Não pode ser.

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Fiquei alguns minutos ainda olhando a porta, Marcela havia saído e a casa ficou mais silenciosa do que nunca, me viro e fico observando a sala calado.

Recebo uma ligação, era Igor, atendo. -Alo? - Digo andando pela sala. – Oi Marcos? - Igor responde, ele parecia cansado. – Oi Igor. – digo me sentando. – Tudo bem? – Tudo bem, eu e sua prima estamos namorando. – Ele diz pulo da cadeira. – O QUE? – Perguntei incrédulo. – Hey cara... Você está bem? – Igor pergunta. – Estou... Preciso ir. – desligo e fico olhando para frente calado.

Igor e Tainá? Deixo um riso baixo escapar, quem diria... Levanto-me e vou até o quarto, indo direto para a varanda, deixo meus braços apoiados na barra de vidro na varanda e fico observando as grandes construções, uma lembrança de Gabriel e eu crianças na varanda de casa me distrai e quase caio, recuo caindo no chão tremulo e fico olhando meu reflexo no vidro.

Levanto-me às pressas e vou até a sala, me sento e ligo a TV para tentar me distrair, quando novamente recebo uma ligação. – Alô? – Digo olhando a TV- Marcos? – Uma voz feminina pronuncia meu nome – Sim? – Respondo – Não reconhece minha voz? Como pode apenas olhar Marcos? – Ela diz chorando, minhas mãos ficam tremulas – Ana? – Assim que pronuncio seu nome a chamada cai, olho o histórico de chamadas e o numero que havia ligado era 12457676 Mas que droga de numero é esse? – Penso comigo mesmo.

Deixo meu celular de lado e vou para a cozinha preparar algo para eu comer, faço miojo tentando livrar meus pensamentos. - Marcos, Ana morreu! – Meu subconsciente grita comigo.

Coloco em um prato me sento sozinho e começo a comer calado olhando para frente.

Algum tempo depois termino de comer e deixo meu prato sobre a pia, volto para o quarto sentindo falta de Marcela, mas o pai dela chamou ela... Deve ser importante não é?

Deito-me na cama e me obrigo a fechar os olhos até a hora em que consigo dormir.

Acordo com um gemido escapando da minha boca e abro os olhos, Marcela estava beijando meu pescoço,  mordo o lábio fechando os olhos novamente. – Estava com saudades. – Ela sussurra no meu ouvido e sorrio alisando seus cabelos.– Como foi lá? – Perguntei fazendo ela olhar pra mim.– Bem, ele quer que eu ajude mais ele e blábláblá, cheiro de miojo – rio com o comentário. – Eu comi – respondo de imediato e levanto junto com ela.

Ela fica de pé em frente a porta. – Já disse que acho esse vestido lindo? – Pergunto olhando ela que ruboriza imediatamente após. – Não, eu acho. – Ela responde tentando manter sua postura porém sua voz sai fraca e ela corava.

Ando até ela e dou um beijo rapido logo em seguida fico atrás dela levando minhas mãos ao zíper de seu vestido, abaixando-o delicadamente e sem pressa, até que consigo visualizar suas costas, levo minhas mãos a sua cintura por trás e retiro seu vestido deixando Marcela apenas de calcinha e sutiã, beijo seu ombro fazendo uma trilha de beijos até seu pescoço, ela apenas joga seu pescoço para trás arrepiando ao sentir meu toque. – Te amo sabia? – Sussurrei no ouvido dela fazendo ela arrepiar ainda mais, Marcela vira e me beija. – Também te amo, vou colocar uma roupa mais confortável. – Ela diz indo até o guarda-roupa e veste uma camisola que ia apenas até o começo de suas pernas deixando ela incrivelmente sexy.

Ela passa por mim e sinto que ela me provoca pois ela rebolou ao passar por mim, ela anda o corredor e sigo-a, descemos a escada e fomos até a televisão. – O que quer ver? – Digo enquanto ela liga a TV. – Alguma coisa de terror. – Ela responde. – Nossa que clima. – Digo sarcástico enquanto ela da riso bobo. – Assim eu tenho desculpa pra ficar agarradinha com você seu bobo. – Ela sussurra, ótimo. Coloco em um filme de terror qualquer acho que era Invocações do Mal ou se la que filme era aquele, não curto terror porque eu tenho o famoso "Cagaço".

Marcela se aproxima e passo minha mão pelo seu ombro, ela se inclina e deixa sua cabeça descansar sobre meu peito enquanto aliso de leve suas costas, foi quando me dei conta o quanto estava incrivelmente tarde e eu nem havia notado. Estranho.

Pouco tempo depois o filme acaba, pegamos já no final, e Marcela já havia dormido. – Braços se preparem. – Meu subconsciente zomba de mim enquanto me levanto e seguro Marcela nos braços a levando até a cama, deposito-a sobre a cama com cuidado. – Não corra. – Escuto Marcela resmungando durante dormia. – Não grite... Gabriel. – Ela diz e abre o olho derrepente me encarando, caio da cama, que merda foi essa?

Ela vem até mim. – Tudo bem? – Recuo dela. – Por quê falou o nome do meu irmão enquanto dizia não corra? – Pergunto trêmulo me afastando. – Marcos eu... eu... – Marcela diz. – VOCÊ O QUE? – Berro enquanto nos encaramos...

Um único verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora