Capítulo 5

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— Eu quero voltar!

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— Eu quero voltar!

Priscila revirou os olhos, e voltou a me puxar de dentro do carro, enquanto eu me debatia para não sair.

Ela em um movimento brusco me puxou do carro, olhei incrédula para ela.

— Você não pode ser tão bruta, estou grávida esqueceu?! —olhei irritada para ela, que voltou a revirar os olhos.

— Chega de desculpas, Ash. Você precisa falar com o pai desse bebê!

— O que quer que eu diga?! —perguntei, e me encostei no carro, olhando para o apartamento do pai do meu bebê. — Supresa, você vai ser papai!

Olhei ironicamente para ela, que olhou na mesma direção que eu, e olhou para mim nitidamente surpresa.

— Aquele é o apartamento dele?! —questionou boquiaberta.

— Até onde eu lembro, sim. —dei de ombros, e franzi a testa. — Porquê?

— Como assim "Porquê"?! —quase gritou. — É enorme! Não acredito que  você conseguiu dar o golpe do baú mais rápido do que eu!

Olhei incrédula para ela, e dei um tapa no seu braço.

— Me respeita!

Priscila gargalhou, e voltou a olhar para o apartamento, voltando sua atenção para mim.

— Chega de conversas. Vai logo falar com seu ricasso!

Torci a boca, e olhei nervosa para frente.

— Priscila, o que digo quando chegar lá? —perguntei temerosa.

— Não sei. —se aproximou de mim, colocando as mãos no meu ombro. — Mas tenho certeza que você saberá quando chegar lá.

Eu não tinha tanta certeza assim do que ela havia dito, mesmo assim assenti, e em um largo suspiro fui em direção ao apartamento.

De frente com a porta, fechei os olhos por breves segundos, para tomar um pouco de coragem e apertei a campainha.

Algum tempo depois, a porta foi aberta, dando-me visão, do mesmo homem do meu sonho de hoje cedo.

E o mesmo homem que eu acordei ao lado.

É ele!

Ele olhou para mim, um pouco confuso, pela sua cara ele tinha acabado de acordar.

Ao lembrar da cena do meu sonho, minhas bochechas coraram.

— Podemos conversar? —perguntei engolindo em seco, enquanto ele ergueu uma das sobrancelhas.

— Você é...?

— Natasha. —respondi com um enorme frio na barriga.

— Espere aí... —estreitou os olhos na minha direção, e me olhou como se tentasse lembrar de algo. — Eu te conheço de algum lugar...

Claro que conhece, eu perdi minha virgindade com você. E adivinha? Estou grávida.

Dei um sorriso nervoso para ele.

— Posso entrar?

Sem me responder, ele foi para o lado me dando espaço para passar.

— Então, em que posso ajudar? —perguntou, trancando a porta e voltando sua atenção para mim.

— Eu não sei nem por onde começar.

— Que tal pelo começo? —sugeriu, e foi em direção a geladeira pegando uma cerveja. — Aceita?

Tentei não fazer uma careta ao ouvir isso, quem bebe assim tão cedo?

— Então... —tomou um gole, e sentou-se no sofá. — O que você faz aqui exatamente, como é mesmo seu nome?

— Natasha.

— Isso, o que faz aqui, Natasha?

Ok, essa era hora. Com certeza essa é a situação mais difícil e embaraçosa que eu passei em toda a minha vida.

Nunca mais, em toda a minha vida coloco uma gota de bebiba na minha boca, afinal, foi ela que me pôs nessa situação.

— O que vou te dizer parece meio maluco, talvez seja totalmente maluco. —hesitei, enquanto seus olhos permaneciam em cima de mim, fechei os olhos e falei de uma vez. — Eu estou grávida!

Eu continuava com os olhos fechados, e não ouvindo nenhuma resposta da sua parte, olhei temorosa para ele.

— Parabéns? —disse totalmente confuso.

— Você não entendeu. —suspirei frustrada. — Eu estou grávida.

— Você já me disse isso.

— Sim, mas não disse que VOCÊ é o pai.

Ele olhou para mim sem reação alguma, ficamos nos encarando nenhum de nós falava nada, até que sua alta gargalhada preencheu todo o apartamento.

E eu? Fiquei parada, totalmente estática, observando ele se contorcendo enquanto ria.

Eu estava me sentindo como se tudo isso fosse um circo, e eu fosse a palhaça.

Assim que ele parou de rir, enxugou as lágrimas que caíram durante a risada.

— Ótima piada, menina. —disse com o ar de riso, não evitei de revirar os olhos.

— Não foi uma piada.

— Espere! —levantou-se de uma vez, olhando para mim com os olhos arregalados. — Você realmente acha que eu sou o pai do seu filho?

— Eu sei que pode parecer tudo muito confuso. —comecei andando de um lado para o outro. — Mas tente lembrar, nos conhecemos em uma boate algumas semanas atrás, e estávamos totalmente bêbados, e bem...

— Calma! —levou as mãos a cabeça totalmente nervoso. — Você é a moça virgem?

— Pois é. —abri os braços. — Surpresa.

Ele não disse nada, apenas permitiu que seu corpo caísse sobre o sofá. Ele estava assustado olhando para o nada. Como se fosse algum tipo de estátua.

Fazia uns dez minutos que ele permaneceu do mesmo jeito, eu já estava começando a me preocupar, quando ele olhou para mim.

— Eu vou ser pai? —sussurou tais palavras, sem acreditar. — E como posso ter certeza que esse filho é meu? Você com certeza sabe que sou rico e está tentando tirar proveito disso!

Olhei indignada para ele.

— Como acha que eu sereia capaz disso?! —esbravejei vermelha de raiva. — Claro que é seu, qualquer teste de DNA ou qualquer médico pode comprovar a quantidade de semanas de gravidez! —quase rosnei para ele. — Mas quer saber? Pegue seu dinheiro e engula, eu posso muito bem criar meu filho sozinha!

Virei meu rosto, e fui em direção a saída, eu estava bufando de raiva, como ele ousa insinuar tal coisa ao meu respeito?

Antes que eu alcançasse a porta, ele segurou meu braço fazendo com que eu parasse.

— Me desculpe. —pediu fazendo com que minha ruga no meio da testa sumisse, então suspirei pesadamente.

— Tudo bem. —fechei os olhos brevemente, voltando a olhá-lo.

Eu mal podia acreditar que que o pai do meu bebê, era esse mal educado.

Mas o que está feito, está feito. Não posso mudar o pai do meu filho.

— E agora, o que a gente faz? —perguntei, enquanto o olhava preocupada.

De Repente Pais [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora