✓𝗥𝗘𝗠𝗘𝗠𝗕𝗘𝗥 · sirius black

xxiv

capítulo vinte e quatro: protetor
'quando eu estava no meu pior
momento de joelhos, e você
disse que me protegeria'

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Janeiro de 1979, depois de Hogwarts.

Era uma manhã muito ensolarada, alguns chamariam de bonita, mas Snape tinha outro ponto de vista sobre praticamente tudo. Enquanto caminhava procurando pelo local combinado ele viu quem menos desejava passando pela calçada do outro lado da rua.

Revirou os olhos, era idiota da sua parte mas ele realmente achou que Amélia e Sirius não ficariam juntos, lembrou-se imediatamente das palavras de Regulus ao refletir sobre isso;

O amor deles não é frágil, nunca foi, eles vão acabar juntos mesmo que isso custe muito para eles.

O casal caminhava alegremente totalmente imersos em suas conversas enquanto as pessoas passavam sorrindo gentilmente para eles. O garoto parou de observá-los quando encontrou o lugar que tanto procurava.

Severus andava por becos escuros e era seguido pelo vento gélido que vinha arrastando seus cabelos agora um pouco menores do que eram normalmente, a neve fria afundava seus pés e o garoto odiava o breu que o fazia ter de apertar os olhos para conseguir ver alguma coisa.

Puxando uma placa e soando o sino, Snape viu um senhor baixo, calvo e corcunda abrir uma porta na parede falsa para que ele pudesse entrar, sem agradecer ao velho, que fez uma careta ao olhar as roupas desajeitadas do garoto, ele entrou de cabeça erguida.

Subiu uma longa escadaria, seus passos apressados faziam eco por toda a casa que por um segundo Severus achou estar vazia, até encontrar Regulus em um dos corredores e o cumprimentar com um breve aceno. Não trocaram uma palavra sequer enquanto andavam até a última porta do extenso corredor.

Regulus abriu a porta e Snape arrumou a postura quando viu seu mestre sentado em uma cadeia na ponta da comprida mesa que tinha diversos lugares, mas somente três estavam livres, dois deles pertenciam aos dois garotos que logo se aproximaram e se sentaram, Severus se perguntava o tempo todo de quem seria o terceiro lugar.

Havia muito do que tratar e Snape escutava com atenção dando suas fortes opiniões e oferecendo suas humildes sugestões ao seu mestre que sempre dava um jeito de aceitá-las de bom grado.

O olhar de Regulus queimava sobre o próprio braço marcando o lugar onde a marca foi recentemente traçada, ele olhou para Severus que tentou disfarçar que estava xeretando a vida alheia.

— Severus meu caro… — Snape voltou sua atenção para o lorde que parecia esboçar um meio sorriso. — Como está minha querida Grindelwald?

O olhar mortal de Regulus o fez repensar sobre o que diria, não poderia mentir, seria meio óbvio e então estragaria tudo, pensou em algo como uma contra resposta.