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"Se tudo que temos é tempo, então vamos ficar bem

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"Se tudo que temos é tempo, então vamos ficar bem."

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ADHARA SOLTA UM GEMIDO baixo, sentindo sua garganta seca.

Charlus não parece nervoso, nem assustado. Ele carrega em mãos uma enorme sacola de estopa no ombro, as que usavam para enfiar toalhas de praia, pás de plástico e baldes para pequeniques no lago. Isso, quando ela era pequena, os passeios aumentaram quando sua mãe foi internada.

Ela levantou-se da grama, sentindo suas pernas virarem gelatinas quando o fez, quase voltando para o chão novamente. Então, criando coragem e segurando as lagrimas, ela se aproximou em passos lentos, observando seus cabelos grisalhos que batiam na altura de seus ombros, lisos e sedosos como ela se lembrará.

Seu rosto era sereno, ele encarava o rio a sua frente com um sorriso nos lábios.

— Esse lugar é lindo, não acha querida? - ele virou-se para ela, a olhando carinhosamente.

Adhara assentiu, crispando os lábios e segurando as lagrimas que insistiam em querer descer.

— Sim, é lindo. - ela murmurou de volta, engolindo o soluço.

Um silêncio recaiu sobre eles, o único barulho era dos pássaros que voavam no céu limpinho e azul e do rio a frente deles. Adhara fechou os olhos por alguns instantes, saboreando aquele momento de paz perto de seu pai. Ela estava delirando ou ele era apenas mais uma das peça que sua mente pregará?

Ela não sabia, mas precisava disso, precisava de respostas.

Ela abriu os olhos novamente, e como se soubesse que ela iria perguntar, ele segurou a sua mão. Uma corrente elétrica passou pelas suas costas até o couro cabeludo ao sentir a mão calejadas e quente de seu pai contra a sua, o toque familiar invadiu dentro de si e ela teve vontade de chorar ao saber que era ele de verdade, que não era uma miragem ou sua mente brincando consigo.

— Mas... Como? - ela gaguejou, sentindo as palavras sumirem de sua boca.

Ela sorriu, apertando sua mão e acariciando suas madeixas escuras com a outra. Adhara poderia sentir o toque macio e familiar cada vez mais intenso a medida que ele se aproximava.

— Você está tão diferente, borboletinha. - ele crispou os lábios - Eu estou tão orgulhoso de você.

— Eu sinto sua falta. - ela apertou sua mão, deixando as lagrimas teimosas descerem.

— Eu sei querida, eu também, todos os dias. - ele a puxou para um abraço, e ela afundou o rosto no moletom preto, sentindo o cheiro familiar de seu perfume.

𝗠𝗼𝗿𝗻𝗶𝗻𝗴 𝗦𝘁𝗮𝗿 𖤝᭄ິ 𝗝𝗮𝘀𝗽𝗲𝗿 𝗛𝗮𝗹𝗲 √Onde histórias criam vida. Descubra agora