O lado ruim

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Fique ali com a Marcela na praça até que começou a ficar escuro – Preciso ir – ela diz perto do meu rosto – Ok – digo levemente triste, ela sorri e beija minha bochecha levantando – Te vejo amanha? – ela pergunta me levanto também – Claro – sorrio e a vejo começar a ir para a esquerda até sair de vista, vou para meu ponto e espero o ônibus chegar. Quando ele finalmente chega entro no mesmo e me sento em qualquer lugar, estava distraído só pensava em Marcela enquanto olhava o caminho que o ônibus fazia até minha casa, só levanto para sair do ônibus.

Começo a ir para a casa de vagar sorrindo – Onde estava? – meu pai me pergunta com a voz autoritária de sempre – Na praça – digo bobo indo até a escada – fazendo o que lá? – ele pergunta me olhando – Depois eu te conto – digo subindo à escada me deito na cama e fico lá até a hora que minha mãe me grita para ir jantar

Desço a escada e vejo todos reunidos, tinha macarronada de jantar, me sento e fico olhando para eles que estavam me olhando – Que foi gente? – digo olhando eles – Nada – eles dão um sorriso bobo como se entendessem o que eu estava fazendo na praça, sorrio fraco e pego um pouco de macarronada – parem de olhar pra mim? – imploro até que as coisas parecem voltar ao normal – Marcos amanhã acorde mais cedo e coma antes de ir para o colégio ok? – minha mãe diz comendo – Sim – digo começando a comer

Após comer me levanto e coloco o prato na pia – Quem é a garota que te fisgou? – meu irmão me olha com um sorriso malicioso em seus lábios – Garota? Que garota – disfarço e subo para meu quarto, troco de roupa e me deito até que meu celular vibra com uma mensagem e a leio: ‘Oi, aqui é a Marcela... aconteceu uns probleminhas aqui e não vou poder ir na aula amanhã, poderia pegar as coisas pra mim? Obrigada ‘ – leio aquilo e fico preocupado o que será que aconteceu? Qualquer pensamento bom que eu estivesse tendo se esvai, me deito deixando meu celular de lado com o despertador para as 5:30 e fecho os olhos tentando dormir, não era uma tarefa muito fácil sentia que algo tinha acontecido a ela, só precisa descobrir o que era... Permito esse pensamento sair da minha cabeça e consigo dormir.

 Acordo com o despertador e o desligo, me levanto da cama de vagar, me visto e desço as escadas, coloco café em uma xícara e o tomo, logo subo as escadas novamente e pego minha mochila, e meu celular que está do lado do travesseiro, desço as escadas andando de vagar até o ponto de ônibus, leio algumas mensagens em meu celular até o ônibus chegar, subo nele e não sorrio, o ônibus estava vazio porém... Marcela não estava lá, então me lembro que ela disse que não iria à aula, vou calado até o ponto do colégio onde desço e vou andando até o colégio, entro na sala – Sabe alguma coisa da Marcela? – pergunto a Vitor que apenas faz não com a cabeça quando o professor entra na sala, pela primeira vez não falei nada durante a aula, e nem percebo quando todos são dispensados para ir embora – Marcos você está bem? – a voz do professor me tira dos meus pensamentos – An? – olho ao redor – Ah... Estou sim – arrumo minhas coisas novamente na mochila e saio da sala, que estranho o que está acontecendo comigo  será que estou mesmo apaixonado? Isso é uma coisa boa? – me pergunto indo até o ponto de ônibus, que já estava lá apenas me apresso um pouco e entro no mesmo, pego meu celular e mando uma mensagem para Marcela – Marcela... Tudo bem? – quase perco o meu ponto, mas consigo dar sinal e descer a tempo, vou andando até em casa e vou direto para meu quarto verificando meu celular... Nada

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Já se passou uma semana e Marcela está faltando às aulas, não responde minhas mensagens e estou realmente preocupado, será que aquele homem a pegou? Ou está fazendo algo com ela? Será que é por culpa minha? A partir de agora para o bem das pessoas acho melhor não deixa-las se aproximar de mim... Mas preciso saber o que aconteceu com Marcela e onde ela está...

Um único verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora