CAPÍTULO 10

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Pov Lisa

Seulgi parecia uma ótima pessoa, como também uma ótima profissional, ela não trocava nenhuma palavra comigo, apenas fazia o trabalho dela em ser motorista. As vezes eu até tentava puxar assunto, mas como ela respondia bem vago eu acabava ficando logo na minha.

Eu achei que ia para um restaurante ou algo do tipo, mas logo percebi que estava novamente na casa da madame.

Seulgi entrou com o carro e foi até o jardim. Assim que o carro parou um homem que eu já havia conhecido da outra vez abriu a porta do carro para mim e deu a mão para me ajudar a descer.

- Boa noite senhorita Manoban, me chamo Heitor. A senhora Kim te espera próximo a piscina. Irei te acompanhar.

Ele colocou uma das mãos para trás, e a outra servia de encaixe para meu braço. Era pra eu me sentir poderosa, mas tava me sentindo uma palhaça, ela mandava me tratar como se eu fosse uma princesa. Isso é ridículo.

Jennie tava sentada em um sofa de dois lugares próximo a uma das bordas da piscina. A frente tinha uma pequena mesa com vinho, champanhe e duas taças.

Assim que ela notou minha presença, se levantou e veio a meu encontro.

Heitor apenas soltou meu braço e se retirou.

- Boa noite senhorita.

- Boa noite...

Jennie segurou na minha mão e me puxou até o sofá que ela estava antes. Ela serviu duas taças de vinho antes de se sentar e me entregou uma.

- Quero conversar uma coisa com você hoje.

Essa única fala dela foi capaz de disparar meu coração. E agora a hora que ela fala que é a nossa última vez juntas.

Ela pegou uma pasta que tava em uma mesinha ao lado, tirou um papel de dentro e me entregou.

- O que é isso?

- Lisa eu não sou uma mulher fofinha, não sou uma mulher "normal". - Ela fez aspas com os dedos.

É uma semideusa só pode, pra ser tão bonita assim. Bem que eu achei que ela era de outro mundo.

- Essa conversa tá um pouco estranha. Pode ir direto ao ponto?

Jennie arrumou ainda mais a postura, deixou a taça dela na mesinha e segurou na minha mão.

- Eu contrato pessoas para me dominarem Lisa.

- Como assim? - Eu realmente não tinha entendido, e minha cara era de pura confusão.

- Já leu 50 tons de cinza? Eu contrato Christian Grey.

Arregalei meus olhos pra ela em tamanho susto.

- Eu não sou masoquista Jennie Kim.

Me levantei para ir embora, mas ela segurou na minha mão e me puxou para o sofá novamente.

- Lisa, deixa ao menos eu te explicar como funciona. - Eu fiquei em silêncio, ela logo entendeu que era pra continuar. - Eu te contrato por um mês, você fica na minha casa, disponível para me dar prazer sempre que eu quiser, você não pode contar para ninguém, é assinado um contrato de sigilo.

Balancei minha cabeça em negativo não acreditando em tais palavras.

- Você é doente, já procurou algum psiquiatra?

- Eu te pagarei 50 mil reais. - Eu não podia realmente acreditar que isso estava acontecendo.

- Jennie eu estava te conhecendo sem cobrar um único centavo seu, por que diabos você quer me pagar para fazer o que eu estava fazendo de graça?

Ela pegou a taça de vinho novamente e tomou um gole.

- Eu não me apaixono por ninguém Lisa, essa é uma das cláusulas no contrato. Eu só quero prazer mesmo. - Respondeu ela fria.

Balancei minha cabeça em negativo e soltei
uma alta risada em puro deboche.

- Você é realmente louca. Passar bem Jennie Kim.

Me levantei para ir embora, mas fui barrada por ela novamente.

- Leve o contrato, leia e pense. Te darei alguns dias para pensar.

Peguei o papel de sua mão, amassei e joguei em seus pés.

- Minha resposta é não!

Sai pisando duro, mas ainda pude ouvir ela mandando a motorista ir me levar em casa.

- Não precisa se preocupar. Vai se fuder Jennie Kim! - Eu gritei me virando pra ela.

A desgraçada tava sentada novamente com uma taça de vinho na mão me encarando. Ela fez apenas um gesto com a mão e a motorista saiu atrás de mim.

- Se ela não quiser ir, a acompanhe até em casa de qualquer jeito. Se certifique de que ela vai chegar em casa em segurança! - Ouvi ela dizendo a motorista.

Eu apenas dei meia volta e voltei em direção a ela. A desgraçada continuava na mesma pose impecável com as pernas dobradas e saboreando um vinho, como se não fosse a responsável por ter me feito a proposta mais ridícula que já recebi na minha vida.

- Você é uma doente Jennie, vai morrer sozinha mofando junto do seu dinheiro.

Não esperei sua resposta, e sai novamente pisando duro. A moça alta que andava comigo sempre a mando dela estava na minha cola.

- Eu não preciso de carona, me deixa em paz! - Falei pra morena.

- Desculpe senhorita, é apenas meu trabalho. Eu não tenho nada a ver com o que aconteceu com você e minha patroa, só entra no carro e deixa eu fazer meu trabalho por favor?

Olhei para ela e senti um pouco de pena. Ela realmente não tinha nada a ver. Ela abriu a porta traseira e eu entrei. Me encolhi no banco e comecei a chorar. A moça ligou o carro e saiu comigo daquele inferno me levando até em casa.

Vez ou outra eu percebia ela olhando pelo espelho, eu tava com ódio dentro de mim, e triste por achar que tinha encontrado alguém diferente, mas pelo visto, ela é ainda pior do que os homens que já me envolvi.

O carro parou na minha casa, eu não esperei Seulgi vim abrir a porta para mim, eu mesma abri e sai correndo em direção a minha casa. Eu só queria minha cama e chorar em paz até desidratar.

Proposta para um dominador (Jenlisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora