Capítulo 1

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Me espreguiço um pouco na cama, antes tento abrir os olhos, mas os fecho rapidamente quando uma dor latejante surge em minha cabeça, tento abrí-los novamente assim que os abri, franzi a testa um pouco perdida

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Me espreguiço um pouco na cama, antes tento abrir os olhos, mas os fecho rapidamente quando uma dor latejante surge em minha cabeça, tento abrí-los novamente assim que os abri, franzi a testa um pouco perdida.

Onde eu estou?

Vago meus olhos pelo quarto, e não reconheço definitivamente nada. É só então que percebo, que há um braço ao redor da minha cintura.

Tranco os olhos com força, aquilo só poderia ser um pesadelo.

Deus, que seja apenas fruto da minha imaginação!

Eu implorava mentalmente até tomar coragem de abrir os olhos novamente, mesmo hesitante aos poucos giro minha cabeça para trás dando de cara com um lindo homem dormindo tranquilamente.

Arregalo meus olhos em surpresa e em um gesto rápido pulo da cama, ele se meche um pouco mas não acorda.

Olho para baixo e noto estar nua.

O QUE ACONTECEU AQUI?!!

Procuro minhas roupas espalhadas por todo o quarto enquanto minha cabeça está girando. Sem ao menos olhar para trás saio correndo daquele quarto como se fosse tirar o pai da forca.

Já dentro do táxi eu tentava ao máximo lembrar do que havia acontecido ontem, até que imagens como flashes surgem em minha cabeça.

— Moço? —chamei o motorista que estava concentrado na estrada que ao ouvir minha voz me olhou através do espelho. — Você se importa se eu falar sozinha?!

Qual é? Tenho que falar passo a passo do que fiz ontem já que minha cabeça paresse um jogo todo embaralhado.

O homem franziu o cenho e a contra-gosto assentiu com a cabeça.

— Primeiro lembro que fui trabalhar. —me encostei no banco ao lembrar do que aconteceu em seguida. — Fui demitida.

Bufei ao lembrar dessa parte, eu até ontem trabalhava em uma cafeteria até que meu chefe me informou que estava demitindo alguns funcionários entre eles estava eu.

Imaginem só, cheia de contas para pagar e agora desempregada.

Lembro que quando fui demitida resolvi me vingar vivendo um pouco mais da vida, então decidi ir até uma boate coisa a qual nunca eu tinha feito. Depois lembro ter bebido todas e mais um pouco.

Até aí eu consegui lembrar mas como fui parar na cama daquele homem? Arregalo os olhos assim que a cena do que fizemos chega em minha mente.

— Ai meu Deus! —quase gritei levando as mãos a boca. — EU PERDI MINHA VIRGINDADE COM UM ESTRANHO?!

Não conseguindo me conter acabei gritando fazendo com que o motorista freasse subtamente.

— Sua louca! —esbravejou me fuzilamento com o olhar. — Saia do meu carro!

— Está bem, está bem. —desci temerosa, do jeito que ele me olhava era capaz de me bater, assim que desço ele sai cantando pneus. — Seu ogro!

Rapidamente a minha realidade recai sobre mim novamente.

Eu estou desvirginhada!

— Isso explica o fato de eu estar me sentindo estranha. —bufei. — Se mamãe estivesse viva eu seria a vergonha da família.

Resolvo ir caminhando até em casa já que o táxi não me deixou muito longe de casa, enquanto as cenas obscenas de ontem ficam surgindo em minha mente.

Meneio o cabeça para expulsar tais atrocidades.

— Para de pensar nessas cenas quentes, Ash! —me repreendi.

Assim que cheguei em casa me joguei no sofá sem acreditar na bosta que está minha vida.

Cobri meu rosto com minhas mãos enquanto tomava coragem para me levantar e dormir para esquecer todos os meus problemas.

Esquecer que sou uma desempregada e uma futura sem teto e que em uma noite muito louco perdi minha virgindade com um desconhecido.

Isso realmente aconteceu?! Ainda parece surreal para mim.

Quando eu tinha 10 anos minha mãe morreu, fui criada pela minha tia. E meu pai? Bom, esse eu nunca conheci.

A tia Maya é como uma mãe para mim e eu também tenho a Priscila que é sua filha e minha prima.

A Priscila é do tipo aventureira gosta de festas, baladas, bebidas, sexo. Já eu, era completamente o oposto odeio aventuras odeio festas, baladas, sexo.

Se minha tia me visse agora eu seria sua maior decepção pelo menos a Priscila perdeu a virgindade com o seu namorado, já eu não faço a mínima idéia de com quem tenha sido.

Assim que faço mensão de me levantar meu celular que estava na mesinha de centro começa a vibrar. E como se tivesse ouvido todos os meus pensamentos o nome "tia Maya" Aparece na tela.

Arregalo meus olhos, será que ela já descobriu? Mas como? Quando o celular está prestes a parar de tocar o atento rapidamente.

— Ash? —pude ouvir meu nome ser chamado por ela no entanto fechei meus olhos para que tudo aquilo fosse um pesadelo. — Você está aí?

Desde criança tenho o mal hábito de fechar olhos para que todos os meus problemas desaparessam como fumaça, mas isso até hoje não funcionou.

— Oi, tia —me apressei em falar. — Como está as coisas por aí?

Minha tia estava de viagem, ela estava cuidando da sua mãe que no caso é minha vó.

Desde os meus 18 anos moro sozinha apesar da minha tia não querer permitir que eu saísse de debaixo das suas asas. Palavras dela e não minhas.

Priscila ainda mora com ela, o marido da minha tia morreu faz quatro anos, ficámos devastados, na época ele era o pai que eu nunca tive.

— Está tudo bem, daqui a três meses estou de volta, e a Priscila anda se comportando?

Tia Maya havia pedido para que sempre que desse eu dar uma olhada na irresponsável assim que eu tivesse um tempo livre.

— Priscila sempre será Priscila. —ressaltei quase podendo ver minha tia revirando os olhos.

— Tem razão. —fez uma pausa. — Bem que ela poderia ser mais ajuizada como você.

Fiz uma careta e a culpa tomou conta de mim enquanto por costuma fechei os olhos.

— É... —comecei. — Tia preciso ir.

— Ah claro querida, você deve estar a caminho do trabalho estou certa?

Sorri um pouco tensa enquanto assenti como se ela estivesse bem na minha frente.

— Claro, tia. —me esforcei para não gaguejar. — Você está super certa, certíssima não existe pessoas mais certa do que você.

Quase me estapeio por ser tão estúpida. Que tipo de idiota eu sou?

— Tem certeza que está bem?

— Hã... Claro! Estou super bem. —como eu queria me enfiar em um buraco agora. — Tchau preciso ir.

Não dou tempo nem dela se despedir e desligo rapidamente o celular.

Porque será que tenho a impressão de que meus problemas só estão começando?

De Repente Pais [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora