Semanas haviam se passado, parecia que a cada encontro repentino ou a cada saída de amigos, Moon e eu acabávamos nos aproximando mais, conversando mais. Sabia que meus amigos haviam reparado na nossa aproximação, mas por incrível que pareça, eles pararam de tentar me jogar para cima da Moon, e até pararam com as indiretas.
É engraçado em como uma pessoa que era desconhecida por você se torna rapidamente alguém próximo, e disso, se torna até estranho não acabar esbarrando com ela ou trocando algumas palavras.
Olhando no espelho do meu closet, lembranças do passado me surgem. Estava usando uma calça preta, um tênis todo preto e a camisa vermelha da minha banda preferida da adolescência, Winged Skull. Depois que Moon "desenterrou" essa camisa, eu tive a estranha vontade de usar algo que eu usava naquela época, mesmo que a camisa esteja um pouco surrada.
Pego minhas coisas e desço para o andar de baixo indo direto até a porta da garota loira. Assim que ela abre a porta vejo seu sorriso. Moon estava vestindo um vestido preto reto e solto com um coturno também preto, seus cabelos estavam soltos e a única maquiagem era um delineado puxado e um batom vermelho sangue que destacava sua beleza.
— Estou começando a me acostumar em ter você a minha porta. – Brinca ela com um sorriso sapeca.
— Estou começando a pensar que você fez um boneco vodu meu e o colocou no seu freezer. – Dou um sorriso de lado, e ela ri.
— Ah, não! Você descobriu meus segredos sombrios para te trazer até a minha porta, não poderei te deixar sair impune! – Diz ela pegando de não sei onde um guarda-chuva e apontando para mim.
— Não! Por favor, não! Tenho um filho para cuidar. – Digo com as mãos juntas em forma de "implorando".
— Filho? – Ela arqueia uma sobrancelha confusa.
— Dragon. – Digo assim que tomo o guarda-chuva de suas mãos e "inverto" a situação.
— Eu sabia que o narigão do Dragon lembrava alguma coisa. – Fala ela fingindo estar pensativa, seu comentário me "obriga" a colocá-la em cima do meu ombro com um gesto rápido.
Moon começa a rir, mas não se importava realmente que estava "pendurada" em meu ombro. Acho que realmente depois de termos passado algum tempo juntos, uma certa amizade havia se formado, até porque, é tão fácil se sentir à vontade ao lado dela.
— Retire o que disse! – Exclamo entrando pelo seu apartamento fechando a porta e depois andando em círculos pela sala girando ao mesmo tempo.
— Nunca! – Grita ela ainda rindo.
— Então me vingarei. – Digo a colocando no chão e correndo até a parte da cozinha, assim que encontro seus bombons, começo a comer um por um.
— Não ouse! – Ela aponta um dedo acusador e grunhe de ódio olhando para o último bombom restante na minha mão.
— Ah, mas eu irei. – Rindo eu como o último, logo sinto os tapas dela no meu peitoral.
Moon tentava me bater, mas por mais que eu sentisse, aquilo fazia mais cócegas do que dor. Se tinha algo que eu havia descoberto era que sua força estava nas suas pernas, então em hipótese alguma permita que ela de um chute em você.
— Relaxa. Eu reponho seu estoque. – Digo lambendo meus dedos que estavam ainda com o chocolate dos bombons.
— Está bem. – A garota solta um suspiro e depois me olha diretamente. – O que faz aqui, afinal?
— Vim te intimar a sair comigo. É domingo, não posso permitir que você passe o dia todo trancada aqui. – Explico, e ela arqueia uma sobrancelha.
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Cold Coffee - Castiel
RomanceAmor Doce - Castiel Um rebelde com o coração quebrado. Uma escritora desacreditada no amor fora dos livros. "Ela É Como Café Frio De Manhã Estou bêbado de Whiskey e Coca Da Noite Passada" Rude, sarcástico, irritado, pavio curto. Solitária, irritada...