Unforgettable | Juliantina

Capítulo 5 - Apenas o destino.

Capítulo 5 – Apenas o destino.

A primeira coisa que Juliana queria fazer naquele momento era cavar um buraco no chão e se esconder ali para sempre. A última coisa que ela queria fazer era ter que ficar ali olhando para os olhos azuis hipnotizantes que pertenciam a sua nova chefe. Porém a única coisa que ela tinha certeza era fingiria um desmaio.

Mas a vergonha seria em dobro, então não tinha mais nenhuma certeza.

– Espera aí, vocês já se conhecem? – falou Marina, sem entender nada.

Juliana já estava em um tom vermelho tão forte que sentia queimar, provavelmente todo o seu sangue estava concentrado na sua cara.

– Acabamos de nós conhecer, não é mesmo Juliana? – falou a Carvajal com um sorriso torto de lado, olhando para ela.

Olhando fixamente para ela.

Santo Inferno!

O nome dela não era para ter soado tão sexy saindo de sua boca. O jeito como os lábios dela se movimentaram quando pronunciou seu nome foi quase que o suficiente para seu coração começar a bater descompensado. Sem tira o fato de como ela estava mais bonita do que o normal. Se é que isso fosse de alguma forma possível, podia ter certeza que a mulher vestindo um saco de batatas ainda seria a coisa mais linda que Juliana pudera observar.

Droga.

Juliana não podia ficar pensando essas coisas sobre ela, elas apenas tiveram uma noite extremamente quente e prazerosa só porque eram apenas estranhas. Mas agora tudo estava diferente, ela era a sua chefe. Por mais que ela exalasse sensualidade e muito mais quente do que parecia, ela ainda continuava sendo sua chefe.

– Mas se vocês se conheceram agora – falou Marina, olhando para as duas – Porque você a chamou de baby?

– Porque assim que ela entrou, a confundi com outra pessoa – disse ela, com um sorriso de canto. – Mas percebi meu equivoco, certo srta. Valdés?

Ela queria falar alguma coisa, ela precisava falar alguma coisa mas ela não conseguia bolar nenhuma misera palavra na sua boca.

– Sim, srta. Carvajal. Já me falaram que possuo um rosto familiar. – disse Juliana, olhando para elas. Logo sua garganta ficou seca apenas em saber que teria que conviver com ela diariamente. Ela nunca foi tão cara-de-pau como Renata, mas nessas circunstâncias ela teria que ser. Nunca aconteceu nada. Absolutamente nada. – É uma honra poder conhecê-la, a sua empresa é maravilhosa.

- Eu não acho que você possua um rosto muito comum. Você é uma morena linda com um incrível gosto para moda, porque essa sua roupa está um espetáculo. – falou Marina com um sorriso gentil – Você não concorda, Vale?

- Acho que nunca foi tão certeira em suas palavras, Mari. – respondeu Valentina com um sorriso que fez com que Juliana sentisse seu estomago embrulhar – Apesar da roupa sem bem fraca e de algum brechó, o caimento está impecável.

As duas apenas se entreolharam e deram uma gargalhada.

Agora sim que Juliana estava se sentindo uma grande estúpida. Se antes ela estava vermelha agora estava a ponto de explodir. Ela queria apenas sair dali e ir para casa, dizer a Renata que a gata selvagem de dois dias atrás era a sua chefe e ainda muito patética, por sinal.

– Vale para. – falou Marina, dando uma tapa no ombro da Carvajal que ainda estava rindo – Não está vendo que ela está muito nervosa? Estamos apenas piorando a situação.

– Desculpa. – falou a sua chefe ainda recuperando o fôlego – Apenas estávamos tentando você se sentir mais à vontade.

– Acho que falar da má qualidade da minha roupa de brechó não me deixou um pouco mais à vontade, srta. Carvajal. – disse ela, com um sorriso debochado.