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KAROL

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KAROL

— Me perdoe, meu amor. — Ele tenta me segurar, mas eu me afasto. QUEM MICHAEL  PENSA QUE SOU
— karol , você precisa ver meu lado. Caramba! Eu não tinha saída.
— Olha que absurdo! Então quer dizer que quando não tiver saída vai
empurrar a trouxa aqui como barganha?
— Você faz tudo parecer uma catástrofe, quando não é. E sabe disso.
Você gosta de sexo, você gostou de estar lá no clube e não vi problema em
fazer essa gentileza a ele.
Dou uma risada nervosa. Ele só piora as coisas me fazendo sentir pior
que uma sacola de mercado cheia de compras.
— Eu não escutei isso. Meu Deus! Não escutei. Olha, é melhor cada
um seguir seu caminho.
— O quê? — Tenta segurar meu braço no alto de sua exaltação —
Quer terminar por causa de uma bobagem?
— Pra mim já deu. Eu não sou obrigada a ficar aqui escutando esse
monte de merda.
O celular dele toca, michael olha quem chama e resolve atender. Eu
fico de pé no meio da sala esperando e ele todo sorridente fala com a pessoa.
Depois, quando desliga, me olha um pouco nervoso.
— Vamos conversar com calma mais tarde. Preciso estar agora no
aeroporto.
— Não, você vai ficar e discutir isso comigo.
— Não posso e você tem que entender. Não posso, é minha carreira
em jogo, casamento teremos a eternidade para resolver, já se eu perder essa
oportunidade, será sem volta. Tente me entender. Te amo. — Dá um beijo
nos meus lábios e, sem conseguir evitar, olha para a porta. Dando uma
indireta que eu preciso ir.
Eu apenas assinto e saio do apartamento dele.
Agora sim tenho vontade de chorar. Mais de raiva que de tristeza. E
chorar de raiva é terrível. A gente luta porque não quer se sentir fraca e
trouxa, mas as lágrimas saem involuntárias.
Dentro do meu carro, após resistir ao choro, enfim tiro a aliança,
coloco na bolsa e saio dali decididamente como solteira.

 Dentro do meu carro, após resistir ao choro, enfim tiro a aliança, coloco na bolsa e saio dali decididamente como solteira

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RUGGERO


Eu não queria aceitar que estava apreensivo diante da minha decisão
de ir ao festival de dança  de  karol em São Paulo. Apesar de não querer aceitar, a
ansiedade me corroía, me dando uma sensação que nunca tinha sentido. Ao
volante dirigindo para São Paulo, eu me convenci de que estou fazendo o que
sempre fiz na vida: correr atrás de mulher, independente de quem ela seja. É
meu desejo falando mais alto e todos sabem que sempre dei vazão a essa voz
interior, mais conhecida como voz do pau.
Já se passaram quase duas semanas desde que karol  descobriu a
armação do noivo, e está no momento de eu agir. Eu sei algumas poucas
coisas sobre o que ela tem feito nos últimos dias, visto que andei
investigando. Karol está ainda na cidade e participou de um evento em uma

escola de ensino médio onde o governo incentiva crianças e adolescentes a
a

prenderem a dançar
Também fiquei sabendo que Michael  não está na cidade e nem precisei
investigar para descobrir como estava a situação deles. Michael  me ligou e foi
áspero gritando, que eu era o pior tipo de ser humano e que eu ainda ia pagar
pelo que tinha feito.
Eu apenas escutei e decidi não revidar. Já tinha ganhado aquela fase,
o próximo passo era conseguir alcançar o inalcançável. Se fosse em um
game, era o momento de enfrentar o chefão do jogo.
“Você chegou ao Centro Cultural Júlio Prestes.” — O GPS avisa,
mas nem precisou, meus olhos contemplaram a beleza do prédio histórico
que, nessa noite, está iluminado para receber as pessoas. O show
acontecerá na Sala São Paulo; um lugar que, pelo que vi nas fotos, vai
garantir um belo espetáculo. É uma construção gigantesca com uma única
torre alta na lateral adornada com um relógio.
Do lado de fora, na frente do prédio, escorrem pela parede duas
gigantescas faixas verticais. São pretas com letras douradas e em cada uma a
imagem de um violoncelo.
Há muita segurança em volta, com homens de terno preto bem
posicionados e, na praça em si, algo em torno de cinco viaturas da polícia,

dando assistência ao evento que parece lotado, com carros de luxo chegando
e sendo recebidos por manobristas. A produtora que está oferecendo a
apresentação de karol fez questão de selecionar cada pessoa que viria aqui
hoje prestigiá-la. E isso já pode ser perceptível pelo preço do ingresso, que
eles gentilmente chamam de convite.
Jogo as chaves do meu carro nas mãos de um cara, ajeito minha
gravata e caminho para a entrada. Uma mulher me diz para onde devo ir e,
assim que chego à entrada da sala de concerto, no interior do centro cultural,
entrego o ingresso ao recepcionista, que confere e me indica onde devo me
sentar, seguindo o lugar marcado no convite.
Área vip, lógico. Preciso vê-la de perto e quero que ela me veja. Sem
falar que comprei o pacote completo com direito a foto com karol . É o
famoso meet and greet, que a galera fã de cantores americanos conhece muito
bem. Se traduz em conhecer e cumprimentar o artista depois do show.
O interior é mais aconchegante e luxuoso e quase me faz desacreditar
que estou no Brasil. As luzes deixam o ambiente quase em tom dourado,
porque tudo é talhado em madeira com belas e colossais colunas brancas
estilo grego.
Olho em volta admirando as várias carreiras de cadeiras de madeira
maciça circundando o palco. Além dessas ao nível do palco, ainda tem mais
dois patamares de galerias acima: os camarotes, já, inclusive, lotados de
gente.
Consigo achar meu lugar, em um dos camarotes que não estavam tão
cheios e posso ver daqui que terei uma visão privilegiada. Estarei de frente
para karol .
Demorou algo em torno de quinze minutos para começar.
Todos os integrantes da orquestra se posicionaram, o coral atrás do
palco no altar e, por último, a estrela da noite.
Ela entrou, de cabeça erguida,
Está linda e muito gostosa e isso não é uma novidade.
Educadamente, saudou a plateia e se posicionou juntos com is outros da equipe
O piano começa dando introdução a uma famosa música
internacional. Total Eclipse Of The Heart. Estremeço.
Karol  começa a se movimentar  de acordo com a música
e o salão se enche da melodia do instrumento de corda. Ela é precisa e  meticulosa em cada nota da música

E como se cada nota passea -se  por cada curva de seu corpo

Te amo ( Terminada )Onde histórias criam vida. Descubra agora