✓𝗥𝗘𝗠𝗘𝗠𝗕𝗘𝗥 · sirius black

xx.

capítulo vinte: verdade verdadeira.
'deus, eu tenho os olhos
do meu pai, mas os da minha
irmã quando eu choro.'

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Dizem que as mulheres amadurecem mais rápido, Amélia pensava ser uma exceção há isso tendo em vista a quantidade de problemas que criou para si mesma enquanto todas as pessoas pareciam lidar muito bem com a vida.

Mas algumas coisas são inevitáveis, como o amadurecimento, e Amy percebe isso quando ao invés de escrever uma carta berrando para Dumbledore por suas mentiras, ela senta e escreve calmamente sobre suas últimas semanas.

Depois do primeiro dia de aula, quando ela descobriu sobre sua avó, a garota estava com raiva mas ao invés de explodir os vidros ou se trancar em seu dormitório, ela decidiu ouvir o que a mulher tinha há dizer, descobriu mais tarde que essa foi sua melhor escolha.

Oriana Galanis não podia usar seu nome verdadeiro ali, não sem arriscar um ataque direto de Voldemort, ela explicou que na carta — que Amélia não leu — havia um aviso prévio de que isso acabaria acontecendo uma hora ou outra, elas iriam precisar se encontrar.

Oriana tinha cabelos castanhos e curtos, enormes olhos tão escuro quanto o céu, e uma pele bronzeada, de nada parecia com a mãe de Amélia, mas pelo quadro em sua mesa com a foto de seu falecido marido, era possível ver de onde vinha a pele pálida e olhos azuis de Isis.

Amélia embora estivesse se esforçando para ser paciente não pode evitar de acusar sua avó de abandono sobre Isis, e sobre ela mesma, com isso percebeu que na verdade era carente por uma mãe durante toda sua vida.

Há muito tempo vinha se espelhando em homens sábios e poderosos, como Dumbledore e Grindelwald, ela era cercada pelo carinho de Hagrid e também aos de Newt que era um velho atencioso todas as vezes em que eles se encontravam.

Mas nunca teve nenhuma mulher em sua volta, obviamente teve Minerva, mas não eram tão próximas como ela era dos Marotos, provavelmente a divisão das casas tinha uma culpa nisso.

Oriana porém, não pareceu perceber a mágoa da garota sobre ela, parecia entretida demais com sua própria culpa, os olhos baixos quando começou a falar.

— Eu tinha duas filhas, sabia? — Ela começou parecendo flutuar sobre as memórias de sua antiga vida. — A mais velha se chamava Cecília e a mais nova, bem, sua mãe Isis.

A existência de uma tia fez a cabeça de Amélia latejar, nunca tinha ouvido nada sobre ela antes, e então percebeu que muito sabia sobre os Grindelwald e nada sobre as Galanis.

— O que aconteceu com a Cecília? — Amélia perguntou devagar, com medo da reação da avó sobre a pergunta.

Ela hesitou um momento e então encarou Amélia com aqueles olhos da noite escura.