Fim

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Pov's Juliette

Estávamos todos – eu, Sarah, meu pai e minha mãe, Vitória, Gil, Rodolfo, Bruno, Caio e Pocah. – envolta da piscina.

Eu não conhecia a irmã da Sarah, Pocah até então, mas pelo tempo que havíamos conversado, nos damos muito bem.

Estávamos felizes, afinal, tudo parecia entrar nos seus devidos eixos. Claro que ainda não tínhamos encontrado Luiza, mas estávamos tentando deixar os problemas de lado. 

– Eu vou matar aquele idiota! – Gil diz irritado, caminhando em passos largos até onde eu estava.

– O que foi? – pergunto.

– Existe outro idiota além de Rodolfo Matthaus? – ela bufa.

Gargalho jogando a cabeça para trás.

– O que ele fez dessa vez? – ele grunhe.

– Nasceu! – resmunga, fazendo gestos com a mão. – Ele é tão irritante, meu Deus!

– Se eu não conhecesse você, diria que está caidinho por ele. – arqueio a sobrancelha, a olhando sugestivamente.

– O quê? – ele nega com a cabeça. – Claro que não! Quero esse idiota bem longe de mim!

– Sei! – rio e ele me dá um tapa no braço.

Ele revira os olhos e se levanta, indo em direção à casa.

Nego com a cabeça ainda rindo. Eu sabia que Gil e Rodolfo não se odiavam. Era apenas uma implicância para disfarçar o interesse que os dois sentiam.

– Juliette! – ouço Gil gritar. – Juliette! – ele me alcança.

– O que aconteceu, Gil? – meu pai pergunta.

– Luiza! – ele grita e eu meu pai deixa cair seu copo, correndo para dentro da casa. – Sua mãe... Ela está lá dentro! Luiza está armada!

– Droga! – Sarah diz e todos correm em direção à casa.

– Ela te viu? – pergunto com o coração acelerado.

Ele nega e eu obrigo meus pés se moverem em direção à casa.

Encontro todos na sala. Luiza estava com uma arma apontada para a cabeça da minha mãe, enquanto meu pai tentava acalmar a situação. Todos estavam tensos. Sarah estava apontando uma arma para Luiza, assim como Rodolfo, Caio e Bruno.

– Você estragou tudo! – Luiza grita. – Você e essa sua filhinha bastarda!

– Mãe! – Vitória se pronuncia, entrando na frente da arma, para a nossa surpresa e desespero.

– Vitória! – grito, sentindo meu olhos arderem.

– Cala a boca! Saia daí, sua inútil! Eu te criei para odiá-las! Elas tiraram seu pai de nós duas! – choraminga.

– Pra falar a verdade, eu nunca fui seu, Luiza! – meu pai rosna.

– Desgraçado! – Luiza grita. – Se alguém ousar fazer alguma coisa, eu mato essa maldita. Inclusive você, filhinha. – diz e vejo lágrimas caírem pelos olhos de Vitória.

– Cale essa maldita boca e saia daí, antes que eu te machuque!

– Não vou deixar que faça isso à Fátima! Você já fez muito mal à ela. – Vitória diz convicta.

Eu abraço Gil, que estava tremendo.

– Maldita! – num piscar de olhos, um tiro é disparado.

– Vitória! – meu pai e Bruno gritam.

Minha mãe, aproveitando a distração de Luiza, tira a arma de sua mão, a jogando no chão.

Corro até Vitória, que havia levado um tiro no ombro.

– Eu vou levá-la à emergência. – Bruno se pronuncia, com as mãos tremendo.

– Melhor eu dirigir! – Pocah diz e sai acompanhado de Bruno e Vitória às pressas.

– Vadia! – ouço o grito da minha mãe, me tirando dos meus devaneios.

Minha mãe estava sentada em cima de Luiza, enquanto dava inúmeros tapas em seu rosto.

– Eu sempre tive vontade de fazer isso. – minha mãe rosna, puxando seus cabelos. – Você nunca, nunca mais vai se aproximar da minha família. Nunca mais! E se isso um dia acontecer, eu te mato! Te mato! – ela grita e vejo sangue escorrer do nariz de Luiza.

– Fátima! – meu pai a tira dali, enquanto Sarah e Caio pegam Luiza pelos braços. – Ligue para a polícia! – meu pai diz. – E depois vão me explicar como ela conseguiu entrar. – meu pai rosna, Sarah e Caio assentem, saindo dali.

Meu pai envolve Fátima em seus braços e inesperadamente, Rodolfo faz o mesmo com Gil.

Me sento no sofá ainda em choque. Eu quase havia perdido minha mãe e minha irmã havia sido baleada.

Não demora muito e vários policias invadem a sala. Logo tiram Luiza dali e eu respiro aliviada.

– Ju? – ouço a voz de Sarah e eu corro em sua direção, me jogando em seus braços.

Só então me permito chorar. Sarah acaricia meus cabelos.

– Vai ficar tudo bem! – beija minha testa.

– Eu... Quase perdi elas!

– Luiza foi presa. Não vai fazer mal à vocês. Eu prometo!

– Filha...– minha mãe chama e eu saio dos braços de Sarah, a abraçando.

– Eu fiquei com medo de te perder, mãe!

– Lembre-se, minha filha, eu nunca te abandonaria! – ela sorri e eu a abraço ainda mais apertado.

– Vamos para o hospital. – meu pai acaricia minhas costas. – Felizmente sua irmã levou apenas um tiro de raspão. Nada grave. Bruno está cuidando dela. – diz enciumado e minha mãe ri.

Todos nós saímos dali e logo volto a me aconchegar nos braços de Sarah, quando entramos no carro.

– Eu também te amo!

***

– Cala a boca, Rodolfo! – Gil resmunga irritado e todos riem.

– O que foi, moreninho? – Rodolfo continua.

– Vai se ferrar! – Gil diz, revirando os olhos e todos riem mais uma vez.

Vejo Caio e Pocah se beijarem levemente, assim como meu pai e minha mãe. Bruno acariciava os cabelos de Vitória, enquanto a mesma sorria. Gil e Rodolfo continuavam a discutir um com outro.

Sorrio.

Eu amava tudo aquilo. Era tudo tão diferente e ao mesmo tempo muito bom.

Sinto as mãos de Sarah acariciarem minha cintura e eu o encaro. Ela sorri. Eu amava aquele sorriso. O mesmo sorriso que ela me dera no primeiro dia como minha segurança.

– Eu te amo! – sussurro em seu ouvido.

– Eu também! – me beija. – Bom, agora aceitaria meu pedido de se tornar a senhora Andrade?

– Você é louca!

– Por você, senhorita Freire!

– Senhora Andrade! – corrijo e ela me olha, com um sorriso largo nos lábios.

– Isso é um sim?

– É mais que um sim! – digo e ela me beija.

Eu o amava e tinha a certeza, que sempre o amaria. Ela havia se tornado meu tudo. Ela não era apenas minha namorada ou talvez agora minha noiva, minha mulher. Era o amor da minha vida. A minha idiota favorita.

Ela era o meu porto seguro.

FIM. 03/04/2021 ás 19:47h

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