Luto part 2

288 51 70
                                    

Depois de alguns minutos eu chego ao apartamento de Christopher e não sei porque, mas uma chuva inesperada e torrencial atacou a cidade no caminho do hotel para cá.

Aperto o interfone umas três vezes e não vejo resposta, não acredito que ele não esteja em casa quando mais estou precisando dele.

— Christopher! — Bato na porta desesperadamente — abre a porta, preciso da sua ajuda com urgência!

Já estou impaciente, quando pego meu celular para ligar para ele, a porta se abre, vejo ele descabelado, ofegante, sem camisa e claramente excitado.

Isso é constrangedor.

— Preciso conversar com você com urgência, mas se estiver ocupado eu posso voltar outra hora — viro minha cabeça e já estou para sair quando ele segura meu pulso.

— Cinco minutos, já venho e podemos conversar — nem esperou mina resposta e batendo a porta na minha cara ele me deixou ali esperando.

A minha cabeça está cheia, onde ele está? Será que está bem? Com quem ele pode estar?

Não temos nem um mês de casamento, já estamos assim? Será que vamos conseguir chegar a um ano?

— Pronto, vamos? — Ele sai com o cabelo mais ou menos arrumado, os botões da camisa estão mais bagunçados que seu cabelo.

Paro ele e coloco a mão em seu peito. Ele me olha sem entender.

— Cheguei em mal momento? — Começo a desabotoar a camisa e percebo uma tatuagem em seu peito, parece recente. Começo a abotoar na ordem correta. — Você parecia — limpo a garganta — bem ocupado, desculpa, não dava para esperar.

— Não — vejo suas bochechas esquentarem — deixa que eu termino isso — ele pega meus pulsos e os retira da camisa que está fechada pela metade.

Pegamos o elevador direto para a garagem.

— Zabdiel surtou — me encosto na parede fria do elevador — quando saímos do cemitério fomos para um hotel — ele suspira — você sabe de onde estou falando? — Ele assente.

— Quando eu estava passando por problemas e claramente ele também — ele passa a mão pelo cabelo — enchíamos o apartamento de mulheres, até prostitutas e bebíamos até desmaiar — olho para ele horrorizada. — Ele não é mais aquele garoto Emily, e nem eu.

— Você eu sei que não, mas Zabdiel — meus olhos ardem — isso está se tornando um jogo, uma montanha russa de sentimentos para mim e ele está se divertindo com os meus enjoos pelo trajeto.

— Emily, releva, ele acabou de perder o pai, é normal ele surtar — olho para ele indignada.

— Christopher, ei, eu estou aqui, eu tenho sentimentos, apesar de não ter sido meu pai, eu gostava do seu Carlos, eu também estou sofrendo, mas nem por isso eu me tornei uma cuzona! — Tapo meu rosto com as mãos e choro de frustração.

— Eu sinto muito — ele me abraça — eu não queria dizer isso. Não se preocupe com isso, ele está mal, mas te ama. Ele jamais brincaria com seus sentimentos, eu mataria ele antes disso acontecer — dou risada em seu peito. — Só dê um tempo para ele.

O elevador se abre, me solto dele e saímos.

— Estou cansada de dar chances a ele Christopher. Chega de fazer o que o garotinho mimado quer, estou farta dessa brincadeira. Se ele quer jogar, vamos jogar as minhas regras, por isso preciso da sua ajuda.

— O que você quer fazer? — Sorrio.

— Assim tão fácil?

— Digamos que ainda estou com raiva dele pelo cuzão que ele foi achando que eu queria ficar com você. Fala sério — ele dá risada.

Love Action - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora