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Hailey tinha um impressionante domínio de palco

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Hailey tinha um impressionante domínio de palco. No momento em que o violão em suas mãos começou a soar pelo lugar, ninguém prestava atenção de fato. Mas quando sua voz acompanhou a melodia antes isolada, todos ficaram em silêncio e olharam para a garota vestida de preto bem na nossa frente. Logo depois, o som suave de toques leves da bateria lhe acompanharam e o teclado foi o último, deixando o charme conduzir pelas notas melancólicas de uma música desconhecida. Me perguntei se ela quem tinha composto a canção.

Me lembro que uma vez, enquanto conversava com Noah sobre não me lembro o que, ele me disse que Hailey compunha músicas desde os seus nove anos de idade, antes disso ela escrevia poemas profundos sobre relacionamentos dos quais ela nunca tinha vivido, visto que ela era uma criança.

A música era de fato profunda e sentimental. Falava sobre um relacionamento duradouro e cheio de amor, mas ao mesmo tempo complicado de seguir.

Os aplausos começaram a cessar quando Hailey e seus dois companheiros ficaram para trás das cortinas outra vez. Todos ao nosso redor voltaram a conversar e pareciam até mais animados depois da voz melodiosa e estranhamente calma de Hailey ter enchido os quatro cantos do restaurante da minha mãe.

O sorriso que despontava no canto do meu rosto sumiu aos poucos, e ao sentir olhos me perfurando do meu lado direito, me virei lentamente para pegar Perséfone me encarando no flagra.

Respirando fundo, ela virou o rosto e engatou na conversa que Alex mantinha com Noah.

Pela quarta vez, meu telefone tocou sobre a mesa, ao lado da minha taça de vinho.

Com calma, desvirei o aparelho e deixei a tela acesa para cima, lendo o nome de minha mãe sublinhado em um verde escuro.

O barulho cessou quando cliquei no vermelho.

Senti o olhar de Noah perfurando meu rosto até a parede do outro lado do salão. Ao erguer meus olhos, sem mover minha cabeça para cima, deixei que ele visse que eu não dava a mínima para o que ele pensava. Mesmo assim, ele abriu a boca para falar.

— Deveria atender, pode ser importante — resmungou, dando uma espiada intrusa em meu telefone. Virei a tela para baixo outra vez, foi um movimento movido pelo instinto.

— Não é nada importante — retrucando, peguei minha taça e beberiquei. Pelo canto do olho, podia ver Perséfone encarando a garrafa que pedi para beber. Ela pareceu ler de forma rápida o rótulo antes de se ajeitar no lugar e inclinar o corpo para frente na mesa.

Ela tinha ficado com o suco de laranja, e quando Alex perguntou se ela estava doente, apenas revirou os olhos e disse que alguém precisava ficar sóbrio.

A surpresa que Alex fez ao questionar me fez pensar que Perséfone gostava de vinho além do normal, visto que estávamos justamente em um restaurante onde o prato principal — qualquer um deles — vinha com uma garrafa de vinho e ela não pediu nem mesmo uma comida.

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