Love Action - Livro 2

Todos somos suspeitos

— Você tem certeza que quer fazer isso? — Ele já me perguntou isso umas cinco vezes.

— Tenho Chris, eu agora sou a dona da empresa — ele me olha — bom, pelo menos estou no controle, posso tomar decisões assim. E eu quero mais é que ela exploda, aquela bruxa.

— É perceptível o quanto vocês se amam — reviro meus olhos — eu não estou dizendo que não quero ver ela pisada e no chão, mas isso é demais. Vamos estar diante de toda a sociedade da cidade, grandes empresários e fundações grandiosas, sua imagem é importante como CEO, não esqueça disso. Você já vai sofrer muito por ser mulher, infelizmente o mundo ainda não reconheceu que a mulher é capaz do que quiser e não é um imbecil de um ser com bolas que pode decidir isso.

— Nossa — o olho surpresa — desde quando é favor das mulheres com tanta força?

— Sempre fui, fui criado rodeado pela minha avó e minha mãe, tenho exemplos de mulheres fortes e que sempre fizeram o que queriam sem precisar da opinião de ninguém.

— Ficaria feliz em conhecer sua mãe e sua avó, parem ser duas pessoas fantásticas — ele sorri.

— Qualquer dia desses eu te levo para conhecer elas, vão gostar de você.

— Então, estamos fechados para hoje à noite? — Ele passa as mãos pelos cabelos.

— Sim, farei o que me pediu — ele suspira frustrado e eu pulo nele para lhe dar um abraço — Emily! Vai nos colocar no chão.

— Ai não seja tosco — o solto — só estou agradecendo, obrigada por me apoiar em tudo — olho em seus olhinhos castanho mel — não sei mais o que seria da minha vida sem você nela, obrigada — abraço ele novamente e encosto minha cabeça em seu peito.

Seu coração bate rápido.

Rápido demais.

Me solto dele.

— Vamos voltar ao trabalho, temos só uma hora para terminar tudo isso, tem o evento ainda — limpo a garganta.

— Esqueça disso por um instante, porque não saímos para você comer e você me conta o que aconteceu ontem a noite? — O olho frustrada.

— Não quero falar disso — não vou dizer a ele que transei insanamente com Zabdiel e depois ele virou um babaca bêbado e eu cuidei dele a noite toda, é humilhante.

— Lembra que eu lhe falei que estaria aqui para tudo que precisasse? E eu sei que nesse momento você precisa Emily, já aprendi a decifrar você e suas emoções, você é transparente demais.

— Conhece algum terapeuta bom? Estou precisando de um conselho psiquiátrico, acho que estou enlouquecendo — começo a rir de nervoso — a minha cabeça é pior do que todo mundo ao meu redor, me deixa mais rasa que o chão.

— Não conheço nenhum terapeuta, mas conheço um amigo com quem você pode desabafar tomando um milk-shake, o que me diz? — Ele me estende a mão.

— Onde aprendeu a resolver tudo com comida e no momento certo? — Dou risada e pego sua mão.

Ele pega nossos casacos e saímos.

— Vamos no meu carro ou no seu? — Questiono.

— Vamos no meu, peço ao meu motorista para deixar o seu em casa.

— Tá bom — o elevador se abre e saímos.

— Esse não é o carro de Zabdiel? — Dou risada.

— Ele com certeza está com muita raiva de mim por ter pegado o carro dele — nos olhamos e começamos a gargalhar.

— "Eu sou o dono da porra toda, eu que mando em você e em tudo isso" — gargalho alto com ele tentando imitar Zabdiel.