Caçada Deliciosa

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Será que fazem isso com qualquer um? Onde está a Heli? Eu preciso de a achar!

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Será que fazem isso com qualquer um? Onde está a Heli? Eu preciso de a achar!

O vómito vem me à boca, o coração quase me salta do peito, estou a começar a hiperventilar quando a mão do Arius me toca na perna.

Ele sabe que estou entrando em pânico. Sabe que estou prestes a perder a cabeça.

Por isso se levanta, e me ajuda a fazer o mesmo.

— Está na hora de ir. — O Arius avisa o Kaydon que se levanta assim como nós.

— Tão cedo? Não quer ficar mais um pouco?

— Eu vou levá-la a casa e depois volto. — O Arius leva a mão ao meu braço e me puxa, agarra-me com força e me cola ao seu peito. Só pela força que usa percebo que se sente ameaçado, está com medo, como eu.

— Nada disso. Chamei um táxi para ela, ele leva-a a casa. — O Arius nega mais uma vez e anda comigo até a porta. — Não se preocupe Arius, já vimos que ela não pode participar no nosso evento, então pode ir para casa. Foi bom conhecer a namorada do Arius, espero te ver mais vezes, Lace. — Abano com a cabeça me despedindo, não consigo formular palavras neste momento, pensar já se tornou numa tarefa difícil.

Ele deixa-nos sair da sua casa sozinhos para o Arius se despedir de mim.

— Arius, a Heli. Aquela carne...

— Não é o que está pensando. Ele quer usá-la para outra coisa, mas eu vou pegá-la antes disso ok? — Ele abre a porta do táxi e obriga-me a sentar, depois coloca-me o cinto antes de se afastar. Enquanto está curvado sobre mim vira a sua cabeça. O seu rosto está muito perto do meu. — Pode confiar em mim desta vez? — Ele sussurra e eu sinto o seu hálito no meu rosto, como ele consegue estar tão perto de mim e tão confortável ao mesmo tempo? Está fazendo isto para que o condutor não nos ouça?

Assinto com a cabeça e só aí é que ele se afasta e fecha a porta.

Digo a morada ao condutor e espero ele ligar o carro para levar a manga à boca e controlar a respiração acelerada.

Quero gritar, quero chorar, quero vomitar.

O que vou fazer quando chegar a casa? Ficar esperando? Levando os dedos à garganta para deitar o que puder pela sanita? Meu deus, nem sei o que sentir.

O Arius já entrou quando o carro vira para a rua principal, para onde eu e o Bo estávamos. Onde é que ele deve estar neste momento? Será que o Arius chamou alguém para cuidar dele? Estará em casa?

Sinto que a qualquer momento posso desligar.

Não sei o quanto mais posso aguentar.

O carro continua pelas ruas escuras, passamos pelo muro de pedra enorme que parece não ter fim, até chegarmos a outra porta parecida com a que acabamos de sair.

BruisanOnde histórias criam vida. Descubra agora