Meu amigo, meu irmão e meu amor

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Acordo com o meu despertador biológico, o calor e o suor se formando no meu pescoço.

Me solto de Zabdiel e levanto bem devagar para não o acordar. Pego meu celular e vejo que são seis e meia. Pedi a Romeu que chegasse as sete e meia, tenho que me apressar.

Tomo um banho rápido no banheiro principal, visto minha roupa e uso bastante maquiagem, por causa da brincadeira de ficar cuidando do bêbado quase morto na minha cama, adquiri lindas olheiras.

Droga Zabdiel, sempre fodendo com alguma coisa.

Literalmente, não é mesmo?

Terapeuta, não posso esquecer disso.

Terapeuta Emily.

Preciso ligar para meu pai, saber como ele está, não o vejo desde o enterro, ele nem sabe como estou e que assumi a empresa claro. Sarah surtaria se soubesse, iria tentar me sugar dinheiro todos os dias.

Não é hora de pensar na minha mãe.

Desço as escadas e encontro com dona Noemi indo para a cozinha.

- Bom dia - beijo sua cabeça.

- Bom dia minha filha. Já vai para a empresa?

- Sim, estou cheia de coisas para resolver hoje. - Pego meu casaco e minha bolsa.

- Não vai nem tomar café? Emily, não pode ficar sem comer.

- Eu como no escritório, prometo.

- Ei, e o Zabdiel? - Suspiro.

- Digamos que mal conseguimos conversar sem tentarmos nos matar - sorrio fraco - mas ontem ele exagerou na bebida, vomitou no quarto, nem se aguenta em pé - ela fica chocada - fiz um chá para ele, joguei ele no banho e adormeceu na minha cama.

- Parece que estou revivendo a época da adolescência - ela suspira.

- As coisas vão voltar ao normal Noemi, eu prometo - assinto e saio.

- Bom dia senhora.

- Bom dia, quero o carro de Zabdiel, e eu que vou dirigindo, por favor. - Ele fica parado me olhando - o quê? Anda que eu estou apressada, por favor.

Ele assente e sai. Entro no carro, o cheiro dele é evidente aqui, decido não usar o ar condicionado e abro os vidros.

Não demoro muito para chegar a empresa, e assim que desço encontro com Romeu, descendo de um taxi de terno, ele está elegante e bonito.

- Bom dia chefe - ele debocha e eu dou risada.

- Algumas coisas nunca mudam, não é? - Rimos e entramos. - Vou te levar primeiro no RH para assinar seu contrato e depois vou te mostrar o que você vai precisar fazer, tudo bem para você?

- Como diria eu mesmo, o que você falar é lei, eu somente obedeço.

- Não é porque sou a presidente dessa enorme empresa que precisa me tratar diferente viu? Sou a mesma Emily que trabalhava na cafeteria com você, só ocupo o cargo de dona.

- Ficou bem mais assustador na sua boca - dou risada e lhe dou um empurrão.

O levo no RH e assinamos tudo, conforme as leis trabalhistas e todos seus direitos perante a lei. Saímos de lá rindo, porque ele disse que a senhorinha do RH parecia com a avó dele, só que mumificada e mais ranzinza.

Encontro Chris dentro da minha sala sentado na cadeira mexendo no celular.

- Uau - falo assim que adentro - porque tanto embelezamento? - Ele está incrivelmente bonito e imponente hoje.

Love Action - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora