Memories; Gojo Satoru

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Chuva, raios, trovões e um pouco de medo. A noite estava meio turbulenta, e eu queria um lugar, um lugar confortável, um lugar seguro. Minha definição de um local confortável e seguro pode ser bizarra e sem sentido, mas me encontrei bem ali, bem ali abraçada com ele. Gojo Satoru. Qual é a dele? Nem o conheço direito e estou aqui, deitada ao seu lado. Não sei da sua história e ele não sabe da minha. E por que me sinto assim? Desde quando me sinto assim? Como foi acontecer? Tantas perguntas na minha cabeça que só me resta uma saída: Dormir.

Acabo acordando, ainda chovendo e trovejando, ainda é noite. Gojo está na minha frente. Observo seu rosto atentamente, como podia ser tão bonito? Instintivamente coloco uma das minhas mãos no canto de sua face, fazendo um pequeno carinho em sua bochecha com o polegar, que acaba passando por sua boca. Sinto uma mão por cima da minha e o seu olhar se conecta com o meu. Seus olhos azuis me deixam hipnotizada e perdida em seu brilho. Ele se aproxima de mim e sela nossos lábios. Sua boca é macia e quente. Apenas um selinho, e ele se afasta. De repente sinto ele em cima de mim com ambas mãos em meus pulsos. Gojo se aproxima novamente e inicia outro beijo, dessa vez nossas línguas se encontram com desejo e incerteza. Ele separa de mim e começa a depositar beijos pelo meu pescoço.

-P-Para.
-Você não quer que eu continue, Nayumi?
-N-não?
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Pulo assustada da cama, foi um sonho? Já é dia e só escuto os pingos de chuva caindo da casa. Olho em volta e Gojo não parece estar na cama. Logo me recordo do sonho, que caralhos foi isso? Só de lembrar do que aconteceu sinto meu rosto esquentar.

-Bom dia, Nayumi! - disse o garoto de cabelos brancos saindo do banheiro.
-Bom dia?
-Você está toda vermelha, teve algum sonho pervertido?
-C-Claro que não, idiota.
-E por que gaguejou?
-P-Para de ser besta. - Olhei pra ele que tinha apenas uma toalha como roupa - SEU IDIOTA! VAI COLOCAR UMA ROUPA!
-Você que está no quarto.

Quando percebo levanto da cama voando e logo vou para meu quarto, que situação embaraçosa. Não posso mentir, foi uma visão e tanto, mas preciso me arrumar para encontrar minha tia, amanhã já vou embora, e isso me deixa inquieta.

Me arrumo rápido para ter mais tempo pra passar com ela, não faço ideia de quando poderia vir de novo. Desço as escadas e faço um café simples. Vejo Gojo descendo "arrumado" logo quando termino de preparar, ele deve planejar me acompanhar novamente e não vejo mal nisso. Comemos quietos, é embaraçoso pensar que dormimos juntos, ainda mais com o sonho que tive, é meio vergonhoso, então prefiro não falar nada, deixando apenas o barulho do garfo encontrando o prato prevalecerem.

Assim que terminamos coloco os pratos na pia, lavo quando voltar. Vou em direção à porta e Gojo vem logo atrás, colocando os sapatos como eu.

-Onde vai? - pergunto.
-Acompanhar você.
-Algum motivo específico?
-No, mas sua tia é bem legal.
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Chegamos então na frente da porta do quarto da minha tia, mas uma enfermeira me chamou e vi que Gojo estava entrando sem mim. Não me importei, não acho que ele faria alguma coisa com ela, não tem motivo.

Gojo's POV

  Uma mulher que parecia enfermeira havia chamado Nayumi para tratar de algum assunto, provavelmente que incluía sua tia. Decidi entrar sem ela, ate por que sou quase próximo da sua tia.

-Oh, Olá Gojo-kun! Que bom te ver!
-Opa! Tudo bem?
-Tudo sim, onde está Nayumi?
-Acho que está conversando com uma enfermeira.
-Ah sim. Tem algo que gostaria de te pedir.
-O que é?
-Cuide da Nayumi.
-Hum?
-Não sei quanto tempo eu tenho e nem quando vou sair deste hospital. E sinto que você é uma boa pessoa, cuide dela, por favor.
-Pode deixar.
-Obrigada.
-O que eu perdi? - diz Nayumi entrando no quarto.
-Nada, só estava perguntando umas coisas a Gojo. - diz sua tia se virando e soltando uma piscadela pra mim.
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Nayumi's POV

  Foi uma tarde perfeita. Sempre lembrarei desses momentos. E pensar que amanhã irei embora me dá um aperto no coração, espero ter uma oportunidade de vê-la em um futuro próximo.

  Já é de noite. Eu e Gojo caminhamos um ao lado do outro, apenas com o som da noite.

-Onde vamos jantar hoje? - pergunta o garoto.
-Em casa, posso fazer algo.
-Então podemos passar naquela loja de doces?
-Tá, tá. É por esse caminho mesmo, iríamos passar por ela de qualquer jeito.

  Continuamos andando e não demorou para chegarmos a loja. Os olhos dele brilham vendo essa variedade de guloseimas todas em um único espaço. Vou em uma pequena estante, pego um pirulito e me dirijo até o caixa para pagar. Saio da loja e arranco a embalagem para provar o doce, enquanto Gojo se perde nas escolhas. Por algum milagre não demorou tanto e logo voltamos para o caminho de casa.

  Ele andava um pouco na minha frente, segurando uma sacola com uma grande diversidade de doces, uma criança ficaria doida se colocassem isso na sua frente.

-Qual o sabor? - perguntou.
-Do que? - respondi com outra pergunta.
-Do seu pirulito.
-Cereja.
-Deixa eu provar.

  Ele se virou e pegou o pirulito da minha boca e colocou na dele. Fiquei paralisada com sua ação. O garoto continuou andando como se fosse uma coisa normal de se fazer. Tentei voltar ao normal e continuei caminhando com uma certa raiva.

-Qual foi, porra?! - falei com indignação.

  Gojo não respondeu e continuou seguindo em frente. Tenho certeza que ele está fazendo aquele típico sorriso malicioso dele por conseguir o que queria, me irritar.

-É bom. - diz ele.
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Notas da autora:

Saudades? Desde já, me perdoem por não ter postado no domingo passado. Eu, como pessoa atenta e cuidadosa que sou, apaguei sem querer o capítulo ao invés de postar.

Mas digo e repito: NÃO VOU DESISTIR DA FIC!!

Obrigada a cada estrela e comentário, eu estou sempre lendo tudo, até as conversas de vocês. Vou tentar ficar mais ativa, minhas ideias ainda estão vivas e eu adoro escrever.

Até o próximo cap,