Cold Coffee - Castiel

Capítulo 12 - Books -

Amanheço com uma dor latejante na cabeça, flashs da noite passada me "acertam" como vento. Lembro-me das bebidas, da música, do elevador e principalmente do beijo. Por mais que tivesse sido um beijo ocorrido por ambos estarem bêbados, não é algo que eu possa dizer que me arrependo, foi bom, mas não acontecerá novamente, até porque eu namoro e por mais que Debrah já tenha me traído na adolescência com muitos mais que um, eu não tenho essa "mania". Mesmo não amando Debrah, e tendo "feito" esse deslize, não quero terminar e nem tentar algo com a loira irritante que tem esse costume de surgir nos momentos mais inoportunos. Está bem, admito que tem vezes que as suas aparições me "ajudaram", entretanto, ainda acho ela terrivelmente irritante e intrometida.

Depois que me levanto, vou até a cozinha para preparar um café gelado, por mais que também goste de café quente, na minha percepção, o café gelado ajuda mais contra a ressaca e tem um sabor mais potente. Depois de beber uma xícara e meia enquanto comia algumas bolachas que estavam no armário de cima da pia, ando até o banheiro do quarto para tomar um banho gelado.

Visto uma roupa casual, calça jeans escura e uma camisa preta de gola V, calço um tênis preto normal e depois pego o secador para secar um pouco meu cabelo. Me sentindo preparado para o dia, mesmo que com uma leve dor de cabeça. Me dirijo até a sala onde Dragon aparece pela porta externa se espreguiçando.

— Pronto para um passeio, amigão? – Pergunto a ele que termina de se espreguiçar e bocejar.

Seu latido é a única coisa que preciso para entender que ele estava animado para dar uma "saída". Coloco a coleira nele, logo pegando minhas chaves e carteira para sair do meu apartamento.

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Era segunda-feira de manhã. O fim de semana havia passado rápido e nada de mais havia acontecido. Graças ao sucesso do novo álbum de JP Johnnys, gravado por mim, cada vez mais artistas surgiam querendo a minha produção musical. Contudo, para ser sincero, acho que quem merece meu agradecimento não é JP Johnnys, mas sim, Moon, afinal foi ela quem me "recomendou" ao artista famoso, e eu honestamente não sei porque, mesmo depois daquela conversa, ainda não me cai a ficha das intenções "puras" dela. Quer dizer, ela pode muito bem ser o tipo de pessoa que "ajuda" sem esperar nada em troca, mas esse mundo é tão sujo que você acaba suspeitando de boas ações.

— Toc, toc! Terra chamando produtor do momento. – Diz Annie "pendurada" na porta de entrada da minha sala de produção.

— E aí! – Digo a ela que me dá um sorriso.

— Você anda muito na lua ultimamente. – Comenta minha melhor amiga, e eu dou de ombros.

— Estou normal. E então, o que faz aqui? Você raramente vem sem nenhuma intenção. – Brinco, e ela ri.

— Eu iria negar, mas não posso mentir que realmente sempre venho aqui porque tenho que falar ou pedir algo. – Sua sinceridade é admirável, Annie não tem medo de demonstrar quem ela é.

— O que te trazes aqui? – Pergunto em um ar brincalhão.

— Eu só queria trocar uma ideia com você. Sabe... educadamente te obrigar a fazer uma certa coisa. – O tom dela mesmo divertido me faz perceber que ali, alguma coisa tinha.

— O que você espera tentar me obrigar a fazer? – Arqueio minha sobrancelha esquerda.

— Eu estava lendo os livros da Moon, por curiosidade. Quer dizer, eu comecei lendo um por curiosidade e acabei o devorando mesmo que eu não leia tanto, o mais engraçado é que quando eu vi já tinha comprado e lido todos. – Começa a divagar ela, mas quando a mesma percebe, tenta voltar ao foco do que queria dizer. – São realmente bons e interessantes. É como estar lendo um pouco da mente dela, e, com toda certeza, são mais que picantes.