Cap. IX

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Uma longa e interminável semana já havia se passado desde a internação do Eros, meu irmãozinho estava péssimo por conta deste cara que estava mais pra lá do que pra cá, ainda não entendi como em tão pouco tempo meu irmão se apaixonou por ele, a po...

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Uma longa e interminável semana já havia se passado desde a internação do Eros, meu irmãozinho estava péssimo por conta deste cara que estava mais pra lá do que pra cá, ainda não entendi como em tão pouco tempo meu irmão se apaixonou por ele, a ponto deste sentimento o fazer mal.

Marcos mantida ele ainda em estado de cima, pois ele apresentava sintomas de Covid-19 bem fortes, a espera agora era para ele se curar desta merda de doença e tentarem fazer uma biópsia do seu pulmão, alguma coisa no primeiro diagnóstico dele não estava correta.

Estava na cafeteria do hospital bebendo algo gelado e perdido em meus pensamentos, quando vi uma pessoa se aproximar e pedir um suco de laranja gelado, meio que sem perceber eu o encarava, ele mais do que depressa virou o rosto na direção oposta todo sem graça, eu como fui pego babando nele, sim era um rapaz que eu estava admirando.

Particularmente nunca tive problemas com minha sexualidade, fazia o que desejava e o que me dava prazer não me importava quem era a pessoa que estava comigo, homem, mulher, cis ou trans, para mim o que importava era ter a atração pela pessoa e poder sentir prazer ao lado dela.

Amor? Bem isso e algo mais complicado, acho que nunca senti amor verdadeiro por ninguém além do meu irmãozinho e meus pais tanto biológicos como os adotivos, que foram um grande presente que de acordo com o maninho foi seu pedido de aniversário que se realizou.

Hora ou outra me pegava observando aquele cara que esperava seu suco, suas roupas aparentavam estar bem surradas, não digo de sujas, mas pela aparência deveria fazer bastante tempo que ele tinha aquela calça jeans bem justa e camisa que um dia já foi preta pois estava bem desbotada, conforme analisava ele notei que usava um tênis esportivo preto com cinza de tela, que estava bem desgastado e com um pequeno rasgo no pé direito, observei que ele enquanto esperava contava o dinheiro que tinha em sua carteira.

Esta situação era um pouco complicada, primeiro pelo o hospital São Luiz além de ser referência em cirurgias de alta complexidade com auxílio de robôs, olhei melhor e notei que ele não estava com identificação de acompanhante de UTI igual a minha, por um segundo ele novamente me pegou encarando ele e pude perceber seu olhar de constrangimento ao me observar contando seu dinheiro.

Fiz um leve acendo de cabeça para ele que me olhava com os olhos semicerrados, coloquei novamente minha máscara me segurando para não rir daquela situação toda, e fui direto ao caixa pagar o que havia consumido.

- Moça, tudo bem? Vocês tem salada de frutas? _peeguntei olhando em volta para ver o que mais tinha ali para comer.

Olhei novamente para a direção dele que ainda contava seu dinheiro, perguntei a ela quanto ele havia gasto, ela meio desconfiada me disse que somente um suco de laranja com gelo, pensei comigo depois da garrafa de água está deve ser uma das coisas mais baratas.

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