Capítulo 6

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— Cara você está ferrado! —Jhon deu dois tapas nas minhas costas, enquanto se recuperava da sua crise de riso

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— Cara você está ferrado! —Jhon deu dois tapas nas minhas costas, enquanto se recuperava da sua crise de riso. — Quem diria, Gregório o pegador, pai de família. —desdenhou caindo na risada novamente.

— Obrigado pela parte que me toca. —resmunguei. — Conversar com você realmente me deixou aliviado.

Jhon parou de rir e ficou sério, parecendo arrependido. Assim que a tal Natasha saiu do meu apartamento liguei rapidamente para ele, eu precisava desabafar ou iria enlouquecer.

Tudo parecia surreal demais para mim, nunca me imaginei sendo pai, o que irei fazer da minha vida.

Me joguei no sofá e levei a mão a cabeça totalmente preocupado com a situação em que eu me encontrava.

— Ei, cara! —olhei para o Jhon ao sentir sua mão em meu ombro. — Vai ficar tudo bem. O máximo que pode acontecer é o seu pai te dar uma bronca.

Assenti e me levantei andando de um lado para o outro nervosamente.

— Eu sou um Idiota!

— Mas fala aí, o que vocês resolverem?

Olhei para ele, e suspirei profundamente antes de respondê-lo.

— Vamos até a minha casa amanhã. —contei. — Era a única solução, eu não poderia esconder algo assim.

— Afinal como tudo isso aconteceu? —Jhon perguntou enquanto foi até a geladeira pegando uma garrafa de wisky e dois copos. — Aceita?

— Com certeza. —bebi todo o copo em um único gole.

— Ei, cara vai com calma aí.

— Estávamos muito bêbados e aconteceu. —expliquei sendo tomado novamente pela angústia.

— Ao menos vocês terão uma história para contar ao seu filho. —debochou, olhei feio para ele. — Não está mais aqui quem falou. —sorriu para mim. — Bom, eu preciso ir.

— Não está afim de ir na balada mais tarde?

— Você é uma figura. —soltou uma risada. — Mal acabou de descobrir que vai ser pai, e já está querendo fabricar outro filho?

— Você está bem engracinho hoje. —revirei os olhos. — Mas então, vai ou não vai?

— Combinado.

Com isso ele saiu me deixando sozinho. Decidi ligar para a minha mãe para avisar que amanhã tenho um comunicado importante para dar no jantar.

Sinceramente, jamais imaginei que estaria passando por uma situação tão constrangedora como essa. Ter que contar aos meus pais que engravidei uma garota na boate, dessa vez isso foi demais até para mim.

No terceiro toque a chamada foi atendida.

— Greg? —a voz da minha mãe ecoou pelo telefone, suspirei e tratei de respondê-la.

— Oi, mãe.

— Quem é vivo sempre aparece. Decidiu acabar com essa sua birra com o seu pai?

Antes fosse.

— Bom, na verdade liguei para outra coisa. —merda como isso é difícil. — Amanhã eu tenho um comunicado importante, será que a senhora poderia organizar um jantar?

— Um comunicado? O que é de tão importante que não pode ser dito por telefone?

— Amanhã a senhora saberá.

— Espero que seja sobre o seu trabalho na empresa. —revirei os olhos. — A propósito, já que você virá aqui amanhã, eu tenho uma surpresa para você.

— Você e suas supresas. —resmunguei.

— Para de reclamar, tenho certeza que você irá gostar. —soltou uma risadinha. — Preciso ir, sua irmã está me chamando, até amanhã querido.

Nos despedimos e eu resolvi dormir um pouco, para tentar esquecer meus problemas ao menos por um instante.

[...]

— Greg esse já é o seu quinto copo, desse jeito eu terei que te carregar até em casa. —Jhon tomou o copo da minha mão.

Antes que eu pudesse protestar, senti uma mão apertar levemente o meu ombro, virei para trás notando uma bela mulher, loira com o seu decote quase em cima da minha cara.

— Oi, eu estava vendo você de longe e, não gostaria de dançar um pouco comigo? —ela sorriu e continuou a pressionar seu toque dessa vez no meu braço.

— Claro. —me levantei, mas Jhon segurou em meu braço virei para olhá-lo.

— Parceiro, um filho já é o suficiente. —revirei os olhos.

— Está tudo sobre controle. —virei para frente, vendo a mesma garota de antes morder o lábio inferior. — Vamos gata?

Fomos até o meio da pista e começamos dançar colados, e quando menos me dei conta estávamos aos beijos.

— Vamos no banheiro. —sussurrou em meu ouvido, sorri para ela e assenti.

A loira a qual eu ainda não sabia o nome segurou na minha mão e me guiou até o banheiro, mal terminei de trancar a porta que ela já começou a tirar a sua roupa. Sem perder tempo comecei a tirar a minha.

Mas antes tirei uma camisinha de dentro do bolso da minha calça.

— Não precisa disso, eu tomo anticoncepcional. —disse ela se aproximando de mim.

— Vai por mim. —puxei ela para mais perto de mim, e sem puder algum à beijei. — Com certeza precisa.

Assim que terminamos, saímos do banheiro e nos despedimos com a desculpa de que eu iria ligar no outro dia.

O que com certeza não vai acontecer.

Avistei ao longe Jhon ainda sentado próximo ao balcão, fala sério, o cara em uma boate vai ficar sentado?

— Não me diga que ainda não se recuperou do seu relacionamento. —ao me ouvir ele virou para mim e não evitou de sorrir.

— Na verdade não gosto de sair pegando qualquer uma que me aparece. —respondeu dando de ombros. — Espero que dessa vez não venha mais um filho.

— Ah meu amigo, dessa vez eu não esqueci. E não pretendo esquecer nem tão cedo.

Ele gargalhou com meu comentário.

— Já está ficando tarde acho melhor voltarmos. —sugeriu.

Olhei incrédulo para ele, me pergunto como tenho alguém tão antiquado como ele como meu melhor amigo.

— Relaxa. —tomei mais um gole de cerveja. — Hoje eu quero beber até esquecer meu nome.

E esquecer o problemão que eu tenho que enfrentar amanhã.

De Repente Pais [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora