Capítulo 18

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Queria ter desmarcado esse jantar.
Depois do meu papo com Amelie, que durou até às 23h, quando voltei pra casa tomei bronca. Sem falar que Cat está me ignorando, e pedi ajuda a Wendy pra contactá-la e ele também não obteve sucesso. Faltam só um dia, só tenho amanhã, quinta, pra convencer meu pai e sei que não vou conseguir. Ele e a Dra. Edwards estão agindo juntos nessa paranóia...

— Você está linda! — Siara diz assim que me vê. Acabei me atrasando e como só lembrei do jantar há literalmente 20 minutos vesti um vestido jeans e calcei coturno, ao contrário da Siara que usa um vestido rosado azul claro, e tem maquiagem nos olhos.

— Você está incrível. — digo, e ela cora assentindo — Cadê o Arthur?

— Pegando uma mesa legal pra gente.

Não fomos a pizzaria, e sim a um restaurante. Arthur me atualizou da mudança de planos por mensagem, há uns 5 minutos atrás.

Arthur me trata com bastante cordialidade. Siara quem fala durante 90% do tempo então tudo passa bem rápido. Comemos cupim, e saladas e uma bela sobremesa. Falei no máximo umas 4 frases curtas, e quando estamos do lado de fora indo para nossos carros, a Siara sugere que devemos ir até sua casa. E não consigo recusar pois ela está muito animada, e se ela está feliz então que seja, cedo. Arthur partilha do mesmo sentimento, dá pra perceber que faria tudo por ela. E ela merece, pra caramba.

A casa dela é chique, fica assustadoramente perto da vizinhança do Even. Quando entramos, seu pai está na sala e só nos cumprimenta com um boa noite. A mobília deles é toda bem clássica, e tudo nos tons terrosos. Siara nos guia até uma sala de jogos, com sinuca, e jogos de tabuleiro, livros e outras merdas.

Sento num sofá e ela some com o Arthur, quando retorna ele está bastante corado e ela tranca a porta.

— O que está rolando? — pergunto, confusa. Ela bebeu alguns goles de cerveja durante o jantar, e a forma como anda quase saltitante na minha direção com um jogo de cartas é bizarra — O que há de errado? — insisto.

— Ela quer brincar.

— Quero brincar. — eles falam ao mesmo tempo só que o contraste de expressões é surreal, ela extremamente feliz e ele vermelho até o último fio de cabelo — Jogo de cartas, quem perde tira uma peça de roupa.

— Nem fodendo.

— Mas você é uma mulher empoderada!

— O que isso tem a ver?

— Achei que topasse tudo.

— Siara, eu estou indo embora, ok?

— Achei que quisesse dormir comigo. — ela diz, para mim. Fico calada, chocada demais pra falar qualquer coisa — E sei que você também quer. — fala pro Arthur — Mas somos virgens e tenho pensado que... Ela seria perfeita pra nós.

— Não, não seria. — digo ficando de pé — Você é legal, e realmente, gostosa pra caramba mas isto aqui, não dá pra mim. Estou vazando!

— Mas tranquei a porta.

— Então abra.

— Não se não me beijar primeiro.

— Siara. — Arthur quem fala agora, está muito mais vermelho que antes, se é que é possível — Não sei de onde tirou essas idéias mas é muito absurdo. Apenas deixe-a ir e vamos ter uma conversa séria...

— Não vamos não. — ela lambe o rosto dele, desajeitadamente — Escondi a chave e só vou abrir quando a gente transar. Nós 3. Eu tenho sonhado com...

O Caos até vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora