CAPÍTULO 6.1

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Stéfani teve o resto do dia tranquilo na medida do possível, tomou seu banho sem ninguém incomodar, sequer vira Fernandez naquele horário e as outras detentas tampouco incomodaram, porém, seu medo ainda se baseava em Adéle. Ela sairia em poucos minutos da detenção e iria para a cela delas.

Stéfani se desencostou da cama e se levantou quando viu que seria revistada. Tudo ocorreu bem e o horário chegou. O mesmo sorriso prepotente da noite anterior brincava nos lábios da outra garota.

- Sentiu minha falta? - Ela perguntou, se aproximando. 

- Por favor, me deixe em paz. Eu não te fiz nada. - Stéfani disse, um pouco mais temerosa do que gostaria. Estava cansada de lutar, no entanto, sabia que ainda tinha muito mais pela frente.

- Sabe que ficar em um quarto escuro por vinte e quatro horas não me agradou muito? - A mulher disse, vendo Stéfani se levantar e ir para o canto da parede.

- Eu não quis...

- Chega de conversa. - A garota disse, puxando a de olhos verdes pela cintura com força. A menor tentou se soltar, mas a garota imobilizou suas mãos e pressionou sua pélvis contra a menor, não deixando-a ser capaz de chutá-la. - Sua pele é muito macia. - A garota murmurou, distribuindo beijos por seu pescoço.

-Mirella não gostaria disso. - Stéfani disse em seu ímpeto, fechando os olhos fortemente e, como num passe de mágica, a garota se afastou, a olhando confusa.

- O que ela tem a ver com isso? - Adéle perguntou e Stéfani respirou fundo. Teria que dizer aquelas palavras em voz alta, seria estranho, primeiro porque teria que fazer parecer ser verdade, segundo porque não sabia até onde a outra sustentaria aquela mentira.

- Bem, ela me escolheu para, huh, ser a mulher, você sabe, dela. - Bays disse bastante hesitante, experimentando o sabor estranho daquelas palavras em sua boca e Adéle estreitou os olhos.

- Desde quando? 

- Esta tarde. - Disse firmemente e a outra passou a mão na nuca, parecendo um pouco desnorteada.

- Acha que tenho medo dela? - Adéle perguntou e Stéfani negou rapidamente.

- Eu só, bem, estou te avisando. - Stéfani disse, vendo Adéle a olhar ainda cética.

- Amanhã falarei com ela, mas se isso for uma mentira, espero que saiba que não serei carinhosa na noite de amanhã. - Stéfani assentiu e suspirou aliviada quando a outra subiu no beliche e se calou.

PRESA POR ACASOOnde histórias criam vida. Descubra agora