Nayumi era uma garota normal, até descobrir que possuía uma extraordinária quantidade de energia amaldiçoada. Ela então, decide entrar na escola jujutsu, mas mal sabia que sua vida iria mudar completamente.
Observações:
➖Linguagem chula (palavrões e...
Já estávamos andando há horas e ainda nenhuma pista ou resquício de maldição. A chuva não para e acho que não vai parar tão cedo, o cansaço já estava tomando conta de mim e o único barulho que predominava no local era a chuva, os garotos não abriam a boca momento algum. Peguei meu celular que estava no bolso para conferir a hora, 17:58, o céu iria escurecer em breve.
-Acho que vai anoitecer, não deveríamos nos encontrar com Nanami e Haibara? - perguntei parando um pouco. -Tem razão, vamos voltar e amanhã continuamos. - disse Getou.
Mais uma caminhada longa, dessa vez o céu estava mais escuro e a luz do dia chuvoso que saia das nuvens ia embora.
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Nos encontramos com Nanami e Haibara onde faríamos o acampamento. Não tínhamos barraca nem nada, então procurei um lugar seco para sentar, debaixo de uma árvore, me encostei no tronco e observei todos em um canto diferente, pareciam cansados também, mas mantinham a feição neutra.
Com o tempo, senti meus olhos pesarem e meu corpo relaxar, o cansaço me consumiu e deixei meus olhos descansarem. ————————————————————————— -NAYUMI! CADÊ VOCÊ?! - uma voz gritava meu nome, o desespero era perceptível na fala.
O ambiente era escuro, parece com a floresta da missão, e estava chovendo forte igual. Olhei em volta procurando o dono da voz.
-NAYUMI! - os gritos continuavam.
Fui pela esquerda onde a voz era mais alta, tropecei no que pensei ser um galho, mas quando virei para ver, era um corpo, um corpo idêntico a mim. Sem vida. ————————————————————————— Acordei assustada e ofegante, foi um sonho? Estava encostada no mesmo tronco que havia pego no sono, olhei em volta e todos pareciam dormir também. Decidi levantar e dar uma caminhada para dispersar os pensamentos sobre aquele pesadelo, meu sono foi todo embora.
Não sabia pra onde eu estava indo, só não queria ficar parada. E quando percebi havia me perdido. A chuva ainda caia molhando meu cabelo e meu rosto, fiquei estática aonde estava, seria pior me distanciar ainda mais.
Comecei a ouvir barulhos estranhos vindos de algum canto da floresta, ouvi galhos quebrando, tinha algo se aproximando de mim. Senti minhas pernas tremerem, só consegui pensar "fudeu, morri".
-Nayumi? - algo disse meu nome tocando meu ombro.
Gelei, virei devagar morrendo de medo e quando vi quem era soltei um suspiro levemente aliviada.
-Gojou, você me assustou, achei que era um urso. - brinquei pra disfarçar o medo. -Um urso? - ele riu um pouco - Não sei se tem ursos por aqui, mas oque está fazendo? -Ah, e-eu só tava caminhando. - não queria ter que explicar tudo. - E você? -Não estava conseguindo dormir e decidir andar um pouco. - ele disse. -Entendi. - respondi.
Ficamos nos encarando por um tempo, não sabia mais oque falar. Comecei a ouvir barulhos de trovão e raios, não gostava muito disso, me dava arrepios, desde pequena tinha receio sobre. Seria ruim ficar debaixo de todas aquelas árvores com tantos raios caindo do céu, não queria morrer eletrocutada por um raio.
Senti um toque suave na minha mão, era Gojou, estava me puxando para algum lugar, só não sabia pra onde, acho que ele também não queria ficar debaixo das árvores com a chance de um raio cair.
Depois de andar um pouco observei uma caverna, Gojou andava na minha frente segurando minha mão, isso fazia-me sentir segura. Ele provavelmente percebeu a caverna e entramos nela ficando em lados opostos.
Fiquei em posição fetal em sua frente, o frio me fazia tremer um pouco. Coloquei minha mão próxima a boca e fiquei fazendo calor. Observando Gojou também parecia estar com frio, mas nunca admitiria. Lembrei que posso controlar fogo e assim "acendi" chamas nas minhas mãos, melhorou muito e era suficiente para esquentar Gojou que estava próximo.
O silêncio entre nós era perturbador, só conseguia ouvir os trovões e a chuva. Não sabia direito oque falar, mas decidi quebrar o silêncio que já estava me incomodando.
-Você é calado assim sempre? - perguntei. -Não sei, isso te incomoda? - ele retrucou. -Ah, talvez um pouco. - respondi. -Devia cuidar dos seus próprios problemas, Nayumi. - ele disse me lançando um olhar ameaçador. -Devia tentar ser mais aberto com as pessoas, Gojou. - o refutei e ele soltou uma risada. -Melhor tomar cuidado comigo. - ele diz me encarando. -Porque eu deveria? - respondi, papo dele estava estranho. -Pode se machucar. - ele disse. -Aonde você quer chegar? - perguntei. -Descubra.
Não entendo o porque desses enigmas que ele está fazendo, provavelmente deve querer deixar meus pensamentos confusos e desestabiliza-lós. Ele realmente é uma pessoa complicada.
O silêncio volta a reinar o ambiente, eu o encaro tentando tirar algo do seu olhar que estava voltado pro lado de fora da caverna. Apenas fecho meus olhos e acabo me perdendo. ————————————————————————— Acordo dando um pulo, eu realmente consigo dormir em qualquer lugar. Olhei pra minha frente e Gojou estava acordado, provavelmente me observou dormindo para ter certeza que ninguém iria aparecer e nos matar enquanto dormimos.
Ainda estava escuro, pego meu celular pra ver o horário, 3:19, ainda demoraria um tempo pro sol nascer. A chuva continuava, comecei a pensar que era o fim do mundo, mas até amanhã ela já deve cessar aos poucos.
Comecei a ouvir gritos vindos de dentro da caverna, pareciam vir de uma criança pelo tom de voz. Não conseguiria continuar sentada sabendo que pode ter uma criança perdida lá dentro.
Me levantei e senti uma mão segurar meu pulso.
-No tempo que eu estive observando ninguém passou por aqui, deve ser uma armadilha pra nos atrair. - disse Gojou. -Mas e se for? - perguntei. -Pode ser a maldição que está envolvida com os desaparecimentos. - ele respondeu. -Então já podemos por um fim nisso, se for o caso.
Ele se levantou soltando meu pulso e adentrando a caverna, fiquei parada o olhando ir.
-Oque foi? Você não vem? - ele perguntou.
Fui em sua direção e fomos procurar oque estava causando os gritos. ————————————————————————— Notas da autora:
Obrigada pelas 200 estrelas! Espero que estejam curtindo ler a fic tanto quanto eu estou gostando de escrever.
O nome desse arco é: Until it stops raining (até que pare de chover).