15 || A Verdadeira História

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20 anos se passaram desde o pedido de namoro, Payton e Diana se apaixonaram perdidamente um no outro.

Quando a menina completou 20 anos, os dois se casaram, fizeram uma pequena cerimônia apenas para a família e amigos muito próximos.

A mentira de que Payton tem pais muito ocupados não durou por muito tempo, logo os pais de Diana queriam conhecer sua família.

Então, a única solução foi dizer que os pais de Payton morreram jovens e o menino foi criado por seus tios que moravam na Bélgica. Uma mentira até que convincente, eles acreditaram.

Payton não envelheceu, ele continuou com sua aparência de 17 anos, muitos não perceberam pois Diana também tinha sua aparência jovem, mas os dois sabiam que Payton nunca envelheceria...

Sua função na terra era apenas cuidar da menina, em seus 100 anos foi assim. Mas em um belo dia Diana notou pequenas rugas se formando em seu rosto.

Logo chegaram à conclusão que Payton estava envelhecendo pela sua primeira vez.

Isso era algo bom. Payton tinha muito medo de ver Diana envelhecendo e de perder ela algum dia, ele não suportaria tal tragédia dessas acontecendo.

Os dois poderiam finalmente envelhecer um ao lado do outro como um casal.

Mas isso estava muito longe de acontecer, eram jovens e tinham um grande futuro pela frente.

Os dois se formaram em administração e gerenciam uma grande empresa em New York.

Aos 23 anos, descobriram que infelizmente Diana não podia ter filhos por uma doença em seu útero, mas isso não desanimou o casal. Eles adotaram dois lindos filhos em um orfanato.

Payton e Diana formaram uma linda família e viveram felizes para sempre.

Payton Moormeier

"Já está na hora". Eu ouvi essa voz toda hora, fica me atrapalhando, essa merda.

— Ei, já está na hora! — Senti alguém me balançando e abri os olhos irritado.

— Eu sei. — Respondi bravo. Me sentei na cama e a enfermeira me entregou os remédios.

Eu odeio isso. Só queria morrer e ficar com ela.

Eu nasci em julho de 1980, fui abandonado no orfanato Beckendorf pelos meus próprios pais. Eu nunca cheguei a conhecê-los e ninguém sabe do paradeiro dos dois. Eu não tinha amigos no orfanato e todas as crianças me tratavam mal.

Eu conheci uma menina, era mais uma vizinha que morava ao lado do orfanato. Ela fez amizade comigo e nós dois nos tornamos melhores amigos.

Todos os dias eu e Diana nos encontrávamos na divisão dos quintais. Ela tinha grandes problemas familiares, seus pais brigavam todos os dias, era até possível ouvir os gritos do meu quarto.

Ela não tinha amigos também, por isso nos damos tão bem.

No dia 5 de maio era seu aniversário, ela iria fazer 15 anos. Eu fui até a divisão dos quintais e esperei ela aparecer. Mas ela não veio. Quando o sino bateu indicando seis horas da tarde, vi um corpo morto saíndo de dentro da casa, sendo carregado por funcionários do IML. Diana havia se matado.

Ela já me disse antes que tinha pensamentos suicidas, mas nunca achei que ela se mataria, eu fazia de tudo para ela não ter esses pensamentos.

Me senti tão culpado nos dias que se passaram, eu deveria ter feito algo, a culpa era toda minha. Eu não fui o suficiente para ela querer viver.

No dia 25 de maio, no mesmo mês que ocorreu seu suicídio, eu tentei me matar. Eu amava ela. Eu não tinha ninguém a não ser ela. Eu vivia por ela. Nem meus pais vieram atrás de mim.

Estava tudo planejado para o suicídio perfeito, mas infelizmente não ocorreu. A diretora do orfanato me impediu, e mandou me internar em uma clínica psiquiátrica.

Desde quando fui para o hospício tenho imaginado como seria a minha vida com Diana. Eu criava lindas histórias em minha mente para me distrair daquele pesadelo.

Eu não suportava a ideia de ficar sem ela. Ainda não superei sua morte.

Agora eu entendi o por quê ouvia "Já está na hora". Era aquela enfermeira chata me chamando para tomar os remédios, eu só queria continuar a criar histórias em minha mente...

Eu imaginava uma história com Diana para me sentir melhor, já que a mesma havia morrido.

FIM.

Meu Furão - Payton Moormeier Onde histórias criam vida. Descubra agora