Cap. XXIII

184 38 20
                                    

"Ordem! Este e o último aviso, mais uma interrupção esvaziou está sala"

Quase uma semana havia se passado desde o início daquele Julgamento, os últimos dois dias a defesa de Raimundo tentava a todo custo refutar as provas apresentadas, neste momento tentaram alegar conflito de interesse no caso, alegando que Fabrício,...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quase uma semana havia se passado desde o início daquele Julgamento, os últimos dois dias a defesa de Raimundo tentava a todo custo refutar as provas apresentadas, neste momento tentaram alegar conflito de interesse no caso, alegando que Fabrício, Renan e Yara faziam parte do Ministério Público e Polícia Federal e assim colocavam as evidências apresentadas como questionáveis.

— Senhor Advogado de Defesa entendo muito bem seu questionamento, porém o que consta nós altos deste processo e que o senhor Fabrício e Renan sendo abordado pelo subordinados do seu cliente de forma truculenta, e saliento ainda que eles também estão sendo investigados, então por favor não insulte a minha inteligência e do corpo de jurados.

Olhei para Fabrício que tinha um olhar orgulhoso, com toda certeza ele sabia antes de todos que a defesa tentaria invalidar tudo apresentado se eles tivessem tomado a frente das investigações, contudo Renan havia me explicado que um amigo deles de Outra Superintendência havia assumido o caso, e que eles somente deram um empurrão, já Dona Yara, fez algo parecido após um mês e meio como representante pedindo afastamento do caso.

Olhava para o lado e via o pai do Renan resmungando alguma coisa, não sabia o que era mas ele só ficava dizendo "Muita cara de pau dele", Renan somente respondia para ele não se esquecer do que havia prometido, que não iria mais atrás do seu "sogro" a anos atrás.

Olhava para Ramon tentando entender o que era aquela conversa paralela deles mas ambos davam de ombros, mamãe Eros e Lui, haviam saído um pouco pois estavam nervosos com o desenrolar de tudo. Principalmente Eros que ontem havia passado mal ao ver um garoto de Onze anos testemunhando contra Raimundo, ele havia perdido os pais para o Covid-19, ele era vizinho da frente ao apartamento de Raimundo,sua irma morava em Osasco acabou sendo hospitalizada por pegar Covid-19, Raimundo por ser vizinho da família disse que poderia cuidar do garoto, e ele já estava fazendo isso antes da morte dos pais de Amélia e Felipe, porém isso foi o início dos abuso sexual e das ameaças, que se ele falasse a alguém sobre as "Brincadeiras" ele mandaria matar a irmã dele.

Só o fato de lembrar daquele depoimento, me dava náuseas, meu estômago embrulhava de nojo, como alguém que fez o juramento de proteger uma pessoa cometia tantos crimes?

Estava tão inerte em meus pensamentos que não ouvi quando o juiz avisou do recesso de três horas, para o júri dar um veredicto sobre o caso, nosso otimismo era que o desgraçado pegaria no minha o 20 anos de prisão, além de conseguir retirar toda as queixas contra meu pai, mesmo não conseguindo recuperar os anos perdidos Eu sabia que poderia dormir bem a noite, sem medo de que algo pudesse acontecer com a gente.

— Melhor? _perguntei ao meu irmão assim que saímos daquele salão e o encontrei sentado.

Vou ficar quando tudo isso acabar!

PARA SEMPRE - VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora