Viollet Villin é filha de marqueses do reino de Belsther. Marqueses que são muito próximos da família real, ao ponto da rainha ser sua madrinha de batismo. Após um acidente que deu na morte de seus pais, sua madrinha ficou com sua guarda e ela vive...
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• 22 de maio " 'Cause even God herself has enemies"
E mais uma noite o corpo cedendo sem dar atenção ao cérebro, que por sua vez gritava "Não seja burra desta vez". Porém, ignorei totalmente o meu último neurônio são e mais uma vez encontrei com Ryan na cozinha durante a madrugada.
Ele estava irresistível, juro. Não é minha culpa. Seu cabelo bagunçado, usava uma regata branca fina que marcava levemente seu peitoral e o abdômen e vestia também uma bermuda de tactel cinza claro, tudo isso por baixo do roupão vinho aberto. Apenas sua roupa de dormir e ele parecia o homem mais lindo do mundo.
Dessa vez ele chegou na cozinha depois de mim. Eu estava colocando meu copo de água quando ele entrou. Estava determinada a não ficar muito próxima dele, 2 metros de distância já era alarme vermelho. Meu corpo ainda estava cansado das 3 horas de vôo de Troster para Auror - detalhe que fui e voltei hoje, então peguei 6 horas de vôo.
Mas perdi todas as estruturas e forças quando ele, com a sua voz rouca e arrastada, disse ao pé do meu ouvido por trás: "Olá, Vossa Alteza Real Princesa Justine". Única reação que pude ter foi fechar os olhos e, involuntariamente, prendi a respiração e senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.
- Olá, Napoli. - Digo olhando para ele que foi na direção da geladeira
Mesmo no escuro, eu conseguia nitidamente ver cada detalhe do seu rosto. Os seus olhos azuis como o mar me puxam para dentro dele quando estavam vidrados em mim. O maxilar marcado, o sorriso convencido... Por Deus, esse homem deveria ser proibido por lei.
Nossa troca de olhares deve ter se sustentado por quase 1 minuto. Esse foi o tempo que Ryan conseguiu aguentar antes de colocar o copo de vidro com dois dedos de água na bancada e se aproximar de mim.
Como passei minha infância com Joan e Annabeth, e depois mais 4 anos em internatos na Franzia, impotência não era algo que eu sentia com muita frequência. Aprendi a conseguir me expressar e mostrar poder. Isso é algo que quando aprendido na marra, como foi comigo na Franzia, é difícil de esquecer. Mas sempre que Ryan aparecia, eu me tornava uma garotinha tola de novo. Perdia praticamente todo meu conhecimento de fala e respiração e era sempre assim. Uma sensação nada agradável. Mas tento ao máximo não deixá-lo saber dessa minha fraqueza.
- Sentiu minha falta hoje enquanto estava... - Ele diz se aproximando me fazendo recuar - Onde diabos estava mesmo? - Pergunta pensativo
- Troster. - Digo num fôlego que nem sabia que existia e sigo andando para trás
- ...enquanto estava em Troster? - Completa ainda andando em minha direção
- Falta da sua presença - Meu corpo bate numa bancada do meio da cozinha - repugnante e desagradável? Não, eu passo.
- Assim você me magoa - Diz afetado colocando a mão no peito, debochado - Pois eu senti sua falta o dia inteiro.- Fala se aproximando do meu ouvido
