xviii

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capítulo dezoito: última noite.
'e as coisas que serão perdidas
podemos apenas fazer uma pausa?'

 'e as coisas que serão perdidas podemos apenas fazer uma pausa?'

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Amélia sentia-se magoada, excluída e enfurecida, mas não sentia-se solitária.

Porque Sirius estava com ela naquele fim de sábado, depois de deixar bruscamente a sala do diretor, ele foi o único a segui-la.

Eles estavam no dormitório dela, Amélia descansava a cabeça no peitoral do Black ouvindo os batimentos calmos do mais alto.

— O que está pensando? — Ele perguntou fazendo carinho nos cabelos prateados dela.

Amélia se moveu suavemente sentando-se no sofá e encarando o garoto que estava agora se apoiando no encosto para ouvi-la melhor.

— Mais cedo, quando eu achei que ele iria... — Amélia não conseguiu dizer, mas Sirius sabia. — Fiquei pensando em todas as coisas que não fiz, e tudo que gostaria de ter dito.

Sirius tinha seus olhos cinzentos inquietos pela curiosidade das próximas palavras da Grindelwald.

— Tenho que te dizer algo, mas preciso que prometa não zombar de mim e se preciso nunca mais tocar no assunto. — Ela falou, seus olhos transmitiam sua angústia e suas sobrancelhas juntas o seu nervosismo. — Prometa.

— Eu prometo, prometo. — Sirius disse duas vezes como se aquilo fizesse parecer ainda mais verdadeira a sua promessa. — Pode me dizer qualquer coisa.

Amélia olhou para ele uma última vez, analisou os traços de seu rosto pouco pálido, as bochechas fundas e o nariz arrebitado, seus olhos cinzentos e cabelos tão escuro que pareciam mesmo os céus a noite, ele tinha lábios finos e avermelhados e sobrancelhas igualmente finas que o faziam ter um ar julgador.

Ela se aproximou beijando os lábios dele lenta e delicadamente, como se fosse a última que fosse fazer aquilo. Quando se afastou, ele pareceu observar também todos os traços dela, como se estivessem pensando a mesma coisa naquele momento.

Ela iria embora. Ele ficaria. Ela precisava dizer. Ele precisava saber.

— Quando eu vi você pela primeira vez no trem você me derrubou enquanto fugia da sua prima. — A Grindelwald disse com um pequeno sorriso nos lábios. — Você lembra?

— Sim. — Ele riu parecendo voltar para aquela memória de sete anos atrás. — Eu pedi desculpas e você disse: "Você poder acaso sabe quem eu sou?" — Ele afinou um pouco a voz e ergueu o queixo para imitá-la. — "Eu sou Amélia Grindelwald."

Amélia deixou a cabeça pender para o lado rindo da imitação do garoto, seus longos cabelos prateados brilhando refletindo o fogo da lareira.

— E você disse que nunca tinha ouvido esse sobrenome antes, perguntou se eu era de uma família de elfos ou algo assim. — A Grindelwald o lembrou e dessa vez foi ele quem gargalhou. — Quer saber uma coisa?

✓𝗥𝗘𝗠𝗘𝗠𝗕𝗘𝗥 · sirius black Onde histórias criam vida. Descubra agora