24°

1.2K 61 4
                                    

🤯Luiza Guimarães🤯

Acordo com os barulhos de fogos pela comunidade, só o que me faltava viu?! Invasão a essa hora, Pesadelo entra no meu quarto serinho e me joga o colete a prova de balas e a arma.

Pesadelo: para o cofre, agora- fala com o jeito mandão dele e eu desço direto para o cofre que fica no subsolo, como se fosse um fosse um porão.

Aqui em baixo tem o cofre e o estoque de cachaças do Pesadelo, o cofre blindado fica atrás de uma parede falsa e só se abre por fora, uma droga né?! Já o cofre só se fecha e se abre por dentro.

Pesadelo: entra- fala aparecendo atrás de mim e eu entro no cofre- se cuida, sai dessa porra bem que eu esteja morrendo fala e eu abraço ele
Eu: se cuida Ric, estou falando sério, nada de tiros de raspão e muito menos a queima roupa- falo e ele da risada depositando um beijo no topo da minha cabeça
Pesadelo: relaxa, ajoelha e reza por nós que logo menos estamos aí de novo- fala e me rouba um selinho saindo e fechando a parede falsa.

Fecho o cofre e me sento na cama esfregando o rosto, começo a fazer as minhas orações no cofre, não só pelo Pesadelo, mas sim para todos os que estão nessa guerra.

[...]

Termino a minha oração com o sinal da cruz e me encolho na cama do cofre, a invasão com certeza não acaba tão cedo, isso é certeza! O que me resta agora é esperar.

- abre ae- fala batendo na porta do cofre e eu reconheço a voz do Pesadelo
Terror: vai Luiza, o cara tá ferido, vai que a gente tem que voltar para guerra- fala e eu abro a porta do cofre praticamente correndo, o Pesadelo entra carregado pelos meninos e eles colocam o Pesadelo deitado na cama com a perna ensaguentada
Eu: e vocês trazem ele para casa? Pelo amor de Deus, ele precisa é de um médico- falo e o Cobra joga o cesto de primeiros socorros em mim
Cobra: vai grays anatomy- fala e eu reviro os olhos
Eu: está tudo esterelizado pelo menos- pergunto e eles fazem um jóia com a mão fechando a parede falsa e eu fecho o cofre- acho que falei nada de tiros né?!- falo e ele faz careta de dor- isso vai doer muito- falo puxando uma cadeira para sentar nos pé da cama.

Pego tudo que vou precisar e começo a tirar a bala da perna dele que grita de dor, limpo e higiênizo o buraco, costuro e faço um curativo em cima, o Pesadelo tadinho, tá suando frio coitado, ele deitada na cama e eu jogo tudo que eu usei fora, dou um remédio de dor para ele, me sento na cadeira novamente e os olhos começam a pesar.

Pesadelo: vai dormir sentada? Deita aqui pô, a cama é grande, cabe nós dois- fala me dando espaço para deitar com ele e assim eu faço- chega mais pô, já to fodido mesmo pode encostar- fala me puxando para ele.

Deito com ele fazendo carinho em mim e vou aos poucos pegando no sono, mas quando eu estava quase dormindo o Pesadelo me pegou desprevenida com uma pergunta.

Pesadelo: tu tá tendo algum coisa séria com o Cobra?- pergunta e eu nego com a cabeça
Eu: transamos só umas duas vezes- falo me aconchegando mais nele
Pesadelo: tu gosta dele?- pergunta e eu nego com a cabeça
Eu: eu gosto de outra pessoa- falo e ele me olha atento
Pesadelo: quem?- pergunta todo ciumento
Eu: você não conhece- falo e ele fica calado.

Ignoro e viro de costas para ele dormindo mesmo, devem ser umas cinco da madrugada, eu estou exausta, mereço dormir também viu?! Aula eu tenho certeza que não vai ter, esse é o horário que todos começam a acordar para se arrumar para ir para a escola e o tiros ainda rolam soltos lá fora, só Deus na causa mesmo viu?!

[...]

Acordo com um bruta montes me pegando no colo, abro os olhos e vejo o Cobra, ignoro e em aconchego nós braços dele voltando a dormir plenissima, ele que lute viu?! Sinto o colchão fofissimo da minha cama e a coberta por cima de mim, me aconchego mais no meu colchão, puxo o meu ursinho de pelúcia e ali apago novamente.

[...]

Pesadelo: me ajuda com isso aqui- fala sentando na minha cama só com uma boxer branca coladinha nele, abençoe senhor essa cueca que está me dando a visão do paraíso
Eu: ajuda com o que?- pergunto indo até ele enquanto fecho o meu short jeans
Pesadelo: essa perna pô, dor do cacete- fala e eu me ajoelho no chão entre as pernas dele.

Tiro a faixa da perna dele e tiro todo o curativo bonitinho, olho a perna dela e só está com um pouco de sangue, me levanto indo pro closet e pego a minha maleta de primeiros socorros, limpo os pontos bonitinho, passo uma pomada cicatrizante e faço outro curativo na perna dele, passo a faixa na coxa dele e perfeito, dou um remédio de dor para ele e vou guardar a maleta, passo no banheiro e aproveito para lavar as minhas mãos, volto pro meu quarto vendo o Pesadelo todo largadão na minha cama e dou risada.

Pesadelo: bora assistir um filme pô, nada para fazer nessa porra- fala pegando o controle da TV
Eu: vai escolhendo o filme que eu vou vestir uma blusa- falo e ele olha prós meus seios cobertos apenas pelo sutiã
Pesadelo: por mim tu ficava assim, quanto menos roupa melhor- fala e eu dou risada indo pro closet.

Tá, alguém me explica o que aconteceu com o Ricardo para ele ir de o irmão adotivo ciumento, para o cara que quer me pegar de todas as formas possíveis e fica dando em cima de mim? Não que eu esteja reclamando, longe de mim, mas que tem coisa aí tem!

O Preço do Pecado (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora