- Finalmente a sós, boneca. - A garota diz distribuindo beijos ao longo do pescoço de Stéfani. A menor acertou o joelho no meio das pernas da outra garota mais alta porque apesar de não ter a genitália masculina ela sabia que aquilo doeria também.A garota se retorceu em cima dela, mas logo pressionou seu joelho contra a intimidade de Stéfani. Visivelmente ela era mais forte, Stéfani sabia porém não deixaria as coisas serem tão fáceis assim.
- Eu vou gritar. - Bays resmungou empurrando ela. - Mas você não vai me tocar.
- Você está fazendo as coisas mais difíceis para mim. - A garota disse se levantando e pegando algo que Stéfani não soube identificar o que era, antes de bater contra as grades do lugar. Instantes depois uma policial loira apareceu e Stéfani suspirou aliviada.
- O que quer, Campbell? - A policial perguntou secamente.
- Preciso que cuide do perímetro para mim, vou me divertir um pouco. - Ela disse e a policial entortou uma sobrancelha.
- Você é uma filha de uma mãe, Adéle. - A mulher disse suspirando. - Quero os três mil na conta amanhã por esse favor, se não as coisas vão se complicar para você. - Stéfani arregalou os olhos.
- Fechado. - Adéle disse sorrindo se virando para a mais baixa. - Parece que teremos uma longa noite boneca. - Ela disse indo até sua cama e pegando um lençol o pendurando nas grades para tampar a visão das outras celas.
- Você não vai tocar em mim. - Stéfani disse se afastando da cama e indo para o canto do vaso sanitário.
- Oh, eu vou. - A mulher disse sorrindo prepotente. - Mas não se preocupe, você terá a minha proteção, ninguém aqui vai arrumar encrenca com você e bem, diga-me o que sentir vontade de comer que eu te arranjo. - Ela disse retirando sua camisa e deixando seus seios à mostra.
- Você quer dizer além de você? - Stéfani perguntou e a garota sorriu.
- Você tem garra, admiro isso em você, mas acho que precisa entender como as coisas funcionam aqui. - A garota diz se aproximando de Stéfani antes de tentar puxá-la para si.
Stéfani a empurrou mas a garota acabou puxando-a junto, fazendo ambas rolarem pelo chão. A garota inverteu as posições e subiu em cima da de olhos verdes que ergueu um braço e puxou o lençol da grade, deixando as outras de fora verem o que acontecia ali.
Ela se levantou ao chutar Adéle e encostou o rosto na grade gritando a plenos pulmões por socorro, mas sentiu uma dor lancinante ao sentir seu rosto ser empurrado contra o ferro com força.
Seus olhos captaram a imagem do olhar preocupado de Tays na cela distante, à frente dela. Sua cabeça foi acertada outra vez contra o ferro antes de sentir uma lágrima escorrer de seus olhos e a garota agarrar seu corpo rasgando sua blusa.
Ela olhou uma última vez suplicante para a garota da cela à frente, vendo Tays começar a bater algo contra sua grade sem falar nada, como se não quisesse ser reconhecida por ser a causadora do que viria a seguir: Todas as outras começaram a bater em suas grades, gerando assim os gritos de "Briga, briga, briga."
Um minuto depois havia três policiais abrindo sua cela, com armas apontadas para elas.
- Virem-se e mãos na cabeça, sem gracinhas. - Uma delas disse e ambas obedeceram. - Quem começou isso? - Ambas se calaram, até que a voz da cela ao lado surpreendeu Stéfani.
- Foi a Campbell, eu ouvi tudo. - A garota disse, Stéfani conhecia aquela voz, era Lidi a garota da fila.
- Vai se foder, Lidiane. - Adéle gritou e a risada do outro lado da parede ecoou.
- Boa sorte na detenção. - Ela retrucou.
- Você vem comigo! - A policial disse para Adéle. - E você... enfermaria. - Completou apontando para Stéfani. - Está livre desta vez, mas se arrumar mais brigas será a próxima naquela detenção. - A mulher disse seriamente e Stéfani assentiu sendo levada por uma das policiais para a enfermaria.
Seus olhos olharam agradecidos para Tays que tinha uma expressão preocupada no rosto, provavelmente pelo sangue que Stéfani sentia escorrer de sua testa.
No caminho apenas a duas celas da sua, seus olhos captaram um par de olhos castanhos analisando confusa as duas policiais levarem Adéle sem a parte de cima do uniforme, com os seios à mostra, logo ela encarou Stéfani que vinha atrás com a outra policial. Mirella analisou minuciosamente cada pedaço de seu estrago: Sua camisa rasgada, onde mostrava uma parte de um de seus seios, o lábio cortado e a testa sangrando. Stéfani não viu muito, afinal passou rápido por ela, mas jurava ter visto os dedos brancos se apertando contra as grades como se algo a tivesse realmente enfurecido.
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PRESA POR ACASO
FanfictionO que você faria se por um golpe do destino você fosse presa mesmo sendo inocente? Stéfani Bays não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar o melho...