CAPÍTULO 23

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- Demorei? - Mirella perguntou rindo ao entrar na cela ainda de cabelos molhados e Stéfani sorriu, vendo Mirella pegar sua escova de dentes e ir para o lavatório.

- Eu devo beijar bem demais para você estar desesperada desse jeito. - Stéfani disse, rindo com a língua entre os dentes ao ver Mirella lhe fuzilar com os olhos. - Só quis dar o troco, desculpe.

Ela voltou sua atenção para o livro que lia, mas a verdade é que não lia nada. Estava focada em como seu coração havia acelerado ao ver Mirella entrar naquela cela e, não, não se tratava de sexo, se não de como seu coração vinha acelerando sempre que a morena se aproximava.

Um mês. Um longo mês, mês onde tudo poderia ter sido pior, porém Mirella não deixara. Ela havia cuidado de Stéfani mesmo quando ainda usava a máscara de durona.

Seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu sua cama se afundar e logo ela virou o rosto para Mirella, que sorriu antes de enterrar o rosto em seu pescoço. Ela suspirou e fechou o livro.

- Olha só quem está toda carinhosa. - Stéfani falou rindo e logo resmungou ao sentir Mirella morder seu ombro.

- Não caçoe de mim. - Mirella reclamou e Stéfani se virou, enlaçando sua cintura com um dos braços.

- Não estou caçoando, sua boba. - Stéfani disse, dando-lhe um selinho demorado. - Eu adoro você assim. - Falou, pincelando seu nariz no de Mirella. 

- Adora, hm? - Mirella falou, se inclinando para tomar os lábios de Stéfani em um beijo manso. A mais velha largou o livro e se entregou totalmente ao beijo, sentindo a textura daqueles lábios rosados e gelados pela recente escovação de dentes.

A língua macia de Mirella se encontrava com a sua gentilmente, enquanto a mão da morena escorregava para baixo de sua blusa, arrastando as unhas delicada e vagarosamente por sua pele, fazendo seu corpo inteiro se arrepiar.

- Temos uma hora até as policiais começarem a nos revistar para apagarem as luzes. - Maya falou contra seus lábios. - Tem certeza de que quer continuar isso agora ou prefere esperar? - Stéfani a fitou intensamente antes de responder.

- Uma hora dá para nos divertirmos bastante, não acha? - Stéfani perguntou e Mirella assentiu, se desvencilhando dela antes de prender o famoso lençol nas grades e retirar sua blusa, deixando o sutiã preto à mostra para então voltar a se deitar, desta vez sobre Stéfani, colando suas bocas sem perder tempo.

A loira sentiu uma sensação estranha em seu estômago e abriu os olhos sem deixar de beijar Mirella, vendo o rosto branco e extremamente delicado colado ao seu, os olhos fechados, destacando os cílios claros e perfeitamente projetados; Ela tinha uma expressão de pura satisfação em seu rosto enquanto se beijavam e os cabelos molhados caíam sobre seus ombros. Bem ali Stéfani soube: Ela estava ferrada.

O toque singelo e suave de Mirella por dentro de sua camisa fez Stéfani sentir-se flutuar, fechando os olhos unicamente para deixar-se sentir as sensações novas que seu corpo estava lhe proporcionando. Mirella se debruçou mais sobre si e começou a distribuir pequenos e delicados beijos por seu maxilar, migrando para seu pescoço, fazendo Stéfani alçar ligeiramente o pescoço para dar acesso total à morena. 

Seu coração batia freneticamente e ela tentou disfarçar o fato de que jamais se sentira assim antes. Ali não era só tesão, havia algo mais, algo que seria melhor se Stéfani não sentisse, porém era tarde demais. Aquilo já havia consumido cada fibra de seu ser.

A mais velha arfou quando Mirella prendeu de leve a carne de seu pescoço entre os dentes antes de deslizar a língua até o lóbulo de sua orelha, fazendo seu centro pulsar. Suas mãos, que até ali estavam comportadas, foram para as costas de Mirella, soltando o fecho do sutiã da morena para então arrastá-lo vagarosamente por seus ombros, fazendo Mirella levantar seu tronco para Stéfani puxar a peça para seus braços. Ela tirou o sutiã de seus braços e foi pega de surpresa quando Stéfani a virou na cama, tomando a posição de cima para si. Ela foi se levantar para remover a camisa, porém esqueceu que era beliche e acabou acertando a cabeça no estrado de cima, levando uma mão até a cabeça antes de proferir um "ouch."

PRESA POR ACASOOnde histórias criam vida. Descubra agora