado.

Depois de contar tudo a Caio, ele resolveu me dar uma semana para pensar em tudo que acontecera entre mim e Juliette e eu pedi para ele para que não dissesse nada à Juliette ou a Rodolfo sobre o motivo da minha falta.

Eu só não esperava que fosse encontrá-la naquela casa noturna. Ela me tratou com total indiferença, mas eu não tiro a razão dela. Afinal, eu havia ficado sem dar notícia alguma por uma semana.

Depois que a vi com aquele cara, meu sangue ferveu. As mãos do homem apertavam seu corpo e aquilo estava me tirando do sério. Só de pensar naquele maldito beijo que o canalha deu nela.

Argh!

Eu não me contive e a tirei dali. Ela protestou e nós acabamos nos beijando, mas ela parou o que estávamos fazendo e depois disso me ignorou por completa.

Hoje irei trocar de turno com Rodolfo e não posso negar que estou ansiosa para vê-la.

Bufo e ouço meu telefone tocar.

– Sarah! – a voz imponente do senhor Freire diz.

– Senhor Freire, aconteceu algo?

– Não, não! Quero apenas avisá-lo que pela noite, realizarei o meu aniversário de casamento e quero que acompanhe Juliette.

– Sim, senhor!

– Avise a Rodolfo! Ele irá com você!

Consinto e desligo a chamada

Que otimo!





Eita essa festa promete em

Meu Porto Seguro Onde histórias criam vida. Descubra agora