ELLA ENDERSON
Dois dias se passaram e finalmente estava caminhando para sexta feira, e era justamente o dia que teríamos aula de música. A nossa escola, segundo o que eles dizem, quer que nós alunos sejamos pessoas de bem e que, cresçamos na vida e alem disso, claro, como a escola recebe fundos do governo, quer que os alunos tenham notas boas e, muitas linhas em seu currículo.
Eles dizem que um currículo dotado de muitas linhas, citando experiências do cidadão, o torna alguém digno de ser chamado " filhos da sociedade " e entrar nos tabloides como alguém inteligente que pode um dia estar no topo. Mas tanto faz você ser rico ou pobre, sabemos bem que as coisas não funcionam assim, na prática. Empresas não te contratam pelo que diz as linhas e sim pela forma como você conduz a situação e, eles querem. Aprendi isso num filme.
Era manhã novamente e eu estava fazendo o mesmo percurso que fiz durante todo esse ano, e, para minha falta de sorte, aquele mesmo carro dos garotos do colégio, passou, entretanto, parou dessa vez.
Um deles, que conheci por meio dos tabloides do colégio ( as líderes de torcida que já beijaram), se eu não me engano Franklin, França, Francisco não sei... só sei que é conhecido por beijar muitas bocas e por ser popular. Este querido desceu do carro e veio na minha direção. Tive que parar minha patinete e respirar fundo, juro que qualquer coisa que ele fosse tentar fazer, eu iria acertar sua cabeça com ela.
— Ella, né? — perguntou. Coloquei a mão na testa fazendo sombra porque o sol estava forte e doía os meus olhos.
— sim, que foi? — o sol estava batendo na minha cara, calor, e eu só queria chegar logo no colégio, cantar e voltar pra casa.
Próxima aula tenho que colocar um boné. Anoto mentalmente.
— me mandaram convidar você para uma festa hoje a noite, vai ser na casa do Sean. — antes que eu respondesse, ele soltou um beijo aleatório no ar, voltando para o carro e gritando: — não aceitamos não como resposta!
Bufei.
Subi na patinete esquecendo que a mesma estava desligada, e sem querer quase a quebro, porque ela meio que num impulso " voou" para frente e, eu quase ia caindo. Voltei a posição, liguei-a, e, cheguei viva na escola.O portão já estava aberto e eu entrei na mesma, diretamente para a sala de música. A professora ainda não tinha entrado e havia algumas alunas em cantos aleatórios.
Uma mensagem chegou em meu celular. Era Ava perguntando no grupo das amigas, se eu fui a escola e eu respondi que sim, ela disse que não tinha me encontrado na porta da escola e, eu informei a ela minha localização, o que não demorou muito para que ela e Lily me encontrasse.
— juro, se você não vinhesse hoje para a escola, eu ia na sua casa e levava um monte de espinhos e jogava em cima de você! — Lily disse me abraçando.
— Olha como ela me ama! — ironizo, retribuindo o abraço. Ava vem em seguida.
— mas a Lily tem razão, se você não tivesse vindo e nem avisado pra gente não vim também, você iria ver o teu! — reviro o olho com a ameaça fake. Eu amo elas. — nem faça essa cara de que a gente não teria coragem, porque não sei Lily, mas eu sou doida.
Rimos.
— amo vocês, pestinhas. — sorrio. — sério, eu pensei que tinha me atrasado visto que tudo não deu certo pra mim.
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Nós, e um Acordo | Repostando.
Ficção AdolescenteNos tempos modernos, a contanste cobrança pela perfeição feminina tem causado grandes revolta para as mulheres de modo geral. Estar no padrão é uma das obrigatoriedades que a sociedade impôs. Para Ella Enderson , era cansativo essa demanda visto qu...