02_ Aluno novo.

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ELLA ENDERSON

A

professora falava sobre matemática que segundo ela era matemática básica, que de básico não tinha nada. Isso é,  sua explicação estava entediante eu não estava conseguindo pegar o assunto.

Ava ao meu lado, me jogou um papel que estava escrito sobre o quanto a aula estava ruim e que a mesma só queria ir para casa, e era apenas dez da manhã. Lily estava dormindo e eu não quis acordá-la.

— licença. — A voz da coordenadora chega aos nossos ouvidos. Atrás dela um garoto entrava com a cara mais lavada do mundo. — desculpe interromper sua aula, professora, é que esse aluno irá ficar nesta sala durante esse bimestre. — a mesma olhou para o aluno e pediu que ele se apresentasse.  Ele era bonito, devo confessar.

— oi, sou Sean. — foi vago na sua resposta.

— só? — a coordenadora ergueu sua sombrancelha, me fazendo prender o riso e algumas pessoas me encarar, inclusive o dito cujo. — enfim, de onde você é e o que te trouxe aqui.

— Ah, isso. — revirou o olho. — sempre fui daqui, mas tive que morar em outra cidade e agora retornei para um projeto cultural.

— não foi porque foi expulso? — alguém gritou no fundo.

— e porque seria expulso? — questionou fazendo um misto de questões entrar em minha mente. Sua vida não era importante para mim, mas minha curiosidade entendia a medida que ele foi comentando sobre sua vida. Sean tem 19 anos de idade, é modelo e pretende cursar fotografia,  segundo o que ele disse.

— ótimo, tem um lugar vago... ao lado de Ella Enderson. — a professora disse, se apresentando em seguida. — sou sua professora de matemática, Eleonora Edgard.

O mesmo jogou a bolsa no chão ao lado da carteira que já sentar,  e se jogou na mesma. Totalmente desleixado,  e embora eu achasse graça, já que a minha sala era cheia de filhos engomadinhos de ricos, era meio ignorante o seu jeito.

A aula naquele dia, demorou um milênio para terminar, que quando terminou agradeci a Deus por isso.

Antes que saísse da sala, alguém amarrou a alça da minha bolsa na carteira, que quando me levantei, derrubei a mesma no chão fazendo enorme barulho, chamando atenção de todos, onde todo mundo riu da cena. Bufei de ódio.

Os meninos da minha sala tem a mania besta de fazer isso. Eles não ligam para quem quer que seja, apenas fazem essa presepada.

Quando finalmente consegui, sair da escola, pegando minha patinete e voltando para casa. Novamente, aquele mesmo carro passou, agora com os vidros abertos e eu percebi ser os meninos do futebol, do 3°b.  É uns que faz festas clandestinas, andam de moto, pega garotas menores de idade ou até maiores e afins. Vão em festas, usam drogas, causa acidentes.... e se acham gostosões...

Parei a patinete, e bufei de ódio, fechando os olhos. O som no talo e eles rindo, indo longe. Urgh!

Quando finalmente cheguei em casa, subi para o meu quarto,  me jogando na cama. Estava cansada, mas também com fome. Levantei num pulo, tomei banho no banheiro do meu quarto, vesti uma roupa confortável, que era um blusão branco bem folgado e fresco e um xortinho jeans, fiz um coque folgado no cabelo e peguei meu celular. Na cozinha, tia Mary fez um delicioso macarrão com batata e cenoura e frango que estava muito bom.

As notificações do meu celular, consistia em pessoas me seguindo ( meu perfil é privado justamente por meus pais ser famosos e não atrair hate), isso consistia numas 50 mil que deixei quando o perfil ainda era aberto. Também em mensagens no grupo da escola sobre o novo aluno e o quanto ele era gostoso, que vi que parou quando o mesmo entrou e começaram a falar de atores coreanos.

Nós, e um Acordo | Repostando.Onde histórias criam vida. Descubra agora