Depois de acordar no meio da noite no meu quarto, vou procurar o diário e o acho dentro da minha cômoda, aproveito para me olhar no espelho, um cabelo nenhum pouco bonito, todo amassado junto com algumas olheiras davam um certo charme ao meu visual.
Eu dou uma risada fraca e vou para a varanda ler o diário, observo a lua no seu brilho cegante, como se estivesse e jám casa eu me relaxo e me sento em uma cadeira que eu puxei do meu quarto.
Ainda sem saber o que pensar, apenas me sento novamente na cadeira, cuja, em algum momento ousei me levantar sem perceber. Como se não bastasse, Dominique ainda fala:
ー Bom, meu trabalho aqui esta feito, então eu irei indo e ah, em questão da aliança ー Ela fala olhando pra mim, com um sorriso sincero o que é uma verdadeira surpresa pra mim ー Ela será muito bem vinda por mim e por meu povo princesa Análise ー Agora meus pelos não se erricam, na verdade, sinto algo que nunca pensei que iria sentir, carinho, ainda mais pela rainha de um reino inimigo. Ela fala quase como se me conhecesse.
E da mesma forma que surgiram, elas somem, a Mori não falou nada para mim ou se falou eu não percebi, e mais uma vez as atenções de todos estavam em mim.
Depois de algumas horas de reunião apenas duas coisas ficaram decididas, o inicio do meu treinamento e a revelação da guerra para os pebleus, o que não vai ser fácil. voltando para o meu quarto, peço para Bex preparar um banho, enquanto isso observo meu rosto no espelho e acabo pensando na guerra e em como eu vou ter que liderar ela.
Mas o que me assusta não é isso e sim o fato de eu ter que matar pessoas com as minhas próprias mãos, isso é o que mais me assusta, afinal por 17 anos eu fui criada dentro de uma bolha, que deveria me proteger de tudo e todos, agora eu tenho que sair dela. Passsando a mão nos meus cachos, ouço Bex me chamar.
ー Bex? ー Chamo a mulher um pouco mais velha que eu, que prontamente se vira.
ー Sim, princesa.
ー Você quer lutar nessa guerra? ー Uma chama aparece no ollhar dela, mas tão rapido quanto apareceu, ela some.
ー Não princesa, eu prefiria não, mas eu tenho a obrigação de te proteger ー Eu podia sentir alguma verdade oculta naquelas palavras, porém decido ignorar.
Após ela sair e fechar a porta eu fico em frente a banheira, tiro a roupa e entro. Depois de bons minutos eu decido sair.
Olhando para a minha cama vejo uma roupa diferente, uma bota que devia ir até a metade da minha panturrilha, junto com uma calça de couro, uma camiseta de lã e duas luvas com furo para passar os dedos.
Após vestir a roupa, vou para um espelho de corpo que tinha ao lado da porta do meu closet e me observo, as roupas cairam surpreendemente bem em mim, mas eu ainda me sinto estranha em não usar um vestido que iria até o chão cheio de babados e mais pesado do que seis livros sobre sua cabeça.
Amarrando meu cabelo, decido ir para a arena de treino do castelo e como eu achava, não tem quase ninguém, mas mesmo com os poucos que estão, é visível a surpresa no rosto de alguns, mas apenas ignoro e me volto para o arsenal de armas: espadas, lanças, arcos, adagas, machados, espera, machados? É sério que alguém tenha força suficiente para usar isso?!.
ー Princesa? ー Após ouvir meu título me viro para ver quem me chama e para minha total surpresa é o Helion, sem camisa e suado, mas principalemente, sem camisa. Mesmo não querendo, desço meus olhos para a barriga dele e observo os músculos que deixam ele muito atrante, junto com duas linhas que vão para o local proibido.
Após perceber aonde estou e para onde olho, sinto meu rosto e orelhas queimarem de vergonha.
ー Sim, Helion ー Eu tento falar sem demonstrar como ver ele sem camiseta e suado me afetou.
ー O que a senhora esta fazendo aqui? Aqui é a área de treino dos soldados ー Bem, ele irá saber logo então, por que não deixa-lo um pouco mais curioso?
ー Isso, meu querido guarda, você ira descobrir mais tarde, mas não é nada de importante, não se preocupe ー Bom, se uma guerra não é importante, então eu não sei o que é, posso ver a confusão tomar seu rosto e acabo sorrindo com isso.
ー Okay.
ー Bem que arma você diria que combina comigo? Para o caso de algum dia eu precisar?
Sem pestanejar ele me olha, provavelmente procurando meus pontos fortes, algo que eu acho que quase não existe. Após me olhar dos pés a cabeça, ele se volta para o arsenal de armas e sai a procura de algumas, mas o que me surpreende é o fato de ele não me perguntar o porquê de eu querer usar uma arma.
Cada vez que ele passa pega uma, no todo ele pegou 7 armas diferentes e colocou em uma mesa mais para trás que tinha e fala:
ー Como eu não sei quais são seus pontos fortes, vamos ver as melhores para você, comece com o arco e atire ali naquele alvo ー Apenas quando ele aponta, reparo que mais ao longe, ao ar livre, tem três alvos de arco e flecha.
Como ele manda, vou um pouco mais perto e miro, eu achava que eu não iria bem, mas chegar ao ponto da flecha não chegar nem na metade do caminho, não, eu posso ouvir a risada de Carlos atrás de mim.
ー Pare de rir de mim e venha me ajudar logo ー Eu falo brava pra ele, mas eu estou mais fingindo do que qualquer coisa.
ー Espera um pouco ー Após ele recuperar um pouco de ar, o mesmo vem até mim, na verdade para atrás de mim, mesmo não querendo eu sinto meu coração palpita mais rápido do que devia ー Com licença, princesa ー Ele fala perto demais, eu apenas engulo em seco e concordo.
ー Minha mãe era mais ingênua do que eu pensava e meu pai é o que eu achava, um safado aproveitador ー Depois de falar isso, sinto um sono muito forte e escuto uma voz:
ー Anabella, procure o pingente, isso não pode mais esperar ー Sem saber de quem ou até mesmo da onde vem essa voz, desmaio com o diário na mão, o que me preocupa mais que tudo.
Revisado por: lia3783
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My Mom Is A Quenn
FantastikDuas histórias, dois diários, duas profecias. Uma menina, lutou numa guerra e venceu, sua jornada escrita em dois diários, pela Filha a história há de ser contada. Mas e se não for apenas a mãe que tem algo a contar, e se a filha também tem a sua...