— Bom, já debatemos o suficiente, se o senhor desejar, poderemos
resolver isso depressa.
— Quero o mais rápido possível.
— Claro. Peço para meu secretário te ligar informando a hora da
reunião com seus advogados. — Mike estende a mão cumprimentando o
homem, faço o mesmo e saímos dali.
— Não gosto muito de farmácias. — Dentro do carro, abotoo o cinto
de segurança e Mike dá a partida.
— Ainda sobre aquela tragédia com seu rabo?
— O cara foi muito vacilão, velho. A coisa foi no meu cu. Eu senti o
trauma.
Mike dá uma gargalhada. Rio também me lembrando do acontecido.
Eu estava em torno dos quinze anos, e tinha acabado de ser diagnosticado
com hemorroidas. Eu e Mike estávamos na Itália , passando férias na
casa de Amadeo. Então meu primo trocou minha pomada de hemorroidas por
removedor de pelos. Meu cu pegou fogo, sambei pelado, abrindo com as
mãos as duas bandas da bunda, gritando no banheiro, e minha tia viu tudo:
“Madre de Dios!” — ouvi-a exclamar.
Aí meu tio me levou a uma farmácia, onde tive que mostrar o rabo
dolorido para um farmacêutico. Depois fui a um pronto-socorro e tive que
ficar de bunda pra cima enquanto um enfermeiro vinha lavar e desintoxicar.
Minha masculinidade estava pisada.
— As garotas que tu pega sabem do seu problema? — Mike indaga
zoando.
— Ah, vai se foder! Sabe muito bem que não tenho mais essas merdas
há muito tempo. Operei.
Ele assente morrendo de rir.
— Veja pelo lado bom, não foi na rola.
— Se fosse, Amadeo estava comendo capim pela raiz, tu tá ligado né?
— Com certeza.
Voltamos para a empresa, e me senti tedioso em plena terça-feira.
Fiquei sentado na minha sala, com uma pilha de serviços para fazer, mas a
coragem não estava me favorecendo. Na verdade, hoje nem estou a fim de
sair, ou ir ao Dama de Copas. Liguei agora há pouco e Daniel disse que está
tudo sob controle.
Sempre deixo tudo nas mãos dele, apenas coisas mais burocráticas
que ele passa para mim.Quem disse que academia é só malhar é dar aulas
Decidi ir almoçar mais cedo e, como de costume, fui ao restaurante de costume do Clube, onde eu podia relaxar um pouco após o almoço. Como era de se
esperar, consegui companhia assim que cheguei. Duas mulheres estavam no
bar e eu me aproximei para saborear um drinque antes do almoço.
As duas sorriram para mim, como era de se esperar, e eu dei corda.
— Olá. — Cumprimentei-as.
— Oi. — Uma mais tímida mordeu os lábios e colocou fios de cabelo
atrás da orelha. Quero ela, decidi na hora.
— Vem sempre por aqui? — Indago me virando no banquinho para
olhá-las. A tática é dar atenção à mais risonha, para a outra tímida sentir que
perdeu o jogo, mas quando eu partir para ela, vai ficar tão surpresa que não
conseguirá negar duas vezes. O truque é velho: é como se ela estivesse
perdendo no último jogo do campeonato e, no último segundo, sai um gol da
vitória.
— Sim, quase sempre estamos aqui.
— Que bom. Também venho sempre. Ruggero pasquarelli. — Estendo
minha mão para a morena com cara de assanhada. A loirinha me olha um
pouco envergonhada, com feições rubras.
— Sou Alanna e essa é minha amiga Cristina. — Assim que pego na
mão de Cristina, vejo a aliança em seu dedo e vibro por dentro. Essa não tem
escapatória. Já é minha transa do meio-dia e nem sabe.
— E então, Ruggero , o que você faz?
— Sucesso. — Respondo com uma piscadinha. A mais tímida sorri e
a outra gargalha.
***
— Ei... Ruggero , aqui não... espere. — Cristina, a gatinha tímida, tenta
se livrar do meu abraço.
Ah, não fiquem com essas caras de surpresa! Eu não disse que eu a
teria? Ruggero quer, Ruggero consegue. Foi rápido, pois não tenho tempo a
perder quando o assunto é trepar; logo eu consegui dar um fora na outra,
atirei na amiguinha acanhada e estamos presos em um banheiro do clube. A
blusa dela enrolada para cima mostrando peitos lindos, a calça abaixada nas
coxas e minha mão no meio de suas pernas.
— Não está gostando? — Deixo a boceta dela e seguro seu rosto em
minhas mãos. Hora de fazer o cara carinhoso. Acaricio sua face. — Te
machuquei?“Te machuquei” é o cacete! Meu pau que tá me machucando aqui de
tão duro e eu ainda tenho que voltar para o trabalho.
— Não... — ela gagueja. — Estou gostando... Mas aqui...
Mas que porra é essa? Se ela quer, por que o doce? Tá. Ela vale a
pena, o esforço. Tenho que voltar para a empresa, sei que não vai rolar nada
aqui no banheiro.
— Tudo ao seu tempo, querida. — Digo. Meu pau sacoleja me
detestando. Me afasto, procuro uma caneta no meu bolso. Essa vale a pena.
Torno a me convencer. Não encontro a porra da caneta. Mas que merda.
— Ah... queria seu número. — Eu digo e ela fica atônita e quase
aflita. Olha em volta, depois pega sua bolsa, joga as coisas na pia e em um
instante levanta um lápis preto.
— Lápis de olho. Serve?
Dou uma risada. Quem é louca de perder a chance de me dar o
número de telefone?
Desabotoo o meu cinto, eeeee, como eu esperava, os olhos saltam,
as bochechas ficam rosadas; abaixei a calça com cueca e tudo; e foda-se.
Acham mesmo que eu ia perder a chance de exibir para ela meu mecanismo
de defesa e ataque? Propaganda é a alma do negócio. Está um orgulho de se
ver. Grandão, grosso, veiudo e lambuzado na cabeça.
Aponto para a virilha, pouco acima do pau.
— Aqui. Quero que anote seu número aqui. Vou te ligar para sairmos.
Ela sorri. Embasbacada, sorri como eu esperei que fizesse.
— Podia... ser na mão? — Ela gagueja.
— Na mão sai. É por aqui que me lembrarei de você. — Pisco para
ela, faço um gesto com a cabeça indicando minha virilha; para ela se
aproximar sem medo. Dá um passo e, com a mão trêmula, começa a riscar
minha pele. Estou com as mãos na cintura, mas mexo meu pau para ela ver
como ele está prontinho para a festa. Ela termina, e aperta com força o lápis;
eu mais que depressa puxo-a e em seu ouvido sussurro:
— Verei se tenho um tempinho. — Beijo de leve os lábios trêmulos,
ajeito o pau na cueca, subo a calça e, com mais um beijinho de despedida,
saio rápido.
Passo no restaurante e peço para embrulharem meu pedido. Ferrei
com meu tempo de almoço. Patrãozinho mike deve estar mordendo gente.
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Te amo ( Terminada )
FanfictionNUNCA DIGA NUNCA pois nunca se sabe o que nos espera lá na frente Agustin era um homem bem sucedido mas não estava preparado para o medo que sentiu naquele dia conheceu algo novo ,que abriu seus olhos e mente