✓𝗥𝗘𝗠𝗘𝗠𝗕𝗘𝗥 · sirius black

ix.

capítulo nove: garoto mentiroso
'minhas palavras atiram para
matar quando estou brava'

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Ele pegou um frasco e o derramou na bacia, depois se virou para Amy e sinalizou que ela se aproximasse, a garota obedeceu movida a sua curiosidade. Ela mergulhou o rosto na bacia e viu algo parecido com um flash de memórias passando diante dela até parar em uma em especial.

"

Eu sabia que você viria, você até demorou mas não mais do que na última vez."  Gellert tinha um sorriso no rosto enquanto olhava para o professor. Suas vestes estavam desgastadas embora não tivessem furos ou dobras, parecia que ele estava cuidando das roupas, tanto quanto cuidava da neta.

"Não vim aqui para ouvir suas provocações, Gellert."  Ela viu o professor um pouco mais novo, sua barba era mais curta e os cabelos meio grisalhos ainda não teriam aparecido. "Quero saber, onde está a criança?"

"Você já teve bom humor, Albus, eu me lembro disso."  Ele olhou para o professor que parecia segurar sua respiração, era fácil perceber que ele estava se esforçando para manter uma pose. "Amélia está no quarto, brincando."

Albus se virou para subir as escadas junto com os auroures, mas o Grindelwald mais velho foi rápido em tocar a mão do professor, fazendo os outros ali presentes se prepararem para o ataque, em um sussurrou ele avisou; "Vá sozinho, Albus, ou vai assusta-lá."

O professor o analisou vendo que o bruxo estava sério dessa vez sem nenhum sorriso, ou tom irônico. Albus teve certeza que aquilo não foi um pedido e sim um aviso sincero. O professor concordou e pediu que os auroures esperassem ali mesmo, o que eles fizeram de má vontade.

Dumbledore subiu as escadas e viu o grande corredor onde haviam várias portas, mas uma chamou atenção do professor, uma que tinha uma placa com letras douradas "Nebel". Ele abriu a porta e viu a garota dentro de uma cabana de cobertores.

Ela brincava com uma boneca que parecia velha e acabada, a criança não parecia se importar já que estava sorrindo enquanto fazia a boneca voar por sua pequena cabana. O quarto da garotinha, diferente de outros cômodos daquele lugar, era totalmente claro e quente, um lugar confortável para uma criança crescer.

"Meu avô disse que não se deve espionar as pessoas, isso é deselegante, senhor."  Ela se virou para o professor, seus olhos eram claros como as nuvens que se oravam o céu naquele dia.

"Sinto muito, eu não queria assusta-lá." O professor deu um passo a frente tentando fechar com cuidado a porta, mas a garota levantou a mão em um pequeno movimento impedindo que a porta fechasse.

"Você não me assusta."  Ela falou encarando os olhos do professor que ainda tentava entender como uma criança de oito anos teria canalizado magia em uma só mão para impedir mesmo de longe o movimento da porta, ela parecia controlar tudo muito bem.