...and pray I'm never coming back

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No dia seguinte...

Serkan Bolat está dentro do seu Cadillac DeVille 1970, fumando compulsivamente um cigarro atrás do outro, observando com um binóculo a movimentação em frente do Hotel Ritz.

Ele mal pregou os olhos pela noite.

O seu corpo muito excitado o impediu de dormir, com imagens de Eda apenas em seu body piscando atrás das pálpebras. Quando ele conseguiu cochilar, em seus sonhos, Eda estava nua, o seu corpo bronzeado brilhando com suor, atraindo-o como uma canção antiga que ele entendia e respeitava.

Mal amanheceu o dia quando ele se viu dentro do carro, dirigindo cegamente pela cidade, para aguardar o momento em que a veria de novo.

Escondido, ele observou o carro de Engin sair do estacionamento do hotel, certamente com Deniz ao seu lado, em direção a mansão de seus pais para encerrar o negócio.

Seu grande filho da puta , pensou Serkan, eu vou roubar essa mulher de você .

Colocando os óculos escuros, Serkan saiu e travou o carro, andando casualmente até a entrada do hotel, passando direto pelos funcionários solícitos que perguntavam se poderiam ajudar com a resposta simples de vim buscar a minha namorada .

Serkan esmiuçou as informações passadas por Engin na noite passada e, a partir delas, soube que o casal estava hospedado no quarto 1061 do hotel 5 estrelas.

Ele apertou o botão do elevador e se encostou na parede, mordiscando um palito de dentes no canto da boca. Serkan fez a barba naquela manhã, então o seu rosto estava limpo, o maxilar bem marcado, para não levantar suspeitas sobre o seu direito de estar naquele lugar.

No andar de Eda, ele olhou para as portas até encontrar o número 1061, cumprimentando uma senhora idosa que saía do quarto ao lado. Ele aguardou até que o corredor estivesse vazio e tirou o seu kit de arrombamentos de portas da parte de trás da calça.

Uma porta simples de hotel não apresentaria dificuldades para um mafioso especialista em arrombamentos.

A porta se abriu com um clique suave e Serkan se viu dentro do quarto onde Eda ainda ressonava angelicalmente na cama king size.

A maquiagem do dia anterior se foi e o rosto dela estava limpo, suas feições suaves desacordadas esparramadas nos muitos travesseiros da cama. O edredom a cobria apenas da cintura para baixo, então ele pode ver a camisola acetinada que cobria o seu corpo, as tiras finas que escorregaram dos seus ombros, o tom rosado da roupa que destacava o tom bronzeado da sua pele.

Serkan se sentou na poltrona do lado da cama e aguardou.

Deniz havia deixado as cortinas abertas, então o quarto estava muito iluminado com o sol das dez da manhã. A luz esbranquiçada banhava o corpo de Eda que brilhava, resplandecente, e Serkan apenas se sentou e observou por alguns minutos.

A beldade dormia inocentemente, inconsciente de ser observada atentamente por Serkan. Seus braços esguios estavam debaixo do travesseiro, o rosto amassado, pressionando as bochechas até que os lábios formassem um meigo biquinho.

Apenas de observá-la, Serkan sentia paz.

Ele retirou a Glock G17 do coldre e a colocou na mesa ao lado da poltrona, enquanto esperava Eda despertar.

Me envie uma mensagem quando acabar , envia ele para Engin, também pousando o celular ao lado da arma.

Discando o número da recepção no telefone fixo ao lado da cama, ele solicitou que um grande café da manhã fosse entregue no quarto de Eda.

I'll stay alive just to follow you homeOnde histórias criam vida. Descubra agora