Ela se foi?

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Entro no quarto estranhando o sumiço repentino de Marcela, me aproximo da cama e vejo uma folha de papel sobre o edredom, pego o mesmo e começo a ler

Querido Marcos, não sei onde estarei quando ler isso, simplesmente não posso mais, você foi a coisa mais perfeita que já aconteceu na minha vida, não posso deixar você sofrer e se magoar por mim, isso é um Adeus

Marcela

Ao terminar aquilo meus olhos já estavam cheios de lágrimas, não conseguia acreditar que isso estava acontecendo, como ela pode? Depois dela dizer que me ama!

Me jogo na cama escondendo meu rosto sobre o travesseiro, não evito as lágrimas que a esse ponto percorriam meu rosto, abraço o outro travesseiro, olho no relógio, 2:45 da manhã, não fui morto agora a pouco mas parte de mim morreu agora

Leio e releio a carta, procurando alguma pista qualquer coisa, meus pensamentos só me traziam lembranças boas, por que? Por que?

Olho para o relógio 3:15 e eu aqui...pensando...pensando e... nada, não sei porque ela foi mas ela foi

Me levanto e saio do quarto, vou até onde a professora tinha virado pó, mas não tinha mas nada lá

Sinto uma mão em meu ombro e estremeço, me viro rapidamente e vejo meu irmão

- O que faz aqui? E porque da cara? - ele pergunta me olhando

Droga ta tão na cara assim que estou mal?

- nada - respondo e suspiro

- você não sabe o que eu achei - Gabriel me segura pelo braço e me puxa até o corredor da cozinha e para na frente de um pedaço do chão em formato de quadrado, me aproximo e junto com ele levanto o quadrado do chão, vejo uma escada

- Vamos? - Gabriel diz entrando, sigo ele

O local era bem estranho, com janelas, o lugar era pequeno, embaixo da escada tinha uma porta, nos aproximando da porta nós vemos que ela tem pequenos quadrados, nos aproximamos e vemos alguém amarrado do outro lado da porta, de repente uma cara aparece cobrindo os quadrados da porta, eu e Gabriel gritamos e corremos em direção a escada, algo corre atrás da gente, subimos a escada e fechamos o quadrado, a coisa dá socos no quadrado mas logo para e desce novamente, olho para Gabriel e acho que pelas nossas caras pensávamos a mesma coisa...

Não estamos seguros aqui...

Um único verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora