Eu vou te encontrar

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Pov's Juliette

Arcordo mais uma vez com o som do meu celular e bufo impaciente. Ele não parava de tocar. Eu tinha certeza de que não era Sarah afinal, a mesma não me procurava à duas semanas.

Deixo o telefone cair na caixa postal e me levanto da cama. Vou até o banheiro e lavo meu rosto.

Ouço batidas na porta e franzo o cenho. Já era tarde para visitas. Respiro fundo e ando até a porta. Provavelmente seria Arthur.

Arthur, meu novo segurança, me vigiaria à noite, já que Sarah deixou de fazer minha segurança a pedido da própria. Eu não me opus, afinal, eu não queria vê-la.

Abro a porta e franzo o cenho ao notar que Arthur não se encontrava no seu posto.

– Arthur? – arrisco chamar.

Não havia ninguém por ali, tirando a possibilidade de alguém ter batido na minha porta. Ou seja, eu estava ficando louca. Estalo a língua e ando cuidadosamente pelo corredor escuro, tentando encontrar Arthur.

Ouço a porta do meu apartamento ser fechada com força e imediatamente corro até ela.

Ela estava trancada. Sinto calafrios correrem pelo meu corpo.

Uma mão repousa sobre meu ombro e suspiro aliviada.

– Arthur, que bom que apareceu! – sorrio e me viro, para encará-lo.

– Surpresa! – arregalo os olhos.

– Por favor, não!

***

Pov's Sarah

Eu não conseguia dormir a dias. Eu queria ir atrás de Juliette e tentar convencê-la de que tudo aquilo não passara de um maldito mal entendido, mas eu não queria invadir seus espaço. Queria dar tempo à ela, pra que esfriasse a cabeça. Respiro fundo.

Por esse e outros motivos, pedi à Caio que colocasse outro segurança no meu lugar. Ele, sabendo de tudo que acontecera, não se opôs e aceitou meu pedido, colocando um dos nossos melhores seguranças a pedido meu.

Ouço meu celular tocar e o atendo sem ao menos ver quem era.

– Alô?

– Sarah, você precisa vir ao apartamento da Juliette! – a voz de Caio me deixa em alerta.

– O que aconteceu?

–  Só venha! – ele suspira. – Não temos muito tempo! – antes que eu protestasse, ele desliga a chamada.

Sinto meu coração acelerar.

Corro até meu quarto e visto uma roupa.

***

– Caio! – chamo e ele se vira para mim, com uma expressão preocupada.

– Que bom que chegou, Sarah! – suspira. – Não tenho boas notícias.

– Onde está Juliette? – pergunto exasperado.

O apartamento estava cheio de policiais e alguns seguranças da agência.

– Caio! Fala! Onde ela está?

– Se acalma! – ele suspira. – Rodolfo... Quando ele chegou... Ele encontrou... – ele engole em seco.

– Fala, Caio! – grito, sentido meu coração acelerar.

– Ele encontrou Arthur morto.

– C-como assim?

– Ele estava em um dos apartamentos vazios do andar. A porta estava aberta e Rodolfo entrou quando notou o corpo no chão. – passo as mãos pelos cabelos. – Arthur levou um tiro na cabeça.

– Juliette! O que houve com ela?

– Rodolfo foi até seu apartamento e a porta estava trancada. Ele a chamou diversas vezes, ligou várias vezes no seu celular, mas só caía na caixa postal. Então ele arrombou a porta e não encontrou nenhum sinal dela.

– Espera! Você acha que foi a Juliette que...

– Não! – balança a cabeça negativamente. – Encontramos isso. – me mostra um bilhete com uma letra cursiva, parecendo ter sido escrito às pressas.

"Ela é tão linda, Roberto Freire! Estamos quites agora! F. G."

– Onde está a minha filha? – a voz de Roberto soa atrás de nós. – Seus incompetentes! Era pra protegê-la! – Roberto tenta acertar Caio, mas eu o seguro à tempo.

– Se acalme! – Caio pede. – Iremos encontrá-la.

– Minha filha... – murmura, passando as mãos pelos cabelos.

– Olhe isso! – entrego o bilhete a ele.

– Tem um F e um G no final. Sabe de alguém em específico? – ele balança a cabeça negativamente.

– Precisamos encontrá-la. – diz com a voz embargada.

– Vamos encontrá-la a sua filha! Eu farei de tudo pra que isso aconteça. – digo convicta.

***

– Olha o que encontrei! – um dos policiais diz, trazendo consigo um pacote amarelado. – Há diversas fotos de Juliette no dia-a-dia. Como se ela estivesse sendo...

– Observada! – completo a frase, sentindo meu coração pulsar dolorido.

– Aqui! – ele rasga a parte interna do pacote e nos mostra.

– F e G! – fecho os olhos com força.

– Calma, Sarah! – Caio bate em meu ombro. – Vamos achá-la e quem fez isso à ele irá pagar!

– Pode ter certeza! – rosno.

***

As investigações iam a todo vapor, mas para mim. Eu queria minha Juliette. Eu me sinto a culpada por isso. Eu devia ter ficado com ela.

Juro, que se fizerem algum mal à ela, eu irei buscar o culpado até no inferno.

Fecho os olhos com força. Era um pesadelo. Eu pedia os céus para que ela estivesse bem.

– Sarah! – João, um dos investigadores chama.

– Hum?

– Encontramos uma coisa! – assinto e me levanto imediatamente, o seguindo.

Eu vou te encontrar, Juliette.
















Fogo no parquinho oq estão achando?

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