Narrador on
Manoela deu um gole no seu gin e observou Rafaella saindo do banheiro, ficou um pouco em dúvida e se perguntou o que havia acontecido em cinco minutos dentro daquele banheiro, para Rafaella sair tão diferente. A festa estava agitada, a boate estava cheia e ali não era o momento propício para uma conversa, então, a loira nada disse e apenas observou sua amiga vindo na sua direção.
— Manu, você tem algum powerbank aí? O meu celular descarregou. — perguntou quase gritando, devido a música que estava em seu máximo volume.
— Não tenho, amiga, desculpa.— tomou outro gole do seu drink. — A menina que estava com você foi embora.
— Ah, tanto faz. — deu de ombros. — Vamos lá no bar? Preciso beber algo, minha bebida acabou.
A loirinha concordou e acompanhou a amiga até o bar, pediu outro gin e observou a amiga pedindo duas doses de tequila e uma caipirinha. Rafaella estava um pouco frustrada por não saber o que estava sentindo, então decidiu que precisava descontar em algo, e como não estava afim de ficar com mais ninguém naquela noite, decidiu se embebedar. Jogou as duas doses de tequila para dentro de seu corpo e fez uma careta com o sabor amargo em sua língua e a ardência em sua garganta. Pegou o seu copo de caipirinha que já estava pronto na sua frente e bebeu um gole, sua amiga observava tudo.
— Você tem algo a revelar ou eu devo ficar na minha? — Manu perguntou e recebeu um olhar de Rafaella e entendeu que realmente ela deveria ficar na dela.
— Vamos dançar, vem. — A mais alta puxou a amiga para a pista de dança e começou a dançar no ritmo do reggaeton que tocava alto na balada.
Rafaella bebia mais e mais, ela já estava completamente fora de si e sua amiga já havia parado de beber para controlá-la.
— Rafa, vamos embora, já está raiando o dia, você precisa descansar e eu também. — a amiga suspirou cansada.
— Tudo bem, vamos. — ela disse com a voz mole e elas saíram daquela boate.
Os raios de sol já estavam dando as caras e algumas pessoas já estavam indo embora daquela boate também. Manoela mexia no celular pedindo o Uber enquanto estavam paradas em pé, no meio fio.
— O carro chega em cinco minutos. — virou para o lado e notou Rafaella sentada no chão. — Rafaella??
— Ain, eu to cansada, me deixa aqui sentada.
A loira nada disse, a paciência não é a maior virtude de Manoela Gavassi, então para não ter algum estresse desnecessário, ela ficou calada, até o carro chegar. E no caminho até o apartamento de Rafa também.
No apartamento da mineira, ela já estava se preparando pra dormir quando virou pra amiga e começou a falar.
— Você ainda namora a Mari, né? — perguntou com a boca cheia de espuma, por causa da pasta de dente, ainda muito bêbada.
— Sim, Rafa.
— Então, fala pra ela falar pra Bia não me procurar mais. — a amiga olhou pra ela assustada.
— Por qual motivo?
— Porque ela vai embora agora e a cada passinho que ela dá pra perto de mim eu gosto mais dela e não quero sofrer com a falta dela.
— Vai dormir, Rafaella, depois, quando você estiver sóbria, você fala sobre isso. — Depois que a mais alta lavou a boca, Manoela empurrou a amiga até a cama e a colocou deitada. Rapidamente Rafa adormeceu.
Manoela ficou com uma pulga atrás da orelha, que a fez mandar mensagem para sua namorada perguntando algo relacionado a Bianca ir embora e mais tarde, recebeu a confirmação de que Bianca havia sido aprovada em um programa de estudos e iria para Portugal em uma semana. E todas as peças na cabeça de Manu haviam se encaixado.
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Lisboa - one shot rabia.
Hayran Kurguone shot rabia - lisboa. Quando uma porta para Portugal se abre na vida de Bianca, ela não pensa duas vezes em seguir seus sonhos e decide morar lá, mesmo deixando um pedaço de seu coração no Brasil. Rafaella nunca se apaixonou, viveu apenas moment...