reprimido. Isso é ridículo.
— Eu não devia estar falando sobre isso. — Ele se levanta e calça os
sapatos. — É tudo confidencial.
— Então é coisa escondida?
— Não.
— É sim. — Desminto ele. — Vai mesmo embora?
— Se não mudar de assunto...
— Estou com muita raiva de você, cara. Muita mesmo. Pois está se
deixando manipular pelo pior tipo de gente que existe. Os falsos moralistas e
intolerantes.
Volto a me maquiar e ele volta a se sentar. Ficamos um tempo
calados.
— Pega meu vestido. Esquece isso, vamos nos concentrar em me
arrumar. — Ele sorri um pouco aliviado e vai para meu closet.
Respiro profundamente. Pedro já está com vinte e oito anos nas costas
e ainda tem essa porra de mente de adolescente. Quero foder a vida desse
Doutor Carlos de merda.UMA NOITE COM UM ESTRANHO
Cheguei com Michael ao clube. Tomei uma taça de champanhe e ainda
estou nervosa, ou melhor, ansiosa, para o que vai acontecer. Na verdade,
muito curiosa com toda essa situação.
Durante a vinda, eu e Michael conversamos trivialidades. Queria
comentar com ele sobre Pedro, pois a situação dele está me deixando
preocupada, mas isso seria uma puta quebra de confiança com meu amigo.
Ele confiou a mim e a Isabelle seu maior segredo.
Eu e Michael recusamos falar sobre o que iria acontecer nessa noite,
para sentir como se tudo fosse seguir um caminho automático. Entramos de
braços dados e um homem elegante de terno nos levou a um ambiente
reservado do bar. Tinha belas poltronas baixas, ao redor de uma pequena
mesa. Nada daqui parece clube de sexo; é como se fosse um belo clube
executivo para ricaços.
Michael cochicha para o homem de terno, que assente e sai. Um garçom
vem em seguida e anota nossos pedidos: Michael pede um uísque e eu uma taça
de vinho.
— Tudo bem? — Acaricia minha perna.
— Ótima. — Demonstro isso em um sorriso encorajador.
— Você está linda.
— Obrigada, sempre estou. — Enrolo meu dedo em um cacho do
cabelo. Bom, ele parece não ter percebido no meu cabelo que está
mais claro e com algumas sutis mechas. Ah, mas homens são assim...
Nossas bebidas chegam. A música do bar é perfeita, algo romântico
cantado por uma mulher ao longe; acústico.
— Eu amo esse lugar. — Confesso.
— Sério?
— Sim. Como eu poderia ser um membro?
— Se eu te convidar, aí os donos aprovam sua entrada.
— Você vai me convidar. — Nem pergunto, já aviso. — Tudo aqui é
maravilhoso, a comida, a música, as pessoas... a coisa do sexo. — Pisco para. ele sugestivamente.
Michael apenas sorri e acaricia minha perna.
— Está deslumbrada?
— Sim, estou. E olha que sou muito acostumada com luxo de várias
partes do mundo.
— Aqui é mesmo um lugar ótimo.
— Casais frequentam... experimentando tudo que o clube pode dar?
— Sim, claro. Nós dois somos uma prova disso.
— Justo.
— O prazer trocado só é aproveitado com confiança. — Ele levanta
um dedo para mim: — Perdoe-me, querida, me dê um instantinho, vou
conversar com Daniel.
— Daniel?
— É. Te apresentei aquele dia. Ele é como se fosse, digamos, o
gerente.
— Ah. Entendi.
Michael se levanta, caminha até o outro lado, conversa com um homem.
O tal Daniel me passa uma sensação de alerta, alto, cabelos bem raspados,
usa um cavanhaque e tem um brinco em uma das orelhas. De lá ele me encara
enquanto Michael diz alguma coisa. Os dois se despedem e o Daniel some por
uma porta.
— Parece que está tudo resolvido para nossa noite. — Michael se senta.
— Fiz minhas exigências. Ah! Olha, lá vem ele. — Se anima aparentemente,
mais do que já estava.
— Ele? — Viro-me para onde Michael apontou com o queixo; um
garçom tampa a visão, pois está conversando com a pessoa.
— Nosso convidado da noite. — Ele me informa e manda uma
piscadinha matreira.
— Eu não contei a ele ou qualquer outra pessoa sobre nossos planos
para te preservar. Apenas pedi a Daniel para chamar nosso anfitrião aqui se
estivesse presente nessa noite.
— Aprecio sua preocupação comigo. — Agradeço, Michael se curva e
me dá um beijinho. Ele se recompõe e sorri para alguém atrás de mim; vejo a
silhueta da pessoa ao meu lado, ensaio uma pose, levanto os olhos e tenho um
choque ao ver a minha frente ninguém menos que Ruggero , o fã.
Ai, cacete! Oi? Espera aí. Como é que é? Ruggero Fã, será o nosso...
convidado? Ou anfitrião, sei lá como se nomeia*****************************
Ops ! Acho melhor fazerem suas apostas como será esse encontro ?
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Te amo ( Terminada )
FanfictionNUNCA DIGA NUNCA pois nunca se sabe o que nos espera lá na frente Agustin era um homem bem sucedido mas não estava preparado para o medo que sentiu naquele dia conheceu algo novo ,que abriu seus olhos e mente