— Como vou ter certeza absoluta que você realmente é meu furão? — Olhei para o menino desconfiada.
— Eu sei todos os seus segredos. — Ele sorriu.
Ah não. Eu contava tudo para o Payton.
— Quais segredos?
— Você é apaixonada no Vinnie Hacker.
E quem não é?
— E você não pode contar pra ninguém. — Alertei.
Eu estava começando a concordar com a ideia desse menino ser o meu furão.
— Por quê? Quando você ama alguém tem que falar. — Payton disse na maior inocência, mau sabe ele.
— Não é tão simples como você pensa... — Respondi desanimada.
— Você deveria falar o que sente, aí ele vai dizer o mesmo e vocês vão acasalar.
Arregalei os olhos. Eu não sou um animal igual a ele!
— Payton, não é assim a vida dos humanos. — Gargalhei.
— Complicada essa vida, a minha é bem melhor. Saudades da minha gaiolinha. — Ele olhou triste para a mesma.
Como é que eu vou falar pros meus pais que o meu furão virou um humano? Eles não vão acreditar.
— Filha. — Minha mãe tentou abrir a porta e graças a Deus ela estava trancada. — Abre isso aqui.
Olhei para Payton ele estava se enrolando nas cobertas.
— Já vai. Payton, se esconde. — Sussurrei a última frase.
— Por quê? — Ele estranhou e começou a cheirar o ar. — É a mamãe?
— Não! Eu sou sua mãe, e não ela. — Corrigi.
— Eu quero ver ela. — Ele começou a correr pelo quarto.
— Payton, para. Está fazendo muito barulho. — Fui atrás dele. — Fica quieto!
— Diana? — Minha mãe ainda estava do lado de fora.
— Mamãe! — Payton disse alto o suficiente pra ela ouvir. Merda.
— Shiii. — Empurrei meu furão humano para dentro do guarda roupa. — Fica aí, se você sair eu não vou te dar biscoito.
— Tá bom. — Ele sorriu, e antes de fechar a porta ele me cheirou e acabei rindo.
Destranquei a porta e minha mãe entrou dentro do quarto desconfiada.
— Cadê aquele seu bichinho?
— Se escondeu pelo quarto. — Ri nervosa. — Sabe como ele é...
— E deu banho nele? — Perguntou. Payton não pode ouvir essa palavra que começa a correr de medo. Ele acabou fazendo barulho dentro do guarda roupa e minha mãe olhou para o mesmo.
— Acho que meu furão tá ali. — Dei uma desculpa. — Se eu abrir a porta ele vai fugir pra sala.
— Tem razão. — Ela deu os ombros e logo saiu do quarto. Tranquei a porta e abri meu guarda roupa.
— Eu não quero tomar banho. — Ele começou a chorar e tentou se esconder nas cobertas.
— Você não vai. — Gargalhei. — Não precisa ficar com medo. E fala mais baixinho, por favor.
— Por que? Eu sempre falei assim.
— Meus pais não podem te ver assim. E outra, temos que estabelecer regras.
— Não gosto de regras.
— Mas vai aprender a gostar, agora você é um humano e tem que agir como um.
— Humanos são chatos.
— Primeira regra: você não pode sair desse quarto, em hipótese alguma.
— Mas eu vou me comportar. — Payton fez biquinho.
— Segunda regra: não pode bagunçar meu quarto. E nem comer minhas coisas. — Tirei meu ursinho de sua boca.
— Só isso?
— Sim.
— Quero biscoito.
— Aqui. — Entreguei um para ele. — Se você se comportar vai ganhar mais.
— Obrigado. — Ele pulou em cima de mim e acabei rindo. — Você é a melhor dona do mundo.
— Agora vamos dormir. — Falei me ajeitando na cama e ele se afastou. — Payton, você não cabe mais aí dentro. — Observei ele tentando entrar na gaiola.
— Eu queria a minha caminha. — Ele disse cabisbaixo.
— Dorme aqui. — Dei espaço para ele se deitar ao meu lado na cama de casal.
Payton pulou em cima de mim e me abraçou.
— Boa noite.
— Você é muito pesado. — Eu disse rindo.
— Mas eu sempre dormir em cima de você.
— Agora você é grande, não dá mais.
— Ah. — Ele se jogou para o lado e formou uma bolinha para dormir, igual um furão.
— Boa noite. — Desliguei a luz do abajur.
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Meu Furão - Payton Moormeier
FanfictionDesde pequena Diana teve seu bichinho de estimação, um furão. Mas em um belo dia ele vira um humano. Início: 06/04/2021 Término: 07/06/2021 • História inspirada em um pov do tiktok. • Não aceito adaptações da minha obra.