LIVRO I | TRILOGIA EPIPHANY
"Eu só tinha um trabalho, e era não sucumbir ao desejo de cair na tentação que era Jasper. Eu ia muito bem enquanto meu único sentimento direcionado a ele era ódio. E era recíproco, ele também não me suportava. Porém quan...
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O nojo que eu senti da cara nojenta de Brandon ficou preso na minha mente pelo resto da noite. E foi um sentimento tão forte que se perdurou até os meus sonhos, transformando-os em um pesadelo terrível.
Nesse sonho eu estava no shopping da cidade, com algumas sacolas de lojas, e quando eu ia pegá-las para dar uma olhada nas minhas compras, eu puxava a cabeça dele.
Até que eu conseguisse acordar, puxei muitas cabeças de muitos tamanhos, mas todas tinham a mesma expressão de tarado que ele tem.
E eu só consegui acordar porque Hailey estava secando os cabelos com o secador no banheiro. Foi então que eu senti um latejar tão forte na cabeça, que voltei a deitar no meu travesseiro super fofo resmungando.
Tapei os ouvidos com as mãos, e chutei as cobertas para fora da cama. Ao me levantar e ir até a porta do quarto, eu mal senti meus pés tocarem o chão. Era como se eu tivesse tido minha alma sugada pelo Shang Tsung no mortal kombat e agora eu estou jogada no meio do asfalto quente, sentindo cada uma das minhas entranhas restantes se dissipando pelo vento.
Ao me jogar na cama outra vez, o barulho do secador para e Hailey abre minha porta.
— Bom dia, querida. Hora de levantar.
Consegui sentir a presença dela perto de mim, os pés batendo levemente contra o piso ao lado da minha cama.
— Nem pensar! Que horas são?
— Quase três da tarde. Você precisa organizar a casa, é seu final de semana.
Ela se joga ao meu lado, me virando de barriga para cima com suas mãos fortes e nada gentis.
— Abra esses lindos olhos — ela pede com calma. Não o faço. — Abra esse olhos.
— Não.
— Sim.
— Me deixe em paz.
— Abra esses malditos olhos, caramba — Hailey literalmente tenta abri-los com seus dedos amaldiçoados.
Rugindo de raiva, abri eles bem abertos, sentindo a claridade me cegar.
— Satisfeita? Agora minha dor de cabeça piorou.
Ela deu duas batidinhas no meu ombro e me ajudou a sentar.
Olho em suas mãos. Há um comprimido branco nela, e já sei qual remédio que é. Também tem um copo de água ali, e mesmo que jogar ele em seu cabelo recém seco seja uma ideia tentadora, não quero desperdiçar a água que eu poderia tomar para ajudar a engolir o remédio. Então fico com a melhor opção.
Bebo toda a água após ingerir o remédio, e em seguida volto a me deitar.
— Obrigado, agora me deixe dormir em paz.
— Vou sair daqui a alguns minutos. Deixei aipim preparado e molho na geladeira, você só precisa fazer o macarrão. Depois arrume toda a casa, me entendeu?
