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Voltei, almocei na minha sala enquanto assistia a um episódio de Prison Break, tirei um cochilo no sofá da pequena sala de descanso, e logo em seguida reuni coragem e me enfiei no trabalho; até sentir minha boca seca e minhas vistas arderem

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Voltei, almocei na minha sala enquanto assistia a um episódio de
Prison Break, tirei um cochilo no sofá da pequena sala de descanso, e logo
em seguida reuni coragem e me enfiei no trabalho; até sentir minha boca seca
e minhas vistas arderem.
Ofego, me jogo para trás recostando na cadeira e, para meu desgosto,
ainda não são cinco da tarde.
Na minha gaveta, pego um pacote de bolacha recheada e desgrudo
uma para comer o recheio. Faço isso sempre, para relaxar e pensar. Jogos as
bandas da bolacha em um pacote e pego outra para raspar o recheio. Toco na
tela do computador e abro minha agenda. No dia de hoje está assinalado:
treinar.
Droga. Dia de academia, não estou com saco. Levo o dedo para tocar
em: “adiar compromisso”, mas paro no ato; penso um pouco e decido ver se
tenho outras opções para me tirarem do tédio. Hoje não posso comer a
gatinha do clube; ela é presa para outro dia. Veja bem: se eu ligar hoje, ela se
faz de difícil achando que eu fiquei de verdade interessado. Se eu ligar daqui
quatro ou cinco dias, ela vai se sentir uma sortuda por ter ganhado um espaço
na minha agenda. Vai vir até mim no primeiro toque. Sou rei de copas. Acha
mesmo que não penso em tudo?
Saio da minha sala, atravesso o corredor, paro em uma porta, dou um
toque e entro. Plínio  levanta o rosto do computador e me olha.
— Vamos beber hoje? — Convido.
Ele faz uma careta, coça a barba e não fala nada.
— Ou tem muita coisa para fazer?
— Não posso. — Ele olha no relógio de pulso. — Tô saindo agora.
Nick já passou quase o dia todo sozinho. Eu e Angel estamos nos
empenhando mais para estar com ele.
— Vou para sua casa, ué. A gente bebe e joga alguma coisa no Xbox.
Ou assistir. Acabou de sair a sétima temporada de Game Of Thrones.
— Hum... — Ele pensa mais um pouco, me irritando. — Acho que
devemos manter o dia dos caras, que é na sexta ou sábado. Angel deve estar
cansada e me espera para eu ajudá-la com o pestinha. Convidou o Mike ?
— Mesma desculpa que você acaba de dar. Vocês dois se tornaram
um porre pais de família. Vou ver o Amadeo.
Saio, mas nem vou contatar Amadeo. Volto para minha sala. Quem
não tem cão, caça com gato. Meus parceiros de noite estão arruinados. Mas
sozinho, fico só se quiser. Pego o telefone e ligo para Daniel dizendo que

mudei de ideia e darei uma passadinha lá no clube hoje, mais tarde, para ele
reservar uma garota para mim.
Arrumo minhas coisas e, encerrando meu dia, vou direto para a
academia, queimar um pouco de gordura e me preparar para fazer algumas
piruetas logo mais no clube.
A pior coisa é ir para o clube sem estar interessado. Mas é como se
todos os caminhos me levassem para lá. Gosto de passar a noite sozinho, só
jogado num canto lendo ou assistindo alguma coisa. Mas hoje não é essa
noite. Meu corpo está ativo demais para eu ficar apenas de cueca em um
canto de casa, na monotonia.

Preferi ir hoje ao clube conhecer um pouco mais e, talvez quem sabe, experimentar novos rumos na vida sexual

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Preferi ir hoje ao clube conhecer um pouco mais e, talvez quem sabe,
experimentar novos rumos na vida sexual. Sim, eu decidi e já acordo agora na
terça-feira com o celular no ouvido ligando para michael Gosto do dia, pois é
meio de semana e não deve ter tanta gente como tinha no sábado, acho que
ficarei mais à vontade.
Michael  diz que vai ligar no clube reservando uma mesa para a gente.
Ele ficou animadíssimo. Eu estou mais ainda.
Assim que desliguei a ligação dele, liguei para Isa.
— Vou fazer. — Digo assim que ela atende.
— Você é doida e ainda vai nas ideias de Pedro. — Ela reclama e
ouço barulho de utensílios domésticos. — Tenho certeza que ele te
convenceu.
— Não foi ele. Mas ele tem razão. A vida é uma só. Se eu me fechar e
não conhecer prazeres novos, quando farei?
— Ele deveria conhecer prazeres novos. Espere, Nathan! — Ela grita.
— Daaaannteee! — Dá outro grito e respira fundo.
— Correria? — Indago, deitada na minha cama, olhando para o teto.
— Sim. Ainda tem que deixar as crianças na escola. Dante é um
morto pela manhã.
— Não vai para a faculdade?
Acho isso maravilhoso, depois de anos, Isa voltou a estudar, passou
no curso de veterinária e já está no segundo período. Não aguentava mais ver
minha amiga sendo apenas uma doméstica com sonhos reprimidos e ouvir o
marido lindo dela reclamando que ela não estava se cuidando, que deixou a
academia e estava ganhando peso.
— Hoje a aula é à tarde. Graças a Deus. — Ouço barulho de canecas e
a voz de Dante falando com as crianças e em seguida ela volta a falar: — E
então, kah ? Será hoje?
— Sim. — Dou um pulinho. — Estou animada.
— Vai topar só se o cara for lindo? — Ela cochicha, escondendo o
teor da conversa

— Claro. Já que não tem como conhecer personalidade assim em uma
hora, tem que partir para a beleza. Peito e bunda, lembra?
Ela dá uma risada e prossegue:
— Vaca pervertida. Caramba! Mas que injustiça, não pode mesmo
nenhuma foto básica de nada?
— Não pode.
— Já estou louca para ver, kah
— Regra número 1 da casa. Pessoas de influência estão lá. E não pode
rolar fotos e filmagens.
— Sei. Alguém pode estar lá escondido do cônjuge.
— Com certeza. Agora vai terminar seus afazeres que eu vou me
preparar para hoje à noite.
— Vai. Estilo sol benson  carreira internacional. — Ela aconselha.
— Claro. Só falta a lingerie. Vou agora comprar uma bem sexy.
— Me mande fotos. Compre uma que vai deixar Michael  de queixo no
chão. — A voz fica meio abafada, num sussurro. — Ou melhor, deixar o cara
lá de queixo caído. Que merda de vida, que vontade de estar lá vendo tudo.
Eu rio, ouço Dante falar alguma coisa e Isabella ri.
— kah , boa sorte. Dante mandou um beijo.
— Obrigada. Outro para ele. Tchau, Isa. — Desligo e bato as pernas
na cama rindo eufórica, como uma adolescente.
Cacete! Estou sorrindo como uma condenada liberta. Eu sou cretina
demais. Adoro festas, adoro noites glamorosas e, mais ainda, adoro sexo.
Hoje, a noite promete.
Me arrumo, tomo um rápido café, pego o carro e vou fazer umas
compras, passar no salão para ajeitar as unhas e o cabelo.
Em uma loja de lingerie, escolho três conjuntos de renda. Não gosto
de coisa muito extravagante, porque me incomoda demais, nada de fio dental
adentrando na bunda enquanto a gente caminha; mas, também, nem pensar
em calçola em um possível encontro num clube de luxo.
A loja é magnífica. Entrei como se estivesse sob holofotes, nos meus
saltos enormes dourados, porque eu sou Karol Sevilla a mexicana escandalosa que todos conhecem por sol benson  e essa loja tem que me
merecer; balancei os cabelos, tirei meus óculos e fiz um olhar blasé para uma
atendente. Recebida em tapete vermelho.
Escolhi um conjunto lilás lindo. Um branco e um preto. Depois tirei
fotos com as meninas que me atenderam, pois elas me reconheceram. Em
seguida, fui para um salão que Isa me indicara e, depois de quase meia hora

Te amo ( Terminada )Onde histórias criam vida. Descubra agora