➷Capítulo 1

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Metawin havia acabado de chegar em casa e subiu direto para seu quarto. Estava muito cansado pelo seu dia agitado e mais uma decepção amorosa, disso ele já estava mais do que cansado. Só que o problema era que ele não aprendia com o erro, sempre perdoava e ficava como se aquilo nunca tivesse acontecido.
Era um defeito?
Ele não achava isso. Era muito inocente e sempre se apaixonava rápido demais. Tentava mudar, mas não conseguia. Era uma coisa fixa nele, não dava para se livrar daquilo.
O mesmo afastou esses pensamentos da sua cabeça e desceu novamente as escadas para a sala.

- Mãe! - Ele exclamou enquanto descia os degraus de madeira escura. Assim que chegou na sala viu sua mãe sentada no sofá, chorando. No outro sofá estava sentado um homem, que parecia ter mais ou menos a sua idade. - Quem é ele? - Perguntou olhando para o mesmo.

- Win... - A mesma fungou e se levantou do sofá, indo até ele, com os olhos vermelhos.

- Eu sou seu protetor. Vim te levar para o Olimpo. - O homem a interrompeu, ficando de pé em frente ao sofá.

- Para onde? - Perguntou confuso, olhando para sua mãe e para o homem.

- Ele vai te levar para sua nova casa. Você não pertence mais a esse mundo. - Ela disse em um tom choroso, só que mais controlado. Ela sabia que esse dia estava próximo a chegar, mas mesmo assim tinha medo.

- Como assim "esse mundo"? Do que vocês estão falando? - O mesmo já estava começando a sentir o choro ficar preso na sua garganta e seus olhos começavam a ficar marejados.

- Eu nunca te contei a verdade sobre o seu pai. - A mesma começou.

- Você me disse que ele tinha ido embora pouco tempo depois que eu nasci. - Disse rápido, piscando várias vezes.

- Parte disso é mentira. - Ela olhou para seu filho tentando criar coragem para contar a história. - Ele não foi por que quis e nem te abandonou por que não te queria. Ele foi obrigado. Não podia continuar na terra por mais tempo. - Aquilo estava muito confuso. Como assim "ficar na terra"? Por que ele não podia ficar? Quem realmente era seu pai? - O seu pai é um Deus do Olimpo e eu já sabia disso antes de nos relacionar. Sabia também que um dia você teria que ir embora, mas mesmo assim eu torcia para esse dia demorar a chegar.

- Um Deus? - Várias lágrimas já tinham começado a rolar pelo seu rosto, sem nem mesmo Metawin perceber. Era muita coisa para digerir de uma vez só.

- Eros, Deus do amor. Por isso você é tão... Você. - Um sorriso cresceu no rosto da mesma, de felicidade, mas ainda tinha lágrimas em seus olhos. Ela sabia o quão amável Metawin era, por isso disse aquilo. Sempre foi sensível e se preocupava com as pessoas importantes para si. - Ele vai te levar daqui. - Disse passando a mão nos braços do mesmo.

- Ma-mas... E você? - Perguntou nervoso. Não queria deixar a sua mãe sozinha, sem seu único filho.

- Ela vai ter a memória apagada. Não irá se lembrar de você. - O homem os interrompeu novamente.

- Eu vou ficar bem. - Ela forçou um sorriso, mas logo desapareceu em meio ao choro. Os dois se abraçaram bem apertado. Era a última vez que iam se ver como mãe e filho. A próxima vez poderia demorar, ou até mesmo nunca acontecer. - Agora vai. - A mesma soltou Metawin e o levou até o homem, que tinha ido para uma parte da sala afastada dos móveis.

- Assim que fomos embora todo o vestígio do Metawin vão ser apagados da terra, inclusive a sua memória e de todos que ele conhece. - Ela assentiu com a cabeça enquanto uma última lágrima caia pela sua bochecha. - Não se assuste... Talvez você sinta um pouco de desconforto. - Metawin desviou o olhar do mesmo e olhou uma última vez para sua mãe, ainda com os olhos vermelhos, já com as lágrimas controladas.
O homem tirou uma adaga dourada da sua cintura e fez um corte na palma da sua mão. Logo depois pegou a mão de Metawin e fez o mesmo corte, rápido, para que o mesmo não sentisse dor, mas mesmo assim ele ainda sentiu um desconforto rápido. Ele guardou a adaga novamente e colocou sua mão acima da mão de Metawin, que estava aberta.

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