Marcos Ao Resgate

265 18 2
                                    

Estava suando só de pensar que algo de ruim podia ter acontecido com Marcela, fico um tempo roendo as unhas, até que meu celular toca...era um número desconhecido, levo lentamente o celular a orelha

-Alô? - digo baixo - Marcos? - reconheço a voz de Marcela e estremeço - M-Marcela?? Onde você está ? - digo quase gritando - Marcos estou sem tempo escuta, não sei onde estou, estou em uma jaula - estremeço, deve estar na mesma jaula que eu estava - achei esse celular no bolso de um garoto morto com um diário - a esse ponto já tenho certeza, ela está com aquele homem - eu só queria dizer que...com quem você está falando?- escuto a voz de um homem no fundo, escuto Marcela gritando e logo depois o celular desliga - Marcela? Marcela? - grito vou até a porta de saída da minha casa - onde vai - meu irmão pergunta, não respondo saio correndo pela rua, estava começando a chover não ligo continuo correndo, corro por muito tempo até começar a ver a floresta, paro por um tempo ofegante e volto a correr até ver a casa, a mesma que tinha fugido aquela vez, o homem estava saindo da casa,  ele vai para a esquerda correndo e some na floresta

Vou até a casa e entro na mesma, de vagar, a casa tava igual a quando eu fugi, vou até a escada e escuto um choro baixo reconheço que era Marcela, desço e me aproximo da jaula, ela estava abraçando as pernas e enquanto me aproximo percebo que ela tinha cortes no rosto, seu lábio estava ressecado, seu cabelo bagunçado e ela tinha cortes na perna

-Marcela? - sussurro e ela se assusta com a minha voz e me olha, vejo algo brilhando na estante e vejo que era as chaves, vou até a prateleira e pego a chave voltando até a porta da jaula e abro a porta da jaula de vagar, ela se levanta e me abraça com força, como é bom...mas não posso parar agora - Vem - Seguro a mão dela e vou até a escada com ela, subimos a mesma e logo saímos da casa - N-não consigo andar - ela diz se ajoelhando - Vem - digo me ajoelhando também e a puxo pra perto de mim, passo meu braço em baixo de suas pernas com cuidado, passo o outro braço em sua costa e me levanto com dificuldade a segurando Marcela nos braços e começo a andar, ela passa seu braço pela minha nuca lentamente

Estava ofegante - vai ficar tudo bem eu prometo - digo baixo e ofegante andando, ela percebe e me olha - Marcos para! Não vai aguentar - ela diz me olhando enquanto ando - Eu...prometi, e eu sempre cumpro minhas promessas - digo andando, meus braços ardiam muito, minha perna parecia que pesava 200  quilos - eu vou conseguir...- penso andando até que vejo a primeira luz de poste e logo a rua começa a aparecer - eu juro que ele me paga - penso andando, percebo que Marcela estava descalça e seus pés sangrando

Vejo minha casa e vou até ela lentamente ofegante, abro a porta de vagar - marcos que houve? Quem é ela? Onde estava? - minha mãe me bombardeia com perguntas, a ignoro e subo a escada indo até meu quarto, coloco Marcela de vagar na minha cama,  parar era tão bom...mas não ligo para isso agora, me concentro em Marcela que estava sonolenta, beijo sua testa e levanto da cama e vou até a porta

-Obrigada - escuto ela sussurrando me olhando e fecha os olhos , sorrio e saio do quarto fechando a porta- marcela está segura agora ...

Um único verãoOnde histórias criam vida. Descubra agora