capítulo 7 - Eu vou com você!

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-Peter?- lembro que ele me pediu para entregar a mochila e arregalo os olhos- Um segundo! Ja vou pegar sua mochila!

-Ashiley?- ele segura minha mão e olha nos meus olhos- porque estava chorando? E pq tem tinha gente aqui e as coisas estão aberta?

Suspiro e olho para sua mão

-Minha avó faleceu...- quando falo sinto meu corpo sendo puxado para frente e um abraço me envolvendo, eu me senti tão pequena em seus braços, ele era realmente grande

-Eu sinto muito Ashe...- me sinto mais calma quando ele fala enquanto me abraça, me sinto de certa forma segura, como se eu não estivesse sozinha, ele é minha família e não quero perdelo assim como minha avó e minha bisá, devolvo a abraço com força

-Tudo bem...- ficamos ali daquele jeito por um tempo razoável

-Ashiley - ele segura meus ombros e me afasta apenas um pouco para conseguir me olhar- venha comigo!

Fico olhando para ele, é claro que quero ir, não quero ficar aqui sozinha, eu quero poder ver minha mãe e estar com meu irmão, acho que sou uma pessoa muito sentimental, escuto alguns passos e quando olho para trás vejo Matheus

-Ir para onde?- Matheus vem até nos e me puxa para perto dele, com a cara meio emburrada para Peter, como quem não se deixa intimidar

-Estou conversando com minha irmã! Não se intrometa

-Ela não é sua irmã, para de fazer a cabeça dela- ele tenta me afastar mais de Peter mas eu permaneço no lugar e ele sente que sua tentativa de me puxar não resolve- Ashe? Você realmente vai escutalo?

- Você está atrapalhando uma conversa... não percebe?- eu sinto as expressões de seu rosto sendo deixada

-Ashe?- ele se afasta um pouco respira e por fim volta para o quarto de minha avó onde estava seus irmãos

Um tempinho depois dele entrar os três saem de la com.caras tristes, Judith me olha com preocupação ao ver Peter mas não para de andar, os três vão embora da minha casa me deixando a sós com Peter. Olho para ele e então vamos até o quarto da minha avó, cada se senta ao lado dela

-Imagino que você não vem comigo não é?- permaneço calada e passo a mão no rosto da minha avó, estava tão gelada- eu entendo... e claro que vai ficar, você ficar para enterra-la, mas... não se preocupe

- Peter...- seguro sua mão e olho para ele- minha avó não vai se enterrada...

- Porque??- ele me olha confuso- É claro que tem que enterra-la!Oque fara com o corpo?

-Eles vão estudar a doença dela...- ele olha para o corpo dela e fica calado- Eu vou com você!

Consigo perceber seu espanto quando ele se vira rapido para mim

-Você tem certeza? Eu vou hoje e imagino que você queira se despedir dos outros

-Minha avó era a unica família que me restava aqui, não posso ver meu único familiar indo embora e ficar quieta...

-Mas...- Parecia que ele ia usar algum argumento mas não conseguiu pensar, ele se levantoue veio até mim para me abraçar

-Quando der o toque de recolher... nós vamos!

-Tudo bem!- ele continua a me abraçar e devolvo o abraço, me pergunto se minha escolha foi a certa

Depois de horas, horas sem fazer absolutamente nada, escuto o barulho de alguem na porta, me levanto e vou abrir a porta. Era Anne com mais dois caras, imagino que eles tenham vindo buscar minha avó, vejo Peter levemente irritado, mas não fala nada, ficamos na sala esperando eles pegarem o corpo, e quando finalmente passam pela sala vejo o corpo dela embrulhado e tampado com um pano, sinto novamente um aperto no peito e desvio meus olhos, sinto a mão de Peter na minha

-Vai ficar tudo bem, eu não vou te deixar...

Minha avó ja estava mais em casa, aquelas pessoas a tinham levado e aquilo me deixava triste, a escolha que eu fiz de ir com Peter con certeza não foi a errada, ficar naquela casa so me traria a sensação de vazio, não tinha mais nenhuma de minhas avós, mas ainda tenho um irmão, e tambem uma mãe. Arrumo minha mochila e coloco tudo que eu acho que irei precisar, talvem coloco uma faca para defesa e vejo Peter guardar uma arma em sua cintura, até pensei em perguntar se aquela era a dele, mas preferir não me intrometer. Quando da o toque de recolher saimos de casa, estava tudo muito silencioso, até mais que o normal, tentamos não fazer barulho nas ruas e vamos até uma parte da grande que era por onde eu, Matheus, Max e Jusith davamos nossas escapadas, Peter pula primeiro e quando vou pular, sinto uma mão no meu braço, quando olho para trás era Matheus, fico espantada e meu peito aperta, oque ele estava fazendo aqui?

-Não vai!- ele fala baixo

-Volta pra casa Matheus!- fala na mesma tonalidade de sua voz- vai dormir

-Não, eu não vou sabendo que você esta indo embora

-Você não contou para Judith e Max, contou?

-Não, eles ficariam muito triste, por issi vim te fazer mudar de ideia sem eles saberem que você pensou nisso

- Eu não vou mudarde ideia Matheus, eu vou atrás da minha mãe- olho para a floresta e vejo Peter do outro lado da grade me esperando

-Porque? Você nem a conheceu, porque quer tanto saber dela? Ela te abandonou!

-Não é verdade! Ela deve ter tido seus motivos, e eu quero saber quais foram, Peter me disse que ela so falava sobre mim!

-Porque você continua acreditando nele? Você não precisa dele

-Ele é minha família

-Nós somos sua família Ashe! Eu! Max! E a Judith!

-Não é a mesma coisa, quando eu vejo vocês, me sinto de certa forma solitária, porquê vocês são irmãos de sangue, e quando volto para casa ou quando vocês vão embora, eu me pego sozinha imaginando como seria legal ter uma família como a de vocês! E eu não quero que soe como inveja, mas infelizmente éh! E agora eu não preciso disso!- Aponto para Peter la fora- a minha família esta ali, me chamando! E eu não quero ficar aqui nessa vila sozinha e com peso de que deixei ela la fora procurando por mim!

-Ashe!- ele me abraça- porfavor não me deixa

Aquilo realmente apertou meu coração, mais minha cabeça estava a mil, lembrei da sensação de vazio que senti la em casa, da sensação que senti quandi vi minha avó sendo levada por aqulas pessoas e sensação de proteção que senti quando Peter me abraçou

-Math- o afasto um pouco e olho em seus olhos- Eu não sou a garota que você procura...

Continua...

Além das grades da vilaOnde histórias criam vida. Descubra agora